Capítulo 5: Banho de banheira

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Alec rolou na cama e contemplou o vazio que a ausência do corpo de Magnus deixou. Ele tateou ao lado mas só o frio da ausência estava lá.

Alec levantou e notou a luz do banheiro acesa e caminhou até lá, mesmo sabendo que se fizesse isso e Magnus estivesse lá, romperiam ainda mais barreiras de intimidade mas considerando que tinham se beijado algumas vezes e dormido na mesma cama na noite passada, ele não tinha muito para onde correr.

Entrou no banheiro e andou até o espelho para disfarçar que estava xeretando e notou pelo reflexo Magnus debruçado na banheira lendo alguma coisa com um frasco na mão e ele não perguntou, talvez fosse algo que Alexandre saberia e teria que chegar perto para obter maiores informações.

— Bom dia. — Disse Alec e o homem sorriu, notando ele ali. — Leitura matinal?

— Não, estou tentando entender como funcionam essas espumas. — Alec andou até ele e observou. Era uma espécie de espuma especial para banheiras, um sal de banho mais sofisticado. Não era difícil usar e Alec sabia porque quando trabalhou nos quartos teve que se livrar de vários e acabou lendo, relendo e limpando os quartos com aquela sujeira.

— Não é difícil. Está tudo nas instruções. — Alec pegou da mão de Magnus e jogou um pouco na água, ligou alguns chatos curtos para movimentar a água e começar a mágica. Ele sorriu satisfeito quando deu certo. — Viu? Um banho de espuma perfeito, não tem muito para não incomodar e tem o suficiente para perfumar o ambiente.

Magnus puxou ele para perto pela cintura e Alec ofegou percebendo um pouco tarde demais que tinha caído em uma armadilha do destino. Magnus tinha ligado a banheira para eles, aquele seria o momento romântico entre um casal.

— Eu adorei você ter dormido comigo, a gente nunca fez isso. — Magnus brincou com a barra de sua camiseta e levantou um pouquinho, deixando beijos delicados em seu abdômen despertando partes do seu corpo que não deveriam. — Quatro anos Alexandre e... Onde você esteve? Não aquele que estava aqui até a viagem, esse que está aqui agora que me ignora e me manda embora do quarto e ainda assim consegue me deixar mais louco do que o Alexandre que sempre me deu o que eu queria? Por que se escondeu de mim?

Alec passou a mão por seu rosto, traçou a linha do maxilar e chegou nos lábios finos e rosados e deslizou os dedos por ali, querendo decorar a textura e a maciez. Gostar de Magnus Bane era fácil demais, principalmente quando ele dizia gostar mais dele do que do marido de verdade.

— Eu... Só estava um pouco confuso, era muito novo quando a gente casou, eu achei que você quisesse um marido insaciável e atrevido. — Disse Alec, ele não era nada daquilo e não conseguiria do dia para a noite. — Agora que não posso te dar o que quer, não me resta outra alternativa a não ser, ser eu mesmo. Por que é isso que você quer, não é? Você quer um marido presente na cama.

— Quero, mas não como está insinuando. Se está doente passaremos por isso juntos, se não consegue fazer sexo comigo, a gente espera até conseguir. — Explicou Magnus e a menção a palavra sexo fez Alec todo colapsar. Talvez se não fosse virgem, mas era, conseguiria lidar melhor com essa expectativa, poderia inventar outras desculpas e novas armadilhas para manter Magnus longe mas não dava, ele não saberia o que fazer. — Você me intriga cada dia mais.

Alec se soltou de Magnus e se afastou, aquela conversa não era correta. Ele não poderia desejar o marido de outro cara porque se fizesse com Magnus não seria diferente de Alexandre. Magnus Bane estava além dos limites, um romance, aventura ou qualquer coisa com ele além de beijos era traição, pior, era um abuso inconsciente.

— Me desculpa, não era minha intenção. Não queria fazer isso, Magnus. — Disse Alec indo para a outra extremidade do banheiro, o mais longe possível que conseguiu sem sair correndo para outro lugar.

O Outro - MalecWhere stories live. Discover now