Capítulo 15: A verdade dói

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Magnus acordou com Alexandre enrolado nele, o marido tinha dormido daquele jeito a noite toda. Magnus não tinha dormido de imediato, ele passou horas observando o sono tranquilo do marido, tentando entender quem era aquele homem e como poderia ter mudado tanto.

Tinham feito amor na sala, Magnus queria e tinha, se enterrado nele desesperado por prazer mas o marido não tinha correspondido, não como todas as vezes que faziam isso. Alexandre sempre pediu daquele jeito.

"Forte e fundo Mags."

Ele sempre dizia e sempre se irritava quando Magnus tentava ir devagar, quando tentava beijá-lo e amá-lo corretamente.

"Não sou de porcelana."

Mas naquele momento, vendo os olhos dele cheios de lágrimas por conta da invasão abrupta Magnus não se sentiu só um babaca, ele sentiu um marido péssimo, um homem que não o merecia.

Ele deixou um beijo nos lábios do marido e notou ele passando os braços ao seu redor, despertando. Alexandre abriu os olhos e sorriu depois que se afastaram.

—Bom dia. — Disse Alex e Magnus puxou ele para mais perto, o marido se aconchegou a ele e ficou com o rosto repousando na curva de seu pescoço. Tão delicado e frágil... Tão aterradoramente delicado. Magnus estava excitado, era de manhã, o marido estava nu mas ele não tinha coragem para insinuar sexo quando Alex estava tão confortável junto ao seu corpo, tão quentinho. Não tinha mais certeza se queria conversar sobre aquele assunto sério, estava com medo. Agora era tudo tão claro, todas as suas dúvidas parecendo estúpidas demais.

Alexandre o amava. Muito.

—Bom dia. Você está bem? — Perguntou Magnus e sentiu o acenar suave do marido agarrado junto a seu corpo. Ele não achou que pudesse amar Alexandre mais do que amava, não imaginou que fosse ser possível algo assim, mas amava demais, desde que ele voltara da clínica Magnus tinha se apaixonado por ele e agora o amava, de uma maneira completamente diferente.

—Estou um pouco cansado ainda, você vai ir ver o Ragnor hoje? — Perguntou Alex. Droga tinha esquecido que tinha marcado de ir na casa do irmão buscar os esboços dele.

—Vou amor, mas é rápido, eu volto antes do almoço. — Magnus ergueu o rosto dele e observou Alex ficar muito vermelho. — Hoje eu quero sobremesa.

Alex não respondeu, ele só jogou o corpo sob o seu e montou nele. Magnus ofegou e pressionou o corpo do marido para baixo e ele rebolou na sua ereção.

—Hoje é um dia bom. — Anunciou Alex.

—Que maravilha, eu gosto dos dias bons. — Disse Magnus e o virou na cama. Noite passada tinha cometido o erro de não prepará-lo, não cometeria esse erro outra vez. — Cadê seu lubrificante Alex?

—Ahn... A gente usou os três ontem. — Disse ele e Magnus riu, ele levantou e correu ainda nu para seu quarto e pegou o seu na beirada da cama e quando voltou observou o marido corando para seu corpo nu e desperto. — Mas é óbvio que você tem.

—Você não quer? — Perguntou Magnus, ele parou no caminho até a cama.

Alex assentiu e tirou o edredom de cima do seu próprio corpo nu e que visão do paraíso era aquela. Os músculos fortes, o membro grande pingando e pulsando. O marido andou até ele e o beijou. Magnus ja tinha reparado que essa nova versão de Alex tinha um problema com frases sacanas então decidiu ir mais devagar. Magnus o pegou no colo e voltou para a cama, sua vontade era tomá-lo na parede, reivindicar o que era seu e aproveitar mas tinha tentado essa abordagem noite passada e isso resultou em um grande problema, então iria fazer isso na cama depois de se certificar que o marido estava mais do que pronto para ele.

O Outro - MalecWhere stories live. Discover now