Capítulo 18 : Praias, Status e Endereços

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Alec tinha acabado de sair do restaurante onde tinha finalmente conseguido um emprego e começaria na próxima semana, o que era bom porque assim teria tempo para se acostumar à nova realidade de não dormir até a hora que bem entendesse. Tinha ficado mal acostumado nos meses em que passou com os Banes, agora de volta a luta, mas mesmo assim, se sentia feliz. Era bom saber que as coisas finalmente estavam voltando aos eixos.

Ele tinha Isabelle e ela mandava mensagem todos os dias e Alec percebeu que era muito fácil ter uma irmã mais nova meio doida e se pegava um pouco ansioso pelas mensagens dela e pelas fotos que ela mandava de coisas que ele não entendia e de pessoas que não conhecia mas era bom, ter uma família era bom. Ele pensou que nunca mais fosse ter isso quando a mãe morreu e então vieram os Banes e ele amou aquela família e quis fazer parte daquele lar mas lá não era seu lugar e agora entendia o porquê os Banes eram amados e tinham um lugar no seu coração mas não eram exatamente sua família porque esse espaço estava reservado para outras pessoas.

Alec estava jogado na cama, tentando criar coragem para arrumar as compras que tinha feito mas queria aproveitar a calmaria mais alguns dias, graças a Magnus ele poderia aproveitar por muito tempo, talvez até alguns anos com todo aquele dinheiro mas descontar o cheque daria sua localização e no fundo tinha medo de ser procurado e mais ainda de não ser.

Batidas na porta o tiraram de seus devaneios e ele se obrigou a caminhar até lá.

—Alexander!— Isabelle gritou e Alec congelou um pouco. — Eu estou envelhecendo aqui.

Alec abriu a porta e foi bombardeado com a presença de Robert e Isabelle Lightwood, a garota entrou e o abraçou e Alec se manteve meio estático olhando para o pai, com os mesmos cabelos pretos e olhos azuis. Isabelle o soltou e olhou para Robert.

—Eu disse que eles eram iguais. — Disse ela e deu espaço para o pai.

—Oi pai. — Disse Alec, sem saber como tinha encontrado voz para falar qualquer coisa. Robert entrou e fechou a porta, ele não respondeu seu cumprimento e Alec prendeu a respiração por alguns segundos para diminuir os batimentos cardíacos.

—Alexander, você está bem?— Perguntou ele e olhou ao redor com interesse, depois riu para si mesmo mas Alec achou melhor perguntar depois.

—Sim ,eu consegui um emprego hoje, num restaurante da cidade. — Explicou Alec. — Além do mais quando eu fui embora o Magnus meio que me deu uma quantidade absurda de dinheiro.

Alec arriscou um sorriso mas aquela informação pareceu deixar Robert chateado e Isabelle suspirou alto.

—Pai, a gente conversou sobre isso no avião.— Advertiu ela e Alec olhou de um para o outro, sabendo que tinha sido pauta de alguma discussão.— Agora não... Por favor.

—Você não acha mesmo que eu vou deixar meu filho trabalhando num restaurante obscuro por aí? Maryse é inacreditável, pelo anjo. — Disse ele, Alec notou que ele estava enfurecido.

—Ela era. — Corrigiu Alec. — Porque está morta.

Aquela informação dita em voz alta concedeu uma atmosfera melancólica ao ambiente e Alec não ligou muito para isso, ele não entendia porque tinha sido separado da família mas não era o momento de ofender as escolhas erradas de uma pessoa morta.

—Me desculpa. — Disse Robert. — Eu não queria ofender a memória da mãe de vocês, é só que me deixa um pouco irritado saber que meu filho mais velho está aqui sozinho, trabalhando em um restaurante quando outras coisas esperam por você.

Alec se virou e andou até a cozinha e sentou, não esperava esse tipo de conversa tão rápido, mas quanto mais cedo melhor ou ele iria fugir dos problemas, como sempre fazia.

O Outro - MalecHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin