Capítulo 14: Dia de Paz

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Alec estava sentado na sala, as crianças tinham ido viajar com Imogem e Willy e Stephanie tinham enfim terminado a mudança e aquela era a primeira vez que Magnus e ele ficavam sozinhos em casa. Eles já tinham dormido na mesma cama algumas vezes e até trocados beijos quentes mas nunca ficaram efetivamente sozinhos em casa, como nessa noite. Sempre que tentavam avançar demais algo acontecia.

Magnus voltou da cozinha com uma bandeja com vinho e alguns petiscos, como na noite do dia em que se conheceram.

—Voltei gatinho. — Disse ele e colocou a bandeja entre os dois. A chuva do lado de fora estava batendo nas janelas e deixando toda a atmosfera mais romântica. Alec colocou a mão no bolso para se certificar de que estava ali os saquinhos de lubrificante. Ele já tinha decidido que daria o próximo passo com Magnus, em breve Alexandre voltaria e ele queria ser de Magnus, pelo menos por uma noite, sua primeira noite e ainda precisava contar sobre a troca.

—Você cansou de tentar me impressionar?— Perguntou Alec. Magnus riu e pegou uma flor de plástico e entregou para ele já que quando ele deu varias de verdade Alec quase morreu de tanto espirrar. — Que bom que desistiu de tentar me matar de alergia enchendo meu quarto de flores.

Alec se aproximou um pouco dele e o beijou. Magnus segurou seu rosto e o trouxe para perto, o coração de Alec praticamente espancava no peito de tanto desespero mas ele se obrigou a ficar calmo.Ele colocou na bandeja as embalagens do lubrificante. Magnus encarou as embalagens e depois olhou para ele outra vez. O garoto só assentiu com a cabeça e viu o marido morder o lábio. Magnus e ele nunca se tocaram e para Alec aquilo significava vinte e quatro anos de total abstinência e para Magnus eram meses.

—Alex... Você quer? — Perguntou Magnus e Alec assentiu, ele já tinha decidido que não iria embora sem fazer amor com Magnus.

—Quero Magnus. — Respondeu Alec, eles estavam no chão, perto da lareira deitados no tapete felpudo e sua primeira vez não poderia ser mais perfeita. — Mas antes nós precisamos conversar sobre... Sobre algumas coisas.

—A gente não pode conversar sobre essas coisas amanhã?— Perguntou ele. Alec sabia que era um péssima ideia, talvez a pior ideia que já teve em toda a sua vida mas amanhã Magnus iria odiá-lo e queria muito aproveitar esse momento.

—Você tem certeza?— Insistiu Alec, amanhã quando Magnus surtasse ele teria o argumento ''eu perguntei se você tinha certeza.'' Magnus assentiu e se aproximou um pouco. Alec ergueu uma mão.— Não sou quem pensa, preciso que saiba que não sou quem pensa antes da gente continuar.

—Tudo bem, a gente lida com isso amanhã.— Respondeu Magnus e por alguns segundos Alec achou ter visto um lampejo de confusão nos olhos dele mas foi substituído pelo desejo a meses reprimido.

Magnus retirou a bandeja intocada do meio deles e deitou, estendendo o braço e Alec foi até ele porque queria ser tocado. Seus lábios se encontraram e Alec quase sentiu o desejo mútuo ali, como uma corda obrigando os dois a se pressionarem.

Alec deitou no tapete felpudo e Magnus cobriu seu corpo com o dele e pressionou o quadril para baixo. Era notável os tremores no corpo dos dois, Alec pelo desejo desesperado de se entregar para aquele homem e Magnus provavelmente desesperado para se unir ao marido finalmente.

Ele deixou que o homem tirasse sua roupa e ajudou ele com sua camiseta e calça e quando Alec percebeu que estava nu e duro, embaixo de Magnus ele quase correu desesperado mas dessa vez tinha ido longe demais, não poderia voltar atrás, não seria justo com Magnus e muito menos com ele próprio.

Magnus tirou sua boxer e jogou ela do outro lado e desceu o quadril forçando o atrito entre seus corpos e Alec gemeu alto.

—É isso que acontece quando você me evita por meses, Alex. — Disse Magnus e fez aquilo de outra vez e Alec sentiu o orgasmo próximo mas ele não poderia gozar ainda, era cedo demais. O homem desceu outra vez simulando uma estocada e ele sentiu as pernas falhando, do mesmo jeito que tinham falhado quando ele se tocou sozinho no quarto meses atrás pensando em Magnus.

O Outro - MalecWhere stories live. Discover now