I͜͡ M͜͡i͜͡e͜͡i͜͡ A͜͡m͜͡o͜͡r͜͡i͜͡

Non Era Amore✔︎

Você se importa, se importa?...

Eu sei que parece masoquismo e talvez fosse mas eu sentia que precisava disso ainda.

Por que você não se importa?...

Eu te dei tudo de mim...

Meu sangue, meu suor, meu coração e minhas lágrimas...

Por que não se importa?...

Por que não se importa?...

Olhar na cara dela, ouvir da boca dela, arrancar de vez a imagem do seu sorriso, não é que eu não acredite em tudo o que ela fez mas eu precisava das respostas que só ela poderia me dar.

Eu estava lá, eu estava lá quando ninguém mais estava...

O carro estacionou em frente a praia, fitei o motorista curioso, ele se levantou e abriu a porta para mim, saí do carro e fui até a calçada, retirei meus tênis e meias e pisei na areia, as praias de Konoha eram lindas.

- Estou esperando aqui senhor --assenti e comecei a caminhar.

Eram quatro e alguma coisa da tarde, a areia estava quente, o sol se pendurando no horizonte, caminhei até a beira do mar me sentando poucos metros longe das ondas.

Meus pensamentos voltados para Kaguya, eu precisava ver ela, eu precisava ouvir dela, precisava ouvir seus porquês.

Agora você se foi e eu estou aqui...

Eu tenho perguntas para você...

Número um, me diga quem você acha que é?...

Você teve coragem, tentando destruir minha fé...

(Eu tenho perguntas para você)

Número dois, por que você tentaria me enganar?....

Eu nunca, jamais, deveria ter confiado em você...

(Perguntas para você)

Número três, porque você não foi quem você jurou que seria?...

Eu tenho perguntas, tenho perguntas me assombrando...

Eu tenho perguntas, eu tenho perguntas para você, eu tenho perguntas...

Eu tenho perguntas para você...

- Droga - limpei as lágrimas que desceram, um lenço apareceu na minha frente, eu peguei sem dar muita atenção - Obrigado - quando aproximei o lenço do nariz percebi que tinha um cheiro doce, maçã, hortelã e canela, franzi o cenho e olhei para o lado dando de cara com um loiro, definitivamente não era o motorista - Obrigado - repeti mais educadamente.

O loiro sorriu e se sentou ao meu lado, só naquele momento eu vi que havia me sentado em cima da sua toalha, estava prestes a me levantar mas ele tocou meu braço.

- Relaxa bobo - ele sorriu e voltou a fitar a mar - Você não tá com cara de quem quer ou deve ficar sozinho, agora então que tal você respirar fundo? - ele me olhou novamente, meus olhos mergulharam na imensidão azul celeste que eram os seus olhos - Vamos vai se sentir melhor - eu demorei um pouco antes de respirar fundo, só naquele momento me dei conta que realmente precisava daquilo - Mais uma vez - ele disse dessa vez respirando junto comigo - Uma última vez - assim eu fiz - Se sente melhor? - assenti.