I͜͡ M͜͡i͜͡e͜͡i͜͡ A͜͡m͜͡o͜͡r͜͡i͜͡

Non Era Amore✔︎

- Senhor Uchiha faz um tempo que estou tentando lhe contatar, não sei se lembra de mim, meu nome é Hinata Hyuga, a alguns meses atrás o senhor encomendou uma de nossas jóias - parei imediatamente me afastando dos cabides.

- Sim, sim eu me lembro de você.

- É que sua encomenda ficou pronta a algum tempo mas ninguém veio buscar e como o senhor disse que viria buscar pessoalmente não enviamos.

- Eu estou indo buscar agora, obrigado senhorita Hyuga.

- De nada senhor Uchiha.

Encerrei a ligação e fechei o closet, olhei as malas em cima da cama e caminhei até elas, eu fiquei um tempo no hospital, meus pais e Sasuke queriam ter certeza de que eu não tentaria nada, e por incrível que pareça eu realmente não tentei nada, por mais que eu amasse Kaguya, nunca em hipótese alguma passou na minha cabeça tirar a vida por ela, ela não merecia tanto, ela já levou muito dinheiro de mim e da minha família, já era o suficiente, minha psiquiatra me aconselhou a procurar distrações saudáveis para mim não entrar em um novo surto, eu era escritor mas fazia muito tempo que eu não escrevia nada, me faltava inspiração, então minha mãe me incentivou a fazer uma viagem depois de ter certeza de que eu estava bem, segundo dona Mikoto e minha psiquiatra eu precisava de novos ares, conhecer pessoas novas e novos lugares, novas culturas, isso me faria bem.

Eu acabei aceitando a idéia depois de um tempo, Sasuke também decidiu fazer a mesma coisa mas ele não faria isso agora, Sasuke e eu apesar de termos nos perdoado e entrarmos em um acordo de esquecer aquela mulher e qualquer coisa ligada a ela, mas fora isso a gente não conseguiu muita coisa, eu acho que nunca mais seríamos os mesmos, nos machucamos muito, certas palavras ditas não podiam ser apagadas, nós dois sabíamos que ainda tinha algo errado e mal resolvido entre nós mas ambos tínhamos medo de piorar tudo com a palavra errada então preferimos deixar do jeito que estava.

Peguei minha carteira e desci para o primeiro andar, chamei o motorista da casa e fomos para a joalheria, fazia muito tempo que eu não pensava nisso, eu realmente havia me esquecido dessa encomenda, e principalmente do motivo dela.

- Senhor é esse o endereço? - olhei pra o lado de fora vendo a fachada da joalheria.

- Sim é sim, me espere aqui - sai indo até o local.

Assim que entrei vi a senhorita que falou comigo por telefone, ela me levou até a área vip e me entregou a jóia e logo eu saí e voltei para o carro, alguns minutos depois pedi ao motorista para me levar a algum lugar tranquilo, ele demorou alguns segundos antes de começar a dirigir.

Fitando a janela apertei a caixinha no meu bolso, eu não queria pensar nela mas era impossível.

Por que?...

Você me deixou aqui para queimar?...

Sou muito jovem para estar tão machucado...

Me sinto preso em quartos de hotel...

Eu não conseguia evitar não pensar em Kaguya, não só por infelizmente ainda amar aquela ômega mas também por não ter conseguido falar com ela.

Não que eu quisesse uma reconciliação, eu posso ama-la mas não sou burro e com o tempo eu sei que superaria esse maldito sentimento, mas eu queria ouvir ela, eu sei que parece loucura mas eu queria ouvir o que ela me diria, a justificativa que ela me daria por toda dor que eu estou sentindo.

Olhando sem piscar para a parede...

Contando as feridas e estou tentando não sentir todos elas...