CAP:37

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Jonh Wilker

Mary pega no sono novamente e eu cochilo um pouco. Acordo direpente suando frio. Os mesmos pesadelos de sempre, porém menos apavorante. A Mary está com a cabeça sobre meu peito e por sorte não fiz nada a ela. Não posso machucá-la. Estou pensando seriamente em não dormir ao lado dela é perigoso. Mas só farei isso quando ela pegar no sono. Não quero que ela pense coisas que não deva. Tento sair da cama sem acordá-la. Beijo sua testa e me levanto. Fico alguns minutos lhe olhando dormir tranquilamente. Eu estou louco por ela. A cada dia que passa meu desejo por ela só aumenta.

Saio do seu quarto, coloco as mãos no bolso e caminho até o meu. Abro e porta e entro. Sento na minha cama e apoio meus braços sobre a coxa e seguro meu rosto com as mãos. Eu não posso machucá-la... Não posso, Mary é uma mulher extraordinária e só o fato dela ter me aceitado já diz que ela vale ouro e merece ser feliz. Eu posso dar essa felicidade a ela? Será se eu consigo? Eu nunca pensei em pedir ajudar de um profissional... embora o Jorge já tenha me recomendado um amigo psicólogo, mas agora estou pensando seriamente em conversar com ele. Esses pesadelos não me deixam em paz e isso me deixa tão frustrado. Passo as mãos pelo cabelo e me jogo sobre a cama. Já são 4:30 da manhã e nada de sono. Isso é um inferno. Eu queria dormir bem. Uma noite conseguir, quando dormir ao lado dela a primeira vez. De lá pra cá nunca mais. Me sinto cansado. Fico um tempo assim. Vagando em pensamentos. De uma coisa eu sei. Ela é a mulher que eu quero pra mim. E tratarei de cuidar logo disso. Ela já aceitou depois do divórcio que não vai demorar vou oficializar nosso compromisso. Sei que ninguém tem nada haver com isso, mas é também uma carta na manga para reaver a guarda do garoto.

Levanto, tomo um banho, faço minhas higienes pessoais e visto uma calça jeans preta, uma camisa gola polo preta e calço uma sandália. Decido trabalhar aqui de casa hoje. E assim me sinto mais confortável nessa roupa. Ligo para o Jorge e ele confirma de vir. Caminho até a janela do meu quarto e abro as cortinas. Já amanheceu e avisto o sol nascer através dela. É como se o o céu se iluminasse trazendo a esperança para pessoas como eu... Sombrias... Quero muito me libertar, entretanto meu passado me condena. Viro as costas para a janela e saio do meu quarto,  me dirigindo até a cozinha. A Ana já se encontra de pé.

— Bom dia senhor Wilker.

— Oi Ana. — Coloco as mãos no bolso e fico parado no mesmo lugar. — Faça almoço hoje contando com o Jorge. A Mary tem uma reunião com ele mais tarde e ele vai ficar pra almoçar.

— Sim senhor. — Ela responde terminando de ajeitar o café. O Francisco entra pela porta dos fundos e se depara comigo aqui.

— Bom dia senhor Wilker.

— Oi Francisco. Quero que avise a todos que estejam aqui em 40 minutos. Tenho um pronunciamento a fazer. — Eles me olham confusos. Logo entenderão.

— Sim senhor!

— Vai tomar logo seu café, senhor?

— Leve ao meu escritório. Tomarei lá. Vou ver a Mary e quando ela acordar leve o dela até seu quarto. — Ela assente e me retiro.

****
Abro a porta do quarto da Mary e ela continua deitada, dormindo tranquilamente. Me aproximo da cama e me sento ao seu lado. É linda... Seus cabelos desgrenhados cobrem seu rosto e mesmo assim é  a coisa mais linda que já vi. Retiro com cuidado seus cabelos e passo gentilmente meus dedos sobre seu rosto delicado! Uma mulher tão delicada e tão forte. Ela se mexe e vira seu rosto para mim. Meus olhos estão presos em seus lábios. Com cuidado lhe dou um selinho demorado. Sentindo o quanto meu coração acelera perto dela. Ela se mexe e me afasto. É melhor deixar ela dormir. Beijo sua testa.
— Durma bem meu anjo. — Me levanto e quando estou pretes a abrir a porta ouça ela chamar meu nome.

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