CAP: 32 parte 2

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Continua...

- Sinto muito não posso falar sobre isso. - Ele fica nervoso.

- É verdade, não é? - Meu coração acelera...meu peito dói... Porque ele fez isso?

- Senhorita...- Ele se aproxima de mim e as lágrimas não cessam. Eu estou apaixonada por ele. E saber que ele machucou alguém...uma mulher... não sei o que pensar...ele não me parece esse monstro como a Kate falou... não... não... balanço a cabeça negando pra mim mesma que não seja verdade. - Por favor! Se ela disse alguma coisa...pergunte a ele...tente entender...- Seu pedido foi suplicante...ele se importa com ele...- Ele já sofreu muito... não posso lhe dizer mais nada...

- A Ana sabe não é? - Ele me olha cheio de pesar.

- Por favor...ela já sofreu demais...

- A filha dela morreu Chico...Isso é assustador pra mim e imagino como deve ter sido pra ela...Eu não sei o que pensar...eu serei a próxima?...

- Mary não é nada disso...ele gosta de você jamais lhe faria mal... Ele mudou desde que você chegou...foi um...- A Ana volta e ele para de falar de repente. Ualll que bela vista enrascada você se meteu Mary de novo....Eu gosto tanto dele... Será que era mentira o que ele me falou... é difícil entender os motivos.

- Tá tudo bem aqui? - Ana nós olha apreensiva. Como eu vou olhar pra ela depois disso? Como eu vou encarar ele? Chico anda apreensivo pelo quarto pega o telefone e se retira. Nós deixando a sós. Ana vai limpando onde está machucado. E me olha de um jeito diferente. Lembrando de alguma coisa.

- Sinto muito por tudo isso. O senhor Wilker mandou que tomassemos conta de você e acontece isso. - Ela é tão gentil.

- Não se preocupe. - Minha voz sai falha. Eu pergunto...eu preciso saber? - Ana?

- Sim! - Ela continua limpando o sangue.

- O motivo da sua filha ter ido parar no hospital foi por causa do Senhor Wilker? - Ela para e abaixa a mão e eu me sinto a pior pessoa do mundo por tocar nesse assunto. Ela me olha triste.

- Mary...Por favor não entenda errado as coisas! O que a Kate te falou?

- Que ele a machucou muito. - Meus olhos ardem e meu coração aperta ainda mais.

- Não escuta ela tá. Eu sei que o senhor Wilker tem esse jeito dele...mais é um homem bom Mary... não se esqueça disso e ele gosta muito de você. Deu pra ver nos seus olhos como ele se importa e cuida de você. Coisa que eu nunca vi ele fazer por ninguém além da mãe. - Ela fala com muito carinho dele...estou tão confusa.

- Eu não entendo...

- O Senhor Wilker, não teve culpa do que aconteceu com minha filha. - Ela pega minhas mãos e me olha nos olhos com ternura e tristeza.- Não sou eu que vai te contar é ele. Só o que eu tenho a te dizer é que ele fez o que pode por ela. E mesmo assim não conseguimos...- Seus olhos enchem de lágrimas e os meus também. - A Emilly não me ouviu, não ouviu ele...e por causa da sua teimosia e fantasia ela não está mais entre nós. Não o culpe...ele já se culpou tanto... já sofreu tanto que se você duvidar do que ele sente por você será pior do que qualquer coisa Mary. - Ela fala tão profundo que só consigo chorar. Eu não faço ideia do que ele passou e meu coração tá tão dolorido por pensar que ele seria um monstro ou me machucaria.

- Me desculpa Ana por fazer você se lembrar disso..Que sei que tá doendo em você também. - Ela sorri mais sei que é pra me tranquilizar. Ela faz um curativo na minha sobrancelha e eu fico quieta.

- Você não tem culpa de nada. - Ela termina e antes de sair me abraça. - Ele te Ama, sei disso... Não o machuque por favor. Eu amo esse garoto como se fosse meu filho. E eu faria tudo por ele. - O que ela fala me toca profundamente. - Agora eu preciso ir. Chico deve ter ligado pra ele e quando chegar ele vai estar muito zangado. Fica aqui tá bom! Quando ele vier escute Mary...escute ele... E só então decida o que fazer.

- Tudo bem!- Ela beija meu rosto, se levanta recolhe o lençol do chão sujo de sangue e sai. Me deixando sozinha. Depois de um tempo me levanto mesmo com dor e saio do quarto a procura de um lugar pra pensar. Ando com dificuldades mais preciso espairecer um pouco. Ando por um corredor e avisto uma porta ao fundo. Ainda não havia andado por aqui pego a maçaneta e tá aberta... Geralmente as portas estão trancadas... Abro as portas lentamente e me deparo com uma espécie de capela. Fico olhando o local e meu coração se aperta. Sinto vontade de chorar de novo. Alguns bancos e parece que intocável. Limpo, mais faz tempo que ninguém faz nada por aqui. Avisto o crucifixo ao fundo e a imagem de Jesus Crucificado me chama atencão. Quem será que vinha aqui? Me aproximo do primeiro banco e me sento. Junto minhas mãos e rezo a Deus:

- Pai me dar forças pra enfrentar tudo que virá pela frente. Eu sou fraca, um ser humano falho e sei que o Jonh tem suas falhas e seus segredos... E falei a ele que não o julgaria...Ilumine meus pensamentos Pai e meu coração para ouvi-lo e tentar compreender, por mais difícil que seja. E peço pelo meu filho a quem tanto amo...me dê a alegria de tê-lo junto a mim de novo. Sinto tanto a sua falta Pai." Fico um tempo aqui sem dizer nada...Quando sinto que tem alguém atrás de mim.

- Quando eu vinha aqui e pedia a ele pra me ajudar ele nunca me ouviu. - Sua voz está carregada de dor e tristeza...Por um momento exito em olhá-lo. Sinto um frio percorrer todo o meu corpo. Ele não se aproxima. - Procurei você por todo canto e não sabia se havia ido embora. Não sei o que me trouxe aqui. - Meus olhos ardem e minhas mãos tremem. Ele se senta do meu lado mais não me olha. Continua com seu olha fixado na imagem a nossa frente no pequeno altar. - Pensei que tivesse perdido você Mary e isso dói...essa sensação é sufocante. Não peço que fique comigo depois do que eu disser. Mais se por acaso decidir me aceitar do jeito que eu sou, você me terá por completo. Estou com medo Mary.- Eu não aguento e começo a chorar. Eu sinto que ele é está triste e tem medo...eu não posso deixar que ele se sinta assim. Eu o amo...Vamos Mary...escute-o... Entrelaço uma de minhas mãos na sua e ele aperta com ternura. Esse é o sinal de que ele pode se abrir comigo. Me viro para ele.

- Me olha. E fale... Eu disse que quando estivesse pronto eu te ouviria e farei isso. - Ele se vira e me encara tão distante quando a noite lá fora. Se ele a machucou teve algum motivo muito forte. Ele olha nossas mãos entrelaçadas e me olha de novo.

- Eu sou o responsável pela filha da Ana ter morrido.- Engulo em seco e meu corpo treme. O ar parece que vai embora do meu pulmão...Seu olhar é vazio e sua voz soa fria e dolorida. Eu não me sinto bem!

*****

Olá, meus leitores queridos!

Conseguir voltar...depois de dias tentando recuperar minha conta voltei...Conseguir redefinir minha senha depois de um ataque cibernético.

Nossa esse capítulo foi difícil pra mim escrever...revelar os segredos do Jonh é doloroso.

Deixem seus comentários e votos!

Até o próximo!

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