Cap: 30

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Mary Dias

Acordo e ao abir meus olhos não o encontro na cama. Onde será que ele foi? Afasto as cobertas e a porta é aberta. Ele está de terno, muito bem arrumado, uma verdadeira tentação aos olhos de quem vê. Está com uma bandeja nas mãos e se aproxima devagar. Não quero ser abusada...ele fez o jantar, agora café na cama....isso não se vê todo dia num homem. Ainda mais assim como ele.

— Bom dia. Trouxe seu café. — Ele deposita a bandeira sobre a cama enquanto me dá um selinho demorado.

— Não me acostume mal. — Sorrio.

— Não se preocupe...faria muito mais. E quanto ao incidente de ontem...

— Deixa isso pra lá. Já passou...Estou bem e com café na cama...nem sei mais o que aconteceu...

— Mary... Desculpa mesmo. — Olho pra ele e sei o quanto é difícil pra ele se desculpar por uma coisa assim.

— Ei Jonh...olha pra mim... tá tudo bem...e não se fala mais nisso ok. — Ele concorda...tomo meu café.. e ele me ajuda a descer até meu quarto. Tomo um banho enquanto ele me aguarda. Ele parece pensativo... Eu sei que o restante da noite foi turbulenta... só espero que ele fique bem logo. Saio do banheiro me segurando pela parede e ele me ajuda a sentar na cama...— Não precisa de tudo isso tá...eu consigo me virar... você precisa ir trabalhar.

— Nada disso. Só vou quando você terminar.

— Senhor Wilker...

— Não discuta...— Ele teimoso viu. Ele pega uma roupa e me visto. — Pronto está maravilhosa...ou melhor você é maravilhosa...— Me elogiar assim me deixa toda derretida...

— Obrigada. — Ele me beija e o mundo para...por alguns minutos esqueço dos problemas...ele me deixa segura e sinto que o que estamos vivendo é real para nós dois.

— Preciso ir...— Ele fala entre nosso beijo.— Mesmo desejando ficar... Tenho uns assuntos pra resolver. — Eu entendo...

— Tudo bem.— Nos afastamos e ele fica me olhando... — O que foi?

— Pretendo te falar umas coisas...mais pra isso te peço que me dê um tempo. — Será que vai se abrir comigo...espero compreender tudo. Só quero que ele se sinta bem comigo.

— Tudo bem! Não se sinta precionado.

— Eu sei...o problema sou eu mesmo...falar disso não é fácil pra mim...e a incerteza do que irá pensar a meu respeito ou me olhar depois é que me assusta. — É tão ruim assim...fiquei com medo agora.

— Seja lá o que for...— Pego em seu rosto. — Você tem a mim agora...como amiga também. — Ele fecha os olhos e  lhe beijo os lábios com delicadeza. Ele me olha e sinto que confia em mim.

— Tá bom! — Saímos do quarto e vamos até a cozinha. — A Ana vai cuidar de você e o Francisco também. Vou dirigindo hoje. — Assento. Chegamos e eles estão sentados a mesa. Ao nós ver os dois se levantam.

Me aproximo de uma cadeira e me sento. O Jonh está muito atencioso hoje. Ele me dá o remédio e recomenda a Ana e o Chico para cuidarem de mim. Apesar de dizer que não precisa ele é insistente. Nós despedimos e volto minha atenção aos dois a minha frente...Eles são fofinhos juntos. Pisco para o Chico e ele fica sem graça.

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