Capítulo 4 - A primeira aula prática

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Guilda, 09h20...

Os membros da Fairy Tail estavam finalmente a bordo do barco da Guilda.

O Natsu, como sempre, estava enjoado, enquanto o resto do seu grupo aproveita a vista, vendo Magnolia a afastar-se lentamente.

– Parem... Já... Esta coisa...! – Queixou-se o Natsu, referindo-se ao barco.

– Não te preocupes, menino Natsu. Vou usar o meu feitiço Tróia para que te sintas melhor! – Disse a Wendy, aflita.

– Obrigado... Wendy... – O rosado conseguiu agradecer à mesma, a custo.

A Wendy, tal como o Natsu e o Gajeel, usa magia de Mestre de Dragões, mas a sua magia de Mestre de Dragões é diferente. É magia Celestial, a qual lhe permite usar magias bastante raras, tal como magia curativa. O feitiço "Tróia" ajuda as pessoas enjoadas a sentirem-se melhor.

Todos os membros da Guilda estavam a falar uns com os outros e a rirem-se com as caras de enjoo do Natsu. A Erza também estava nesse grupo, mas a mesma reparou que a Lucy estava na outra ponta do barco, distante, e com uma expressão pensativa.

A rapariga do cabelo escarlate acabou por ir ao seu encontro.

– Lucy, o que se passa contigo? Estás assim desde que chegaste a casa ontem à noite. Nem resmungaste por termos comido toda a comida que havia em tua casa. Posso ajudar em alguma coisa? – Perguntou a Erza, preocupada.

A Lucy olha para a amiga.

– Não se passa nada. Eu só estou a pensar na Academia, nada de mais. Não te preocupes. – Mentiu a loira, acrescentando um sorriso, mesmo sendo falso.

– Está bem, então... Mas se precisares de alguma coisa fala comigo. – Informou a Erza.

– Obrigada. – A loira agradeceu à amiga.

Na realidade, a Lucy não conseguia deixar de pensar no que tinha acontecido no dia anterior, à tarde, entre ela e o Natsu. As palavras dele não paravam de vir à sua cabeça nem por um segundo.

– Chegamos! Chegamos! – Ouviu-se alguém dizer.

Até o Natsu festejou, agora que o feitiço Tróia estava a fazer efeito.

A Lucy manteve a mesma cara pensativa, o que deixou a Erza ainda mais preocupada. Mas esta não insistiu com a amiga.

Quando o barco da Guilda atracou, os membros saíram deste e o Mestre iniciou uma explicação sobre a aula prática.

– Caros feiticeiros. A aula que iremos iniciar brevemente terá uma duração de três dias. O objetivo desta primeira aula prática é testar o vosso espírito de equipa e ver se realmente aprenderam o que vos ensinei ontem. – O Mestre começou.

– Para atingirem a meta desta aula, têm de encontrar um anel de noivado que foi oferecido outrora a uma Deusa poderosa. Ela própria o guardou aqui nesta ilha, pois este foi-lhe oferecido, como prova do seu amor, por um humano, e nessa época Deuses jamais poderiam casar com humanos. Para proteção do seu anel, ela criou um monstro bastante poderoso que dificilmente pudesse ser vencido. Quando encontrarem o anel terão de arranjar forma de o derrotar e utilizar uma ajuda especial, identificada nas vossas pulseiras mágicas, e que só pode ser usada para esse fim. – O Mestre disse.

Todos os membros da Academia usavam pulseiras mágicas que lhes permitiam trocar de roupa e pedir ajudas durante as aulas práticas.

De seguida, o Avozinho distribuiu uma espécie de projeção interativa que era contida na pulseira usada por todos os feiticeiros.

– A ilha onde nos encontramos tem dez mil hectares, por isso terão que usar a cabeça! Para encontrarem o anel poderão ter quatro tipos de ajuda, e cada um deles pode ser utilizado duas vezes nesta aula. Nestes três dias o vosso maior trunfo será a inteligência! – Disse o Mestre.

– Agora vão e encontrem esse anel! – Finalizou o Avozinho, levando a mão direita ao ar e fazendo o símbolo de Fairy Tail.

– Sim! – Exclamaram em uníssono todos os grupos, e cada um partiu em busca do tal anel.

Rapidamente os grupos seguiram o seu caminho e desapareceram num ápice.

O grupo da Lucy começou calmamente a percorrer a floresta, tentando pensar em como encontrar o anel.

– O Mestre disse que tínhamos de usar a inteligência, mas não sei que relação pode ter uma ilha com um anel de casamento. – Confessou a Erza, meia confusa.

– É de facto muito bonito. – Comentou a Lucy.

– Como assim? – O Gray questionou, com cara de caso.

– Mesmo sabendo que não poderia ficar com a sua amada, o homem que estava apaixonado pela Deusa ofereceu-lhe um anel de noivado. Ele sempre soube que ela jamais o poderia usar, mas queria que ela soubesse o quanto ele a amava. – Comentou a Lucy.

– Deixa-te disso, Lucy. Vamos mas é procurar esse anel! – Interrompe o Natsu, que não era nada fã de romantismos.

– Certo. Eu e o Gray vamos por este caminho. Tu, a Lucy e o Happy vão pelo oposto. – Ordenou a Erza e todos assentiram.

A Lucy foi pensando ao longo do caminho numa forma de encontrar o anel enquanto o Natsu e o Happy faziam caretas um para o outro...

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