Capítulo 47 - Refletir e encarar as coisas

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Floresta, 19h45...

Natsu

Estava sentado na relva e tinha um pau na mão, com o qual estava a fazer desenhos sem sentido na terra.

Comecei a escrever o nome da Lucy e algumas imagens dos nossos beijos vieram à minha cabeça.

"O que se passa comigo? Agora estou numa de beijar raparigas à toa?", questionava-me a mim próprio em pensamento.

Aquilo que sentia pela loira era diferente de qualquer outro sentimento que tinha em relação às outras raparigas. Com ela é mesmo muito diferente.

Não conseguia ficar longe dela por mais que tentasse, e quando estava sem ela a minha cabeça quase explodia em pensamentos sobre ela...

Ela pede o meu cachecol, ela beija-me, ela agarra-me. Eu dou-lhe o meu cachecol, eu beijo-a, eu agarro-a.

Desatei a rir depois de finalizar este último pensamento.

Como se eu fosse alguém tão romantico...

Mas a verdade é que eu nunca fiz estas coisas com qualquer outra rapariga. Provavelmente com outras seria considerado um tarado..

– Sim. Ela gosta de ti, cabeça de fogo... – Ouvi uma voz familiar dizer.

– Cuequinhas? – Disse espantado.

– Não me trates por esse nome... – Disse o Gray entre dentes.

– O que estás aqui a fazer aqui? – Perguntei-lhe, tentando esquecer a primeira frase dele.

– Isso não importa. A verdade é que a Lucy gosta de ti... – O rapaz respondeu-me, voltando a puxar o assunto.

– Ai sim? Que bom para ela... – Tentei parecer indiferente ao que ele tinha dito.

– Cala-te. Tu também não tiras os olhos de cima dela. – Ripustou ele.

– O-O que é que tu disseste? – Explodi, já irritado.

– Olha... Por incrível que pareça, eu não vim aqui para lutar. – Começou ele, deixando-me de queixo caído.

– É só que a vossa situação já me irrita... Vocês gostam um do outro e continuam a tentar negar isso. Desistam de uma vez por todas da ideia de esquecerem o que sentem e digam um ao outro o que realmente se passa... – Ele disse. Mais direto era impossível.

– Eu não tenho jeito nenhum para estas coisas, mas acho que devias falar com a Lucy e dizer-lhe o que sentes... – Finalizou ele, olhando para mim pela primeira vez.

Fiquei sem reação ao que ele disse: eu e a Lucy? Seria possível eu gostar dela?

Não sei, mas isso iria explicar o porquê da minha necessidade de a beijar, de estar com ela, de protegê-la...

– Se calhar tens razão... – Consegui dizer. O rapaz sorriu com um ar confiante e estendeu-me a mão para me ajudar a levantar do chão.

– Faz isso o mais depressa possível... – Disse ele seriamente, referindo-se à minha confissão.

Assenti com a cabeça e acabamos por sair da floresta. Cada um foi para sua casa e eu aguardei pelo dia seguinte, o dia em que iria confessar à Lucy aquilo o que sentia por ela.

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