Capítulo XI

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O inverno logo foi embora e tudo foi voltando ao normal. Os alunos retornavam do recesso escolar e com isso Hermione retornou, mas brigando com Rony e eu por esquecermos de procurar sobre Nicolau Flamel. Eu estava ocupado demais tentando encontrar Draco e pôr ele contra a parede para me explicar sobre o beijo, e fora que eu estava em um conflito interno com relação a tudo isso. No mundo bruxo, não há problemas com relações, mas no mundo dos trouxas há. Eu sei que não pertenço ao mundo dos trouxas, mas por ser criado lá, tudo se torna novo para mim e inclusive uma pessoa que me humilha me beijar. Rony, como sempre, preocupado com nada ou ele apenas não quis falar sobre.
- Eu não acredito que vocês passaram o recesso inteiro sem pesquisar nada sobre Nicolau Flamel. - Falava Hermione em tom rude, mas necessário.
- Desculpa, Hermione. Eu tive problemas para enfrentar durante o seu tempo fora. 

- E quanto a Rony? Deveria estar muito ocupado comendo.

- Como você sabe? - Indagou Rony pensativo.

- Acho que eu sabia que isso iria acontecer e decidi me distrair na viagem lendo sobre ele.

- Você tem um conceito diferente de distração.

Hermione revirou os olhos, abriu o livro e tateou uma página com o seu dedo indicador.

- Aqui! É óbvio. Nicolau Flameu é o único que produz a pedra filosofal. 

- A o que? - Perguntamos Rony e eu ao mesmo tempo esboçando uma imagem confusa quanto ao assunto.

- Francamente, vocês não procuram saber de nada? Essa pedra é uma substância lendária capaz de transformar qualquer metal em ouro puro e ela consegue produzir o elixir da vida, que torna quem o bebe imortal.

- Imortal? Sério isso?

- A única pedra que existe atualmente pertence ao Sr Nicolau Flameu, o famoso alquimista que no ano passado comemorou 665 anos. Ela deve estar naquele alçapão que o Fofo está protegendo. O Snape deve estar atrás da pedra filosofal.

A noite logo chegou e com ela a adrenalina correndo nos vasos sanguíneos de Rony, Hermione e Harry, que corriam tomando todo o cuidado do mundo até a cabana de Hagrid. Os meninos bateram na porta muitas vezes trazendo Hagrid até a porta, abrindo-a e dizendo:

- Desculpem. Sem querer ser grosso, mas eu não quero visitas por hoje.

Ao fechar a porta foi interrompido o ato com Harry e os meninos falando:

- Hagrid, nós sabemos da pedra filosofal.

Hagrid no mesmo instante abriu a porta dando espaço para os meninos entrarem e voltou-se para dentro de casa dando brecha aos meninos.

- Nós achamos que o Snape está tentando roubá-la. - Disse Harry sem pensar duas vezes e sendo direto.

- Snape? Por Merlin. Você continua cismado com ele, não é?

- Não, Hagrid. Você não está entendendo. Nós sabemos que ele quer a pedra, mas não sabemos o porquê.

- O Snape é um dos professores que protegem a pedra. Por que ele iria querer?

- O que?

- Vocês ouviram. É isto. Agora por favor, vão para os seus dormitórios. O dia hoje não está muito bom.

- Espera um instante, um dos professores?

- É claro. Existem outras coisas protegendo a pedra, certo? Feitiços, encantamentos... - Disse Hermione sentada em uma poltrona que era tão grande que parecia quase um sofá-cama para ela.

- É isso mesmo. É pura perda de tempo vocês se meterem nisso. Eu garanto. Ninguém sabe como passar pelo Fofo. Não há ninguém que saiba a não ser eu e Dumbledore. - Após terminar a frase seu semblante travou e logo ele soltou: - Eu não deveria ter dito isso.

Drarry: A Pedra Filosofal (Livro 1)Where stories live. Discover now