ALVO DE IMPRINTING

3.8K 345 153
                                    

AYLEE SIMPSONS

Depois da pequena conversa com o tal Alec, eu nem sequer ousei sair da fronteira da casa dos Cullens. Pensar no assunto do imprinting me dava uma tremenda dor de cabeça, e deixei o assunto de lado. Não havia sinal dos lobos, mas ninguém garantia que não poderiam aparecer pela noite.

Como estava tudo tranquilo por ali, resolvi deixar os lobos que não quiseram me acompanhar para almoçar e ir pra minha casa. Eu precisava de um espaço sozinha e sem tensão no ar. Passei pela sala dos Cullens sem olhar para os lados, não queria ter que encarar os vampiros ali. Desci o caminho a pé para chegar em minha casa, não ficava tão longe.

Minha mente agradeceu quando parei em frente a minha casa, até eu ver Charlie chegando ao lado e ele fez um sinal para que eu esperasse. 

— Aylee — correu até mim — Eu gostaria de saber se você tem alguma notícia de Bella. Quer dizer, sua irmã é amiga dos Cullens e Jacob também disse que procuraria respostas. Ela nunca mais me ligou.

Eu havia me esquecido de como Charlie fica isolado nessa situação, ele nem sabe sobre vampiros e lobos — e mesmo que deve continuar assim — as mentiras acabam com ele. Imagino o quão difícil seja para ele ver sua única filha sumir com uma família estranha e mal lhe dar satisfações. 

— Infelizmente não sei de nada, mas prometo contar se saber de algo. Irei ligar para Atria e pedir notícias — tentei ser gentil para amenizar a situação. Eu conseguia enxergar a tristeza de um pai em seus olhos. É duro demais. 

— Claro, muito obrigado. Mande um abraço ao seu pai.

Assenti e entrei dentro de casa. Joguei meu casaco em cima do sofá e fui para cozinha, lavando minhas mãos para colocar algo em prática pro almoço. Meu estômago roncava com a expectativa, mas a minha atenção se desviou dele quando eu senti aquele cheiro familiar novamente. O cheiro de canela do General Volturi. Meu corpo todo travou. 

Eu sabia que ele já estava em frente a porta, e não demorou muito para que a campainha tocasse. Eu queria e não queria ir lá, e acabei entrando em uma briga interna comigo mesma e meu corpo nem se moveu. 

Ouvi o barulho da tranca da porta, e me virei subitamente. Demetri já estava dentro da casa com um sorriso de lado. Aquele sorriso cafajeste.

— Olá amore mio, aceita uma companhia?

Sem vergonha e cara de pau.

— Sabia que invasão de domicílio é crime? — cruzei os braços.

 Meus instintos já estavam em alerta por estar sozinha com ele, não sei o que ele pretende.

— Menos quando se é um vampiro que pode matar qualquer policial que você chamar — piscou.

Demetri observou a decoração da casa e sorriu em aprovação. Veio em passos calmos para cozinha e foi se aproximando cada vez mais na minha direção. Eu não queria dar pra trás, mas as minhas pernas ameaçavam me trair.

— O que você quer aqui?

— Apenas saber onde você mora. É uma casa muito bonita, você tem bom gosto — deu passos lentos e consegui ir me afastando — Ora, menina loba. Você está com medo de mim?

Eu quase ri dele. É claro que não tenho medo dele, medo eu tenho é de fazer uma besteira POR CAUSA DELE. Lobos estão suscetíveis a isso por suas impressões.

— Você sabe que não — mas parando para lembrar, ele estava dizendo que queria me matar.

— Você parece estar fugindo de mim — levou os braços para trás e seus olhos percorreram por mim de cima a baixo. Detesto quando ele faz isso.  Minhas pernas sempre tremem.

𝙄𝙢𝙥𝙧𝙞𝙣𝙩𝙞𝙣𝙜 • 𝑫𝒆𝒎𝒆𝒕𝒓𝒊 𝑽𝒐𝒍𝒕𝒖𝒓𝒊Where stories live. Discover now