- Vamos embora logo, antes que eu faça o serviço na cara dela! - Falo saindo do quarto e indo em
direção a recepção.

-x-

- Assine aqui, por favor - Um
enfermeiro alcança uma planilha
para Josh assinar.

- Só isso? - Ele fala após assinar
dois documentos.

- Sim, o senhor terá que vir de
quinze em quinze dias aqui para
nós vermos como está a
recuperação, com licença - Ele diz levantando a camisa de Josh e
tirando a ponta do curativo -
Aparentemente está tudo bem,
creio que sua recuperação será
boa e rápida, senhor Beauchamp!

- Tomara que sim... vamos? - Ele
fala olhando para mim.

- Vamos! - O respondo indo em
direção a porta de saída.

-x-

- JOSHZITOOOO - Kristian grita
após ver eu e Josh entrar em
casa.

- Olha só quem voltou - Bailey diz
calmo.

- Tá Kristian, chega - Josh fala depois de Kristian estar abraçado nele a dois minutos.

- E aí, como você está, cara? -
Bailey fala lhe dando um abraço
rápido.

- Estou bem, cuidaram bem de
mim no hospital - Ele fala me
olhando e me puxando pela
cintura para seu lado.

- Sabemos muito bem os
"cuidados" dela... - Kristian fala me lançando um olhar malicioso.

- Eu também fiquei sabendo de
algumas coisas que rolaram
aqui... - Josh fala olhando
para Bailey.

- Foi tudo ótimo, e usamos o
quarto de hóspedes, mas já está
tudo limpinho e a cama trocada...
- Bailey fala olhando para Kristian.

- Usamos suas camisinhas Josh! -
Kristian fala alto olhando para mim.

- Meu Deus... eu estou me
referindo ao quarto da Gabrielly, e não as fodas de vocês dois!

- Ah... - Bailey e Kristian falam ao
mesmo tempo.

- Que cheiro bom é esse? - Josh
pergunta largando sua mochila no lá - Falo me referindo as
mochilas.

- Tá bom, não demore...

Entro no quarto de Josh e
percebo que não há mais a
mancha de sangue no chão,
imediatamente lembro-me do que ele disse no hospital sobre aquela noite e vou até as janelas,
fechando os vidros.

Saindo do quarto dele, paro em
frente ao meu e coloco a mão na
maçaneta, eu sei que não deveria
fazer isso, que é errado e que
Josh vai ficar bravo, mas eu
sinto que tenho que entrar, acabo por largar minha mochila ao lado da porta e abri-la. E o que vejo é um completo caos.

O colchão está completamente
rasgado, com as espumas todas
para fora, e os travesseiros não
estão diferentes, as paredes estão
arranhadas e manchadas com
tinta vermelha, meu armário está com as gavetas reviradas e
atiradas pelo quarto inteiro, o que tinha dentro está manchado com mesa tinta, e meus patins, estão destroçados em pedaços.
Meu guarda-roupa está completamente vazio, e minhas
roupas estão espalhadas por aí,
duas das grandes janelas estão
quebradas e na porta do banheiro está escrito “querida” com a mesma tinta vermelha, entrando no banheiro consigo vero pequeno armário no chão, e os espelhos quebrados.

- Mas que porra... - Falo com os
olhos marejados.

Ao dar meia volta para sair
daquele lugar, vejo uma caixa
preta no chão, tão avulsa que só
poderia ser a caixa dos tais
“presentes”, caminho lentamente
até ela e a abro, dentro dela tem
uma caixinha minúscula enrolada em um cinto, o qual Heitor usava para me bater a alguns anos atrás, lágrimas rolam em meu rosto e eu
abro a caixinha menor, dentro
dela tem um pen drive, e após
olhar um pouco mais para o lado, vejo um notebook, já aberto e ligado, como se tivesse só
esperando eu abrir aquela
maldita caixa.

Coloco o pen drive no lugar certo e abro o arquivo, é um vídeo, dou play e me sento no chão para vê-lo melhor.

“- Não corra filha... aí é perigoso”, o vídeo começa com eu e minha mãe brincando no meio do parque, ela não aparece no vídeo, pois estava filmando e me alertava sobre o grande lago que tinha ali, mas de repente,
correndo muito rápido eu tropeço em alguma coisa e caio dentro da água, a câmera cai no chão enquanto ela corre em minha direção, mas não para de gravar,um homem corre até ela fala alguma coisa e logo pula dentro da água me salvando e me tirando de lá de dentro. Eu deveria ter uns nove ou dez anos, não lembro muito bem, só sei que foi ali que tudo começou, foi ali onde ela conheceu ele, e foi naquele dia que meu inferno começou. O vídeo termina com uma filmagem muito mal feita de um túmulo
"Priscila Rolim Soares”,

finalmente entendo o que que
dizer, e entro em um rápido e
doloroso estado de transe.
Imediatamente fecho o notebook, me levantando e o jogo na parede, caio de joelhos assim que percebo que não importa o que eu fizer, ele vai conseguir vir atrás de mim
e me achar de qualquer forma.

- Gabrielly, o que eu falei para
você? - Josh entra no quarto -
Meu Deus... o que aconteceu
aqui...

- Ela morreu... - Falo soluçando e
olhando em seus olhos.

Ela quem, meu amor? - Josh
fala se ajoelhando em minha
frente.

-A minha...mãe

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Beijocas 😘

YES, DADDY ¤¤ "Beauany"Onde histórias criam vida. Descubra agora