Capítulo XLVII

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Vodka PT. 1

Ruby passou todo o começo de trimestre de inverno do primeiro mês do ano estudando, quase não tinha tempo nos finais de semana para os amigos e quando tinha gastava ele todo ao lado de Fred, a afeição passou a transparecer e alguns alunos a fofocar — em sua maioria, os metidos a jornalistas de Hogwarts. Nada, até então, havia chegado nos ouvidos da sonserina, nem do grifinoria, apenas a notícia dos alunos querendo outra festa de dia dos namorados na casa dos gritos, aparentemente Vodka, tornou-se um doce néctar para os estudantes bruxos.

— Ruby! — chamou Gina, ao ver os cabelos castanhos passarem pelo corredor do terceiro andar, fazendo a garota parar, procurando com o olhar a ruiva — Preciso te perguntar uma coisa — disse um pouco hesitante, puxando Ruby pelo antebraço até o canto, checando se ninguém estava passando — Você sabe quem é a garota que Harry está gostando?

— Garota? — disse Ruby em uma risada debochada, pensando em uma versão do Draco feminina, mas é claro que ele não precisava disso para conquistar o garoto Potter — Não, não, por que?  — disse engolindo a risada, ao ver a cara nervosa da Weasley.

— Ontem eu e o Harry... Bom, nós ficamos juntos até mais tarde no treino... Mas quando eu falei sobre a possibilidade de voltarmos, ele disse que não podia. Tive a impressão que talvez fosse por causa de outra pessoa — disse Gina ficando rubra a cada palavra, olhando para seus pés enquanto explicava.

— Ele pode só não querer um relacionamento agora, quem pode culpá-lo? Em um dia você está apaixonada, já no outro você percebe que passou quase um ano presa a uma pessoa, que não quer mais nem te ver pintada de ouro — disse Ruby exaltando seu tom, enquanto suspirava.

— Estamos falando do Harry ou de você? — perguntou Gina confusa, fazendo Ruby voltar ao foco principal.

— Ah é! Gina, querida, vocês ainda tem alguns anos até se formarem. Divirta-se, ao invés de ficar atrás do míope do Harry, certo?  — disse Ruby apressada, vendo Lino Jordan logo a frente, que era com quem a garota precisava conversar — Inclusive. Segunda edição da festa na casa dos gritos. Você sabe como chegar! – gritou de longe, em seguida, correndo até o rapaz da grifinória.

As notícias se espalhavam rápido pelos corredores do castelo quando as palavras saiam dos lábios do garoto Jordan, então Ruby usou isso ao seu favor para popularizar a festa de São Valentim na casa dos gritos, mas com um porém, está seria permitido apenas pessoas solteiras e é claro de anos mais velhos.

— Ruby Thompson! — a voz de Jorge tomou conta do salão principal, onde a garota se encontrava sentada com o pequeno grupo de Lino Jordan — Como você ousa me proibir de ir na sua festa? — esbravejou, empurrando um rapaz do quinto ano, que estava sentado à frente de Ruby, roubando seu lugar.

— Eu não te proibi, é uma festa só para as almas solitárias de Hogwarts e coincidentemente, você não é uma — disse Ruby calma, escrevendo o que aparentava ser uma lista no pergaminho a sua frente — Além do mais, achei que fosse fazer algo com Angelina no dia dos namorados — respondeu dando de ombros, enrolando o pergaminho e saindo da mesa.

— Eu nunca fui uma alma solitária, Ruby! Eu tenho seis irmãos e um deles é meu gêmeo. NEM NA BARRIGA EU TIVE PAZ — disse Jorge em tom alto, seguindo a garota para fora do salão, vendo que Fred havia aparecido, tendo envolvido Ruby em seus braços.

— Pense pelo lado positivo, na festa você vai ter paz, porque você não vai — responde Ruby sorrindo sarcasticamente, recebendo um aceno de Fred para conversarem em privacidade, e quando ambos começam a andar para longe são interrompidos.

— Nada disso — disse Jorge, puxando os dois de volta pelo braço — Eu estava aqui primeiro, você vai ter que esperar dessa vez — o gêmeo empurrou o irmão, ficando no meio dele e da garota — Ruby, vamos lá, por favoooor — implorou segurando em suas mãos.

— Me desculpe, Jorge, mas você namora e a Angelina já me odeia o suficiente pra toda uma vida — respondeu Ruby, bagunçando os cabelos do ruivo rindo, voltando a andar com Fred, mas ainda era possível ouvir os resmungos dramáticos de Jorge.

Fred levou Ruby até um banco isolado no pátio principal, que tinha vista para o lago. A garota tinha as pernas por cima das do gêmeo, acompanhado de várias risadas, que este lhe tirou durante o caminho.

— Você acha que é uma boa ideia essa festa? — perguntou Fred disfarçando seu tom preocupado, recebendo um olhar questionando o porquê não seria — Eu não sei, pelo que nos somos... — disse sem graça, desviando o olhar, fazendo Ruby rir.

— Nós somos amigos Fred — disse Ruby rindo, bagunçando os cabelos do gêmeo e lhe depositando um beijo na bochecha, antes de se levantar — Agora eu precisa mandar uma coruja para o seu pai, ver se ele me compra algumas coisas dessa lista — disse apressada, levantando o pergaminho que tinha em mãos, em seguida, andando rápido, dando pequenas corridas até o corujal.

𝐅𝐫𝐢𝐞𝐧𝐝𝐬 ❘ 𝐅𝐫𝐞𝐝 𝐖𝐞𝐚𝐬𝐥𝐞𝐲Where stories live. Discover now