𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟭𝟮 ❘ 𝗡𝗮𝘁𝗮𝗹 𝗽𝘁.𝟮

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[Arthur] Mas me diga Ruby, é comum os troux..não mágicos ─ o senhor Weasley corrigiu sua fala após receber um olhar sugestivo tanto de Ruby, que estava sentada a dois palmos do homem no sofá, quanto de Helga que ajudava Molly colocando as refeições na mesa ─ Praticarem essa tal de ciência? Recebo diversos de seus objetos "científicos" no departamento.

Ruby deu risada do modo passivo que Arthur tinha, tomando cuidado para se referir as palavras, Helga por outro lado forçou uma tosse de dois sons, indicando que ela poderia responder se a garota não se sentisse à vontade ─ afinal, nem mesmo com a guardiã falava sobre assuntos tão próximo a seus país.

[Ruby] Não precisa chamá-los de não mágicos só porque eu e Helga chamamos, só estamos brincando com o senhor ─ disse a garota com pequenos risos ─ É bem comum, na verdade de que outro jeito eles poderiam fazer o que fazemos?

Está tudo bem, sussurrou a garota para a guardiã com um sorriso,que foi retribuído, fazendo a mulher voltar sua atenção à conversa com Molly. Ruby havia se levantado para "curiar" as comidas de boa aparência e cheiro na mesa.

[Arthur] Formidável! Muito perspicaz da sua parte Rue ─ o senhor Weasley havia adotado um apelido gentil para Ruby, segundo ele, foi um nome que havia visto em algum dos filmes modernos dos trouxas.

Carlinhos entrou pela porta dos fundos, juntamente de Gui, ambos haviam ido comprar enfeites natalinos para a toca ─ a pedido da mãe, é claro. O "domador" de dragões se encontrava lendo, segurando de forma elegante o livro com uma mão e as sacolas na outra; Gui por outro lado estava apressado, colocou as sacolas no chão, conseguindo finalmente parar para prender os longos cabelos que ultrapassavam os ombros ─ estes que segundo o ruivo, "o atrapalharam o caminho inteiro".

[Carlinhos] É só cortar ─ sugeriu em tom de deboche, sem tirar a visão da leitura, recebendo um empurrão vindo do irmão ao seu lado, que o fez rir baixo.

[Ruby] É bom ver que um dos seus livros abriu, Charlie ─ murmurou a garota de boca cheia, pois esta havia acabado de experimentar um dos bolinhos de Molly saídos do forno. Ruby abanou a boca com as duas mãos, aqueles bolinhos estavam quentes, naquele momento Carlinhos ofereceu a garrafa que estava em suas mãos para a Thompson se refrescar e ela assim fez, às pressas, desesperada.

O líquido da garrafa desceu inicialmente bem, parando quase que instantaneamente a queimação na língua causada pela quentura bolinhos, mas em seguida um calor muito grande tomou conta da garota, subindo de seu estômago até a cabeça e depois descendo para os pés. Ruby olhou raivosa para Charlie ─ associando sua sensação estranha ao líquido que ele havia lhe oferecido, e posteriormente a uma pegadinha ─ o rapaz apenas a encarava com um sorriso pretensioso nos lábios, levando as mãos até a torneira da pia da cozinha e a abrindo.

[Arthur] Não me diga que tinha essência de dragão nessa bebida, Charlie ─ O senhor Weasley com seus longos anos de criação, facilmente percebeu da pegadinha que se tratava, o suor e as bochechas queimando em vermelho de Ruby, o lembraram de um dos natais passados, a mesma situação havia ocorrido com Rony, que passou a encarar fixamente a água corrente assim como a garota ali ─ Ruby, nã.... ─ Antes que pudesse completar a frase, ela já havia enfiado sua cabeça debaixo da torneira, fazendo gerar uma leve fumaça, do líquido colidindo com a superfície quente de seu rosto.

As bebidas com essência de dragão são conhecidas por aquecer o corpo por horas, são bastante utilizadas por bruxos nativos dos hemisférios congelados, mas não são recomendadas para lugares cujo o clima seja maior que 0 graus, necessitando assim de outras ferramentas para esfriar o corpo e causando uma leve obsessão por ambientes e/ou coisas geladas.

𝐅𝐫𝐢𝐞𝐧𝐝𝐬 ❘ 𝐅𝐫𝐞𝐝 𝐖𝐞𝐚𝐬𝐥𝐞𝐲Where stories live. Discover now