Bad Boy ♡ minsung

Manga e Maracujá 2.0 - MINHO

Mudanças são duras. Mas o que seria do humano se não vivesse, não se adequasse, não investisse na própria mudança? Minho estava no caminho. Foram meses ouvindo os murmúrios vingativos, meses se sentindo culpado por deixar Jisung escapar de suas mãos por um capricho seu. Não, não foi certo mesmo. Sabia mais que qualquer um sobre isso.

Não via Jisung há meses, mas não queria o invadir mais, o perturbar como havia feito nos últimos meses. Minho havia cansado mesmo, mas sabia que há tempos Jisung havia se cansado ainda mais com suas ações. Na escola, tentava não cruzar mais com o rapaz, tinha vergonha do seu amor ter sido tão precoce e por ter sido um bad boy de primeira linha. No fim, se viu preso em um clichê colegial. Não que fosse ruim, mas porra, sofrer por amor era ruim sim. 

Hyunjin murmurava algo enquanto faziam uma prova de física, Minho até mesmo havia se esforçado mais na questão dos estudos. Deu certo, seus resultados foram notados até mesmo pelo diretor Lee, e olha que ele odiava Minho com todas as suas forças. Os cálculos quebravam as cabeças de minhoca dos rapazes, mas no fim levaram numa boa, afinal, não saber de tudo sempre parecia ser um bom conforto. 

— Vamos tirar uma boa nota, é algo bom pro nosso último ano. — Hwang proferiu baixinho, pegando a mochila para que seguissem até a mesa do professor.

— Pois é, Hyun… Notas péssimas nos dois primeiros anos do ensino médio, o terceiro deu pra salvar. — riu, por mais sem graça que fosse sua situação. — Vamos pro refeitório, agora que Woojin foi expulso, sinto que as coisas vão ficar bem de novo. O rebuliço quanto a expulsão nos arrecadou perdas no ramo do basquete, nem os investidores quiseram saber da tal denúncia de assédio, cancelaram tudo. 

— Ele cagou no pau, foi um merda mesmo, expulsão mais que justa. — o mais alto disse, puxando Minho pelos corredores largos da escola. — Seungmin não quis mais conversar comigo, acho que ele deve me achar um assediador também. 

— Você sabe que ele se afastou por minha culpa, Jisung deve ter receio dos amigos dele beijando os meus por aí. — abriu o próprio armário, pegando os livros de química para a aula seguinte. — Tente falar com ele na festa do Kasper, quem sabe você não descole um beijo no meio da multidão.

— Como se fosse fácil beijar aquela boca! — ok, essa foi alta demais, Hyunjin. — Merda, eu iria adorar um encontro acidental na festa do Kasper. 

— Nunca é acidental, vamos as festas sempre, maluco.

— Você não sabe fingir? — o Lee negou. — Te fode! Você é óbvio demais mesmo, sempre foi.

— Mas ainda beijei o cara que eu gosto. — abriu um sorriso amarelo, descendo as escadas com o Hwang. — Isso me custou caro depois. Tratei ele como uma ficada normal e…

— E você se declarou numa praça. Eu sei a história de cor! 

A mochila do Lee foi para na cabeça de Hyunjin, nada muito agressivo, só lhe rendeu uns biruleibe momentâneos. Entrar no refeitório sempre rendia lembranças do dia que magoou Jisung, mas o que poderia fazer se não tinha o poder de mudar o passado? Chan havia dito sobre as dificuldades, mas não imaginava que seriam tantas ao longo do caminho.

Já na mesa, abriram um pacote de salgadinhos, cochilaram, bajularam a tia da merenda até receber achocolatado de graça e por fim decidiram queimar a segunda aula. A desculpa de "não somos de ferro", foi, de longe, a pior que já deram na vida. Estavam deitados no meio de um corredor desativado do colégio, o que intrigava até mesmo os professores; ninguém gostava de dormir ali por ser sujo demais. Minho definitivamente não era fresco a esse ponto. A poeira atacava sua rinite, mas e daí? Não tinha caído mesmo.

— Tá doido, eu vou chamar ele pra sair! – Hyunjin disse do nada, literalmente enquanto tirava um pouco da poeira que estava o rondando. — Isso, moleque. Um sorvete.

Minho riu, sendo acariciado por lembranças do passado. — Acho que ele iria gostar de manga e maracujá.

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HI LORENAS.

MAE TA ON! W00j1n foi desligado da fic por motivos óbvios. Obrigada por ainda seguirem lendo a história. Um big beijo, estamos perto da reta final.