Capítulo 30

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Alhena

Acordei um pouco mais tarde, lá fora já estava escuro e frio, era um pouco assustador estar no meio da floresta. Decidi fazer algo para comermos, não tinham muitas opções na cozinha, então fiz alguns sanduíches e suco.

— O que está aprontando? —  Dei um pulo, não estava esperando.

— Porra, Malfoy — gargalhou me olhando.

— Está assustada, por quê?

— Idiota, sai. — Sentei-me na mesa.

— Vai ficar brava? — Me abraçou por trás da cadeira e beijou meu rosto.

— Vou.

— Ah poxa, me dá um pedaço?

— Tem mais ali.

— Mas eu quero esse.

— Vai ficar querendo. — Dei uma mordida — Hum.

— Palhaça. — Draco deu risada, pegou outro sanduíche e sentou-se ao meu lado — Vou avaliar seus dotes na cozinha.

— Ah pronto — gargalhei. — Pega o suco para mim? — Ele apenas concordou e os  trouxe os copos até a mesa.

— Essa é uma das partes boas de ser bruxo. — Reviro os olhos e ele sorri.

— A louça é sua. — Subo as escadas correndo, eu precisava ir ao banheiro, mania dos Malfoy de ter casa maior do que realmente precisa.

O chão era todo de madeira e as paredes tinham detalhes dourados, em algumas paredes tinham fotos, todos loiros, com certeza eram parentes do Draco.

— Amor? — gritou Draco.

— Já vou. — Abri uma das portas e por sorte encontrei o banheiro, fiz o que tinha que fazer e me olhei no espelho, eu estava completamente descabelada. Sai e desci as escadas, Draco estava sentado olhando para a lareira — Está tudo bem?

— Sim, só estou com frio.

— Então vai me dizer por que aqui é seu lugar preferido? — Sentei-me ao seu lado.

— Nós comemoramos aqui o meu primeiro jogo de quadribol e todos os outros que ganhei. E eu acho mais aconchegante do que minha casa.

— Porque é menor.

— Não é, eu só gosto.

— Por que não veio aqui nos últimos anos?

— Meu pai não queria que eu ficasse sozinho por aqui, ele surtava quando comentava em vir, e por motivos óbvios de guerra — sorri e deitei minha cabeça em cima do sofá. — Acho que tenho algumas medalhas aqui. — Levantou-se e foi até uma estante, abriu uma gaveta e pegou uma caixa.

— Vai me dizer que essa caixa está cheia de medalhas?

— Claro que não, tem alguns troféus também.

— Palhaço. — Abrimos a caixa e os olhos do Draco brilhavam enquanto ele contava a história de cada uma de suas competições.

— Está faltando uma.

— Tem certeza de que não está aí?

— Tenho, acho que tenho. — Olhou todas novamente.

— Deve estar na gaveta. — Levantei-me e fui até a estante, abri a primeira gaveta e tinha algumas pedras, pareciam as que tinham na mansão, abri as outras e nada. Quando olhei na última gaveta a medalha estava lá dentro, tinha alguns papéis também — Achei, amor. — Peguei os papéis e voltei a me sentar.

Bad Blood: Draco MalfoyWhere stories live. Discover now