Capítulo 10

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Todos me encararam, mas dessa vez tinha menos pessoas na mesa, apenas os pais de Draco, e mais quatro ou cinco pessoas encapuzadas.

— Venha, senhorita Virgo — disse um dos homens encapuzados.

— Sente-se, estou feliz com o convite — disse Voldemort me olhando. Me sentei à mesa e encarei a cobra, ela não parecia nada comum mas parecia estar descansando — Nagini, encantadora, não? — A cobra rastejou e me encarou, ela era sinistra.

— Incrível. — Eu poderia jurar que ouvi a cobra agradecer. Sai dos meus pensamentos quando reparei que todos estavam me olhando — Agradeço por ter vindo. Eu estava pensando, tenho pensado muito para ser sincera. E graças a Lucius Malfoy decidi que quero me juntar à vocês.

— Decisão admirável — exclamou Lucius com sarcasmo, Narcisa parecia espantada, mas nada que eu não esteja acostumada.

— Por que eu deveria aceitá-la? — perguntou Voldemort enquanto balançava sua varinha.

— Não é óbvio? — Acaricio Nagini que rapidamente se encolheu em minha direção — Eu posso ser útil e ajudar Draco, quem desconfiaria da pobre Alhena Virgo a garota que foi raptada? — Levantei-me e dei alguns passos em sua direção. Eu nunca tinha ficado tão confiante.

— Devo confessar Lucius, estou admirado com o trabalho que conseguiu fazer. — Lucius apenas acenou com a cabeça me encarando, eu sentia a raiva em seus olhos.

— Mas eu só ajudarei Draco com uma condição.

— E quais seriam essas condições?

— Após cumprirmos a missão você nos deixará em paz, ajudaremos de bom grado em todas as suas batalhas, mesmo que tenhamos que matar nossos próprios amigos. Mas sem ameaças, sem manipulações e em troca te darei total lealdade.

— Uma pessoa capaz de matar seus próprios amigos é capaz de tudo — exclamou Voldemort vindo em minha direção. — Me dê sua mão. — Suas mãos eram frias como Nagini, um pouco ossudas, ele fechou os olhos e eu sabia o que ele queria ver.

“Estava em meu quarto lendo quando Lucius Malfoy entrou e começou a brigar comigo, dizendo que meu lado não ganharia essa guerra e eu deveria ser mais esperta. Mostrei a ele o acidente com minha irmã Stela, e eu ameaçando Astória no vagão…”

— Fascinante. — Soltou minha mão e tentou dar um sorriso — Lucius, leve-a para Hogwarts.

— Não vou ter a marca? — Voldemort gargalhou.

— Faça por merecer a marca.

Todos foram embora e fiquei sentada à mesa com os pais de Draco me encarando, pareciam tentar ler minha mente.

— Espero que saiba o que está fazendo – alertou Narcisa, essa era a primeira vez que ouvi sua voz, boa parte do tempo ela parecia estar voando em seus pensamentos.

— Estou ajudando Draco. Podem devolver minha varinha?

— Nina! Traga a varinha da senhorita Virgo — ordenou o senhor Malfoy. — Espero não me arrepender do que estou fazendo.

— E não vai. — Peguei a varinha que estava com Nina e coloquei em minhas roupas — Podemos ir?

— Claro. — Segurei em seu braço e desaparatamos. Assim que chegamos perto de Hogwarts Snape apareceu, ele não falou nada e me acompanhou até o castelo.

— Dumbledore quer te ver.

— Essa hora?

— Ele quer saber como você está. — Acenei com a cabeça e entramos no castelo, estava tudo escuro, apenas a varinha de Snape clareava o caminho — O que fez para te soltarem?

Bad Blood: Draco MalfoyWhere stories live. Discover now