Capítulo 11

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Draco

Estava preocupado com Alhena, seu plano era arriscado e muito perigoso, ela tinha apenas dezesseis anos, não deveria estar por aí fazendo acordos com um Lord das Trevas.

Essa semana seria a nossa última tentativa para conseguirmos matar Dumbledore, porque depois estaríamos de férias novamente.

Ela chorava sempre que pensava nessa ideia, todas as noites que ficávamos na sala-precisa, eu me odiava por fazer isso com ela. Não temos escolha, sinto que Alhena estava um pouco isolada e distante, mas como poderia não estar?

— Você está pronta? — Me aproximei olhando seu reflexo no espelho.

— Não, e você? — suspiro.

— Nenhum pouco, nada do que fiz até agora afetou o diretor, o colar, a bebida e até mesmo o anel, nada.

— Você se lembra do plano?

— Eu vou enfrentá-lo e você vai o defender e por fim, eu concluo. — Abaixei a cabeça em seu ombro — Me perdoa.

— Você não tem culpa, apenas fez o que precisava fazer. — Me abraçou — Se algo der errado hoje...

— Eu te amo, e me odeio por te colocar nessa posição. — Interrompi sua fala e a abracei forte.

— Eu também te amo. — Me encarou, e me beijou. Sempre que Alhena me tocava eu sabia que valeria a pena todo esse esforço, não posso viver sem ela.

Ficamos quietos e apenas ficamos nos olhando enquanto estávamos na sala-precisa, Dumbledore poderia chegar a qualquer momento, a passagem já estava aberta para os comensais entrarem, apenas estavam esperando o sinal.

Ouvimos passos indo em direção à torre de astronomia e seguimos, o avistei de longe e Dumbledore estava conversando sozinho.

— Preciso fazer isso agora. — Soltei sua mão e acelerei os passos para a torre — Com quem está falando? — Dumbledore virou-se e sorriu.

— Draco! Como está sua noite? Eu costumo conversar sozinho, deveria fazer o mesmo, é muito bom para esclarecer algumas coisas.

— Está biruta! — Pego minha varinha e me dei conta que meus olhos estavam cheios de lágrimas, droga! Até um maldito elfo saberia que não quero fazer isso.

— Sei que pode estar confuso, Malfoy. Mas essa não seria sua melhor escolha, vale a pena tudo isso?

— Vale. — Escutei uma gargalhada atrás de mim e era ela.

— Mate-o Draco! O Lord das Trevas está esperando — ordenou Bellatrix me rodeando enquanto outros comensais estavam atrás dela.

— Bellatrix Lestrange, há quanto tempo — exclamou Dumbledore, ele não parecia tão preocupado.

— Mate-o ou eu farei! — gritou um comensal.

— Não! O mestre quer que Draco faça.

— Ele não vai conseguir, está abalado. — Severo apareceu entre os comensais e sacou a varinha.

— Eu farei! — gritei enquanto as lágrimas caiam.

— Severus, por favor — murmurou Dumbledore.

— Avada Kedavra! — O diretor voou para fora da janela e caiu da torre de astronomia, Severus não demonstrava nenhum sentimento, nada.

As gargalhadas de Bellatrix tomaram conta da sala e ela deixou a marca negra no céu. Quando eu ia sair da sala Snape me segurou e balançou a cabeça negativamente.

Todos fomos para fora do castelo, seguindo em direção à floresta proibida, Alhena não estava em lugar algum, muito menos onde eu havia a deixado, será que ela desistiu?

Bad Blood: Draco MalfoyWhere stories live. Discover now