" Você pode pensar de novo, quando a mão que você quer segurar é uma arma"
Já era manhã de quinta-feira e os burburinhos sobre a investigação ainda não haviam cessado.
— Com certeza foi suicídio, aquela garota era maluca! – um grupo de alunos fofocava enquanto esperavam a chegada do professor do terceiro horário.
— Eu não fui a festa, mas disseram que encontraram fragmentos de bala no corpo...
— Jura? Eu sabia que tinha ouvido tiros aquela noite! – todos davam suas opiniões de forma convicta.
A verdade é que poderíamos contar nos dedos quem realmente estava envolvido nesse crime.
— Então ela perguntou se tinha machucado alguém...– Daniel contava discretamente encostado em um canto da sala do terceiro ano.
—E? – Giovanna perguntou esperançosa pelo fim da história.
— E mais nada! Seu namorado interrompeu a conversa e depois disso o Bernardo pediu que eu deixasse os dois a sós. – bufou, os dois estavam a dias tentando encontrar alguma solução.
— Se você ouviu isso mesmo, deveríamos falar com ela.
— Não sei...Ninguém nos viu lá em cima, se perguntarmos Suzana sobre isso vai parecer que sabemos de algo. – Daniel disse tentando se acalmar passando as mãos pelos curtos fios de seu cabelo– E nós não sabemos! – enfatizou.
— Não temos álibi Dan como vão acreditar no nosso depoimento, isso é loucura.
— Que saco Gi, parece que você não me escuta nunca, é por isso que temos que arrumar algum! Mas quem?
— O Bash não dá, ele vai fazer muita pergunta, acho melhor pedir a Laura.
— Então você fala com ela. – o garoto disse e saiu sem dar espaço para uma contestação.
A morena respirou fundo e foi se sentar. Ela olhou em volta, tudo parecia estar fora do lugar. Voltou sua atenção para o seu lado, onde Bash estava de cabeça baixa deitado na mesa da cadeira escolar. Ela tinha um constante medo de estar incomodando-o mas não conseguia deixar de se preocupar com o mesmo, queria sempre demonstrar que estava ali por ele.
— Tudo bem amor? – ela perguntou para o rapaz que imediatamente se levantou.
— Tudo, só estou preocupado com a Catherine. – o garoto esboçou um sorriso fraco ajeitando a gravata sob a camiseta branca de uniforme. — Você reparou? – ele apontou com a cabeça para a garota que agora estava sentando no fundo da sala.
— Ela só está acompanhando a Mari. Quem me dera se você se preocupasse comigo o tanto que se preocupa com ela. – ela resmunga
— Para de bobeira...A menina, literalmente, banhou em sangue dias atrás. Por acaso aconteceu alguma coisa contigo que eu deva me preocupar?
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Royals
Teen FictionEstudar no Olympus College, o internato mais renomado do país, é um dos ítens na longa lista de privilégios desses jovens. Como bons herdeiros de fortunas milionárias, todos adoram esbanjar suas vidas badaladas e glamurosas por aí, mas não se deixem...