Alerta. Estresse.

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Posso morder a língua, morar com um namorado sempre foi um tabu na minha cabeça, mas quem diria.
Morar com o Cavill tem sido maravilhoso, ele me entendia e me respeitava, era companheiro e até quando discutíamos ele tentava conversar para resolver o problema. Um homem perfeito mesmo com as suas imperfeições, uma delas era ser o chefe do meu pai.

Mantinha segredo a sete chaves da minha gravidez, tinha aceitado sair com o Daniel e como eu sabia meu irmão estava lá, agora eles são tipo. Um casal. Ugo!
Por favor não interpretar errado meu "Ugo", mas não tem nada legal em pensar no cara que você queria trepar estar trepanso com seu irmão, mesmo que você esteja com um Deus grego como o Henry Cavill, ainda irrita.

Saímos para jantar um restaurante e tentei disfarçar o lance de não beber bebida alcoólica com motivos de que teria que dirigir na volta, sim ainda tinha meu pobre e coitado carrinho, mas logo eu iria parar de usar ele, já quase não usava para economizar a emissão de gás carbono no mundo e a gasolina. Vocês viram o preço? Misericórdia. Agora então, tenho que comprar fraldas, maldita hora.

- Nossa, Clara, você tá engordando. Não estava na academia? - Comentou Miguel.

Vou matá-lo.

- Não, irmão. Eu nunca estive na academia, tenho uma vida corrida com meu trabalho. - Mal humor misturado com meu irmão sendo babaquinha, eu e Miguel somos bons irmãos mas as vezes ele gosta de me irritar.

Comia da minha massa enquanto ele dá uma risadinha e olha o Daniel.

- Depois não reclama quando estiver parecendo a tia Zélia. - Finco o garfo com tudo no prato, Daniel coloca a mão em meu pulso enquanto o meu irmão se levanta. - Vou no banheiro e já volto.

Ele se inclina beijando os lábios do Daniel e nos deixa a sós, nesse momento o loiro surfista se vira me encarando.

- Você tá doida ou quer um real?

- Mimimimi. Foda-se. - Retruco sem maturidade e levo minha massa a boca, o loiro suspira passando uma mão no cabelo e pegando seu vinho branco para da um gole.

- Olha, Clara. Nós somos amigos e eu gosto do seu irmão, mas não quero atrapalhar as coisas entre vocês dois, por favor me diga o que tá acontecendo? - E ele me olha com os seus olhos de um azul esverdeado e eu suspiro me recostando na mesa.

- Não sei, Miguel gosta de me encher tem época e eu não tô de bom humor. - Erguia e abaixava os ombros como se isso fosse explicação suficiente. - Muita correria no trabalho.

Ele bebia do seu vinho e suspira, mas logo sorria enquanto passava seus longos dedos nas madeixas loiras.

- Ufa. Achei que não estivesse aprovando nosso namoro, é recente mas eu realmente gosto do seu irmão.

Awn.

Estendia minha mão pela mesa e toco na dele.

- Fico feliz por vocês dois.

- Sério Clara? Eu não posso sair e você já quer me roubar meu namorado? - Escuto o Miguel e puxo minha mão bem rápido, ele me encara furioso e eu engolia em seco.

- Não.. Miguel! Não! - Falo nervosamente ficando vermelha e o vagabundo da uma gargalhada e se senta na mesa novamente, pondo um braço envolta do namorado.

- Só estou brincando. - Ele pisca e eu reviro os olhos dando um longo gole em minha água. Eu juro que ainda mato ele. Não se estressa uma grávida.

Após o jantar eu fui para a casa do Cavill, aonde eu chamava de minha casa, obviamente eu senti uma pontada na barriga e fui para a cama, estava me sentindo fraca e nem pensei de ir para o meu quarto, apenas me deitei na cama do Henry, o mesmo já estava deitado, ele tinha passado o dia no trabalho e se virou me abraçando e me beijando.

- Como foi? - Perguntou com a voz sonolenta.

- Meu irmão me deixou nervosa, ele estava naqueles dias dele de me infernizar.

- Shh... Me deixa te relaxar. - Quando ele disse isso sua mão deslizou para a barra do meu vestido e então tocou em minha calcinha, nesse momento tanto ele quanto eu paramos de respirar, ele se afastou acendendo o abajur. - Você menstruou?

- OQUE? - A mão dele tinha sangue e puta merda. Ele viu o desespero em meu rosto.

Henry Cavill correu comigo para o hospital particular que ele tinha me levado antes para exames, o médico nos atendeu e disse que estava tudo bem, graças a Deus. Mas que eu tinha que evitar pegar peso e estresse, os primeiros meses eram perigosos e não devia fazer nada que pudesse provocar um aborto ou parto antes da hora.
Cavill me levou para casa e ficamos deitados em sua cama, ele me segurava em seus braços como se pudesse me proteger do mundo.

- Vou matar seu irmão. - Disse furioso e acabei rindo.

- Não foi culpa dele e mesmo se fosse ele não sabe que tô grávida. - Explico, passando a mão em minha barriga levemente inchada.

Cavill me apertou mais forte e começou a cantar, nunca tinha o ouvido cantar, era uma música em inglês, sua língua nativa e conforme ele Cantava eu acabei chorando e adormecendo, sendo embalada em seus braços e em sua voz.

O Chefe do meu pai (+16)Where stories live. Discover now