Cena 07 - Traições

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Enrico olhou para o alto, para o teto do túnel, como se pudesse ver os andares acima.

—São animais que só vivem para caçar, comer e procriar. Ratos não são simples roedores, são ótimos infiltradores, são territorialistas e não abandonam locais com comida e abrigo...

—A menos...? – perguntou o outro.

—A menos que haja um predador capaz de afugentá-los. E nem quero imaginar algum tipo de predador capaz de afugentar uma ninhada de ratos desse tamanho – respondeu Enrico enquanto se lembrava das criaturas em Liberty Island.

—Vamos logo religar essa energia, precisamos descobrir logo o que está acontecendo aqui – emendou Brian retomando a frente com a lanterna.

* * *

—Aqui! Rápido! Entrem! – berrou Chris assim que a luz verde do identificador de cartão se acendeu. Rebecca passou correndo seguida por Jill, o soldado ainda ficou por alguns segundos onde estava atirando contra as criaturas até a munição de sua arma acabar. Diferente de antes agora o mesmo não mirava nas cabeças, mas nos joelhos e tornozelos dos zumbis da frente. Assim como pensara esses logo caíram desequilibrados e os que vinham atrás caíram sobre os mesmos. Aquilo não os seguraria por muito tempo, pois as criaturas se arrastavam logo em seguida desprovidas das dores de uma pessoa normal, mas deveria lhes dar algum tempo para pensarem em algo. Quando entrou correndo na sala onde as mulheres estavam Jill apertou o botão e a porta automática os trancou do lado de dentro.

—Bom – disse Rebecca – Chegamos ao sexto andar e já descobrimos porque parecia quase não haver monstros nos andares anteriores. Alguém ou alguma coisa os atraiu todos pra baixo.

—Ou podem estar seguindo um instinto natural – complementou Chris. Jill o encarou.

—Natural? Como assim natural? Não há nada de natural nessas coisas que se tornaram.

—Não natural para um ser humano, mas natural para um animal, eu quero dizer. Acredito que podem estar procurando por mais alimento e diga-se de passagem, qualquer coisa viva que possam atacar. Talvez não haja mais ninguém nos andares superiores, por isso estão descendo, estão caminhando instintivamente para a saída, talvez eles se orientem por odores ou qualquer coisa assim... a ideia é a pior possível, mas podem estar tentando sair do prédio.

—Isso é péssimo – disse a médica, encarando os companheiros na pequena sala sem luz – Se essas coisas saírem até que entendam o que está acontecendo quantos podem ter sido atacados? Seria uma questão de horas para toda a ilha estar contaminada, se escaparem daqui quem sabe até onde os Estados Unidos vão estar comprometidos?

—Precisamos encontrar uma forma de sairmos daqui primeiro, ou nos comunicarmos com o exterior, dizer a eles o que estamos enfrentando. Estamos com sérios problemas...

—Mas se estão descendo por que esse andar está lotado deles e os anteriores estavam vazios? – perguntou Jill – Era pra se aglomerarem nos primeiros andares, não nesse. Estão aqui por algum motivo...

—O motivo é óbvio pra mim – respondeu Chris enquanto apontava a lanterna vasculhando os cantos da sala onde estavam – Estão presos. Provavelmente alguém bloqueou as passagens para o andar de baixo enquanto fugia. Eles estão detidos nesse ponto e adivinha quem mais está preso aqui com eles?

Rebecca e Jill começaram a vasculhar a pequena sala com suas lanternas também. Era um lugar minúsculo composto por um único cômodo. Havia uma escrivaninha e um jogo de sofá de três peças, além de uma TV de plasma na parede e um vaso com plantas artificiais em um canto. Nas paredes haviam alguns quadros e alguns diplomas de um tal Doutor Stevenson Drake. O sujeito certamente havia fugido dali logo que o caos começara e sua sala ficara lacrada, protegida das coisas que caminhavam pelo lado de fora. Seria ele o dono do cartão dourado que tinham usado para entrar ali? Não havia nome no cartão, mas já tinham aberto outras salas com ele. Foi a médica quem voltou a falar após alguns minutos de silêncio no aposento.

Resident Evil: Primeira Açãoحيث تعيش القصص. اكتشف الآن