Vultress: A Salteadora de Fissuras [Arco I: Rapina]

Capítulo 12 - Fase de Emplumação - Parte II

Arco I: Rapina

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Enquanto ainda era castigada pelo sol irradiante e pelo calor, a cidade americana sofria com um dia deveras complicado. Sirenes e carros policiais pareciam preencher todas as ruas. Drones de segurança e gravação rodavam o edifício bancário e muitos curiosos já começavam a se amontoar nos arredores para acompanhar os acontecimentos.

A situação no interior do prédio luxuoso, no entanto, parecia cada vez mais caótica. Lá dentro, o pistoleiro McCoy continuava com passos silenciosos, porém ligeiros, pois sabia que logo notariam o desfalque dos bandidos que eliminava pelo caminho.

Em determinado ponto, após checar os cômodos vazios e os corpos dos guardas caídos, o caubói notou que um corredor adiante possuía certa movimentação, mas nenhuma vigília de fato, os criminosos provavelmente já haviam limpado a área ali.

Desse modo, ele seguiu por aquela direção, desceu alguns lances de escada e encontrou-se em uma última esquina antes do final do corredor. Àquela altura já estava bem óbvio que a rota provavelmente o levaria até o cofre do prédio. Espiou pelo canto da parede e viu uma porta peculiar semiaberta com um único neotecron parado de guarda, provavelmente seria uma antessala que levaria ao objetivo dos bandidos. Felizmente ninguém ainda havia notado a presença do caubói.

Travis pensou em aguardar a hora certa e atacar o inimigo furtivamente, afim de que que os demais lá dentro se não se alertassem, no entanto, ruídos nos corredores acima chamaram sua atenção. Uma movimentação que denotava problemas para os assaltantes, mas que também poderia acabar sendo problemática para ele.

― Eu nunca gostei muito de esperar mesmo...

Advertido pelos mesmos ruídos, o indivíduo robótico moveu-se para ir em direção às escadarias e McCoy se preparou para abordá-lo na esquina, porém, seus passos se silenciaram quando ele parou abruptamente para atender ao comunicador.

― Mande alguém pra lá, não deixe que passem! ― Disse o neotecron humanóide próximo, com certa urgência na voz robotizada. ― Avisarei a eles que temos um intruso.

― Merda... ― O pistoleiro sussurrou ao vê-lo rumando de volta, em direção à porta semiaberta.

Aquela ordem não só significava que haviam descoberto sua entrada, mas que provavelmente os policiais estavam tentando entrar pelo mesmo lugar. Isso poderia dar-lhe tempo em questão de possíveis reforços inimigos, mas também de nada adiantaria se o androide avisasse o restante, afinal ele não sabia quantos haviam lá dentro.

Com isso em mente, McCoy saiu de sua cobertura e investiu para cima do ser robótico com seu revólver em punho. O inimigo notou sua presença, mas não teve tempo de virar-se antes do caubói atirar em meio à corrida. Após o encontrão, ambos se chocaram contra a porta e caíram para dentro da antessala. Ágil, Travis emendou a queda com um rolamento preciso e, ao levantar, conseguiu identificar quatro inimigos à vista: dois próximos à porta do cofre e dois no final da sala com alguns reféns. Seus dedos se moveram imediatamente ao cão da arma, que dobrou a velocidade do tambor e disparou todos os projéteis com o dobro da velocidade normal.

Completamente pegos de surpresa, os inimigos e reféns ali presentes viram-se no meio de uma chuva de disparos quando finalmente entenderam que estavam sendo atacados. Os dois primeiros bandidos foram acertados em cheio e caíram perto dos equipamentos e explosivos que tentavam instalar na porta do cofre, o terceiro ainda conseguiu sacar sua arma, mas também tombou com um disparo. O quarto e último foi atingido no ombro, mas conseguiu se abaixar e buscar um dos reféns como escudo. Os dois outros funcionários que permaneciam abaixados agora gritavam em desespero.