• Cinquenta e Quatro

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- Amor - eu chamo sua atenção o fazendo olhar para mim - vem aqui - eu bato na cama a minha frente e ele vem se sentando em seguida, eu coloco minhas mãos em seu rosto - Você nunca, mais nunca mesmo vai ser capaz de me decepcionar, nunca mesmo, você conseguiu parar com aquelas respostas grossas e arrogantes que você tinha, vai por mim, levar uma empresa vai ser moleza para você - eu falo acariciando sua bochecha e o mesmo abre um grande sorriso.

- Você tem razão, o impossível eu já fiz, a empresa vai ser fácil - ele fala em um sorriso divertido.

A gente acaba rindo e enrrolando mais um pouco na cama, como fazemos todos os dias.

(...)

Peter me deixou aqui de frente a clínica psiquiátrica em que Nathália está enternada, ele disse que quando acabar ele virá me buscar para a gente almoçar, o coitado vai entrar em falência se me levar para almoçar fora todos os dias, porque pensa em uma bicha que tá comendo, sou eu.

Entro na clínica e anúncio meu nome, logo eles me levam até o quarto onde ela está sendo examinada, por decreto do juíz ela não pode sair daqui até atestar sanidade, mas acho que vai ser difícil, alguns médicos tem visto ela conversar sozinha, e ela sempre diz que é Phillipe quem está conversando com ela, muitas vezes ela grita e pede para o tirarem de lá, eu já presenciei isso uma vez, e a situação é muito difícil de se olhar, da para vê desespero em seus olhos, sei que "ele" vai atormentar ela para o resto de sua vida

Quando eles me deixam a sós com ela eu vou em sua direção, onde ela está sentada na borda da janela de grade.

- Nath? - Eu a chamo e ela me olha sem expressão alguma.

- O Phillipe disse que está feliz em você ter aceitado ficar com nosso filho... Que eu seria uma péssima mãe - ela fala depois de voltar a olhar para a rua.

- Eu farei o meu melhor Nathália, seu filho será muito amado e cuidado - eu falo ao me aproximar - Nathália... - eu falo mais em um sussurro fazendo ela me olhar.

Depois de um tempo nos encarando, eu finalmente tomo coragem de falar tudo o que realmente estava no meu coração desde que a vi naquela situação.

- Mesmo depois de tudo o que eu passei... - eu falo me sentando em sua frente - Depois de todo o sofrimento que você me fez passar, depois de todas as noites sem dormir com medo dos pesadelos, depois de tanto chorar com medo de tudo o que podia voltar a acontecer comigo, eu simplesmente não consigo te culpar por nada, sempre, sem exceção, a conta chega, e a sua chegou muito alta, e agora você está pagando, e o único sentimento que eu consigo ter de você, é pena - eu falo a fitando mas seu rosto não muda o semblante cansado - Eu darei todo o amor que seu filho precisar, eu o verei crescer, construir uma família e ser feliz, eu farei do seu filho, o mesmo homem que Peter é e Phillipe foi, e um dia eu o contarei a verdadeira história dele, o Scott vai ter uma vida diferente da sua, e eu agradeço a sua escolha, porque eu vou fazer essa diferença na vida dele - Eu falo limpando as minhas lágrimas.

- Eu... E-eu posso te abraçar Katrinne? - ela fala em um fiapo de voz.

Eu não a respondo apenas concordo com a cabeça, então ela se aproxima bem devagar e me abraça, de início eu não respondo ao abraço, fico me perguntando se aquilo é realmente real, mas só então sindo meus ombros molhados, eu a puxo para mais perto de mim em um abraço forte.

Duas mulheres grávidas, com as barrigas enormes é difícil de se abraçar viu, vou te contar...

Nos afastamos em meio a um sorriso sincero, o médico entra pouco tempo depois e nos leva a uma outra sala onde ela faz todos os exames nescessários.

Quando acabou o médico deu de duas a três semanas para o parto do bebê, eu estou ansiosa para a chegada do meu filho, mesmo que não seja meu, eu já tenho um amor enorme por ele.

(...)

Peter veio me buscar e me levou em um restaurante japonês, comemos como se fosse a última vez, no final ainda comi uma sobremesa, Peter sempre fica abismado com a quantidade de comida que eu consigo ingerir.

Peter veio me buscar e me levou em um restaurante japonês, comemos como se fosse a última vez, no final ainda comi uma sobremesa, Peter sempre fica abismado com a quantidade de comida que eu consigo ingerir

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Já no carro...

- Sério amor, se um dia eu chegar a comer metade do que você come eu passo mal - ele fala fazendo a gente rir.

- Para bobinho, pois amanhã eu vou comer o triplo do que eu comi hoje, mais tarde eu vou na casa da sua mãe, você não sabe o quão ansiosa eu estou para saber o sexo do nosso bebê, mas é claro que nós dois sabemos que vai ser uma menina, precisamos de um casal, eu não vou ficar em uma casa com três homens, quero uma menininha, se não for minha menininha a gente vai tentar de novo - eu falo o fazendo rir.

- Amor, eu tento quantas vezes você quiser - ele fala com malícia.

- Mas, eu tenho certeza que vai ser a nossa pequenina, e Peter... Você ainda quer ter três filhos? - eu pergunto docemente.

- Na verdade, para mim o nosso casal está ótimo, o que acha de fechar a fábrica depois que nossa menina nascer? Claro, se não for dessa vez - ele fala me olhando depois de parar o carro na porta da frente.

- Amor, eu tava querendo começar a tomar anticoncepcional depois que o nosso bebê nascer, caso mais para frente a gente quiser tentar de novo... Mas, a gente está trabalhando a todo vapor agora, eu com os desenhos, você com duas empresas para se preocupar - eu falo sem o olhar, não sei o porquê eu estou com medo da sua reação.

- Amor, ei, pequena, eu concordo com você, a gente foi um pouco imprudente em não usar camisinha, mas olha só, o nosso descuido se tornou no nosso maior elo de amor - ele fala - eu te amo gracinha.

- Eu te amo meu lindo - eu falo - agora eu tenho que ir, vou me trocar e ir para casa da sua mãe, te amo bebê - falo dando um beijo em cada uma de suas bochechas e depois um selinho em sua boca que logo vira um beijo com mais intensidade.

Saio do carro o vendo se afastar e voltar para a empresa, depois de perder o carro de vista, eu entro em casa para me arrumar.

🌻 Namorada De Aluguel 🌻Where stories live. Discover now