Renúncia retirou a sua máscara e revelou-se para Samantha.
— Antes de você me chutar naquele jogo eu já estava sendo preparada para ser a maior e mais poderosa guerreira das trevas. Naquele dia você venceu, mas hoje a vitória é minha.
O rosto por trás da máscara era o de Mara, a goleira do time Betel que ainda estava com o rosto um pouco machucado devido ao chute que levou de Samantha na semifinal do torneio de futebol.
— Aquele foi um dia triste Mara, nós duas perdemos com aquela briga, mas hoje a vitória será minha de novo.
— Vitória? Veja sua posição, sua ridícula, fracote, pobretona, covarde!
Mara se agachou um pouco para olhar bem nos olhos de Samantha.
— Agora eu vou descontar o chute que você me deu e eliminar você da busca, depois vou atrás de Alice, já que apenas eu posso derrotá-la.
— Você me chamou de fraca, pobre e covarde, mas a covarde aqui é você. Eu sou forte, tenho orgulho de ser cristã e sabe o que mais me orgulha?
— O quê?
— De ser uma valente! — Surpreendendo à vilã, Samantha pegou sua espada com o braço esquerdo e atingiu o ombro da guerreira, que ferida, deu alguns passos para trás.
Samantha tirou seu braço preso sobre a rocha e se levantou dando diversos chutes em Mara que se apoiou sobre uma rocha para não cair.
— Verdadeiramente ele levou sobre si as nossas enfermidades e pelas suas pisaduras fomos sarados! Eu disse que venceria sua frangueira!
Renúncia se afastou de Samantha, mas levou um forte chute de Elizabeth que a fez bater a cabeça com muita violência e desaparecer. As duas primas se abraçaram e Elizabeth disse para Samantha.
— Essa já era, mas veja quem eu encontrei caminhando pra cá.
Samantha se surpreendeu ao ver Karol muito machucada e com as roupas rasgadas.
— Parece que você foi atropelada por um caminhão?
— Um caminhão chamado Jéssica.
— Mas você lutou com ela e ainda está aqui, o que aconteceu?
— Eu apanhei muito Samantha, mas no final consegui vencer graças a Deus.
Elizabeth interrompeu a conversa.
— No caminho a Karol te conta tudo, vamos nos apressar e ir para a praia.
— É verdade, Alice pode estar precisando de ajuda. — disse Samantha.
— Bom, na verdade, ela vai receber ajuda sim.
— De quem? Da Prisma?
— Negativo Samantha.
— Mas ajuda de quem então?
Elizabeth contou para Samantha que se surpreendeu com a revelação.
No fim do vale, Iliam, a sanguinária, ameaçou Alice com sua voz colossal.
— Você chegou até o fim, mas errou ao não eliminar Raquel, agora eu vou derrotar você e deixar a vitória para a sua inimiga.
— Pensei que a disputa fosse apenas entre as guerreiras das trevas e as valentes. Isso é trapaça.
— Chame do que quiser, mas terá que passar por mim para chegar as espadas.
— Vai ser fácil, meu irmão já derrotou alguns de vocês.
— Acha mesmo que pode me machucar como Benjamim fez com Abismo?
— Te machucar? Não Iliam! Eu vou te destruir!
Alice pegou sua espada e partiu para o ataque surpreendendo a vilã que se defendeu com seu escudo. Iliam bateu as asas ficando a uns quatro metros do chão fora do alcance da implacável.
— Você não tem a menor chance contra mim Alice.
— Está com medo de me enfrentar, desça e lute como uma guerreira de verdade, sua covarde.
Iliam subiu mais alguns metros e desceu com velocidade atacando Alice com muita força. O vale tremia quando as espadas das duas se tocavam e Raquel recobrou a consciência.
A sanguinária bateu suas asas novamente e ficou fora do alcance de Alice, mas a valente surpreendentemente deu um salto e agarrou uma das asas de Iliam a impedindo de voar.
As duas caíram sem as suas armas e trocaram potentes socos e chutes ficando bem machucadas. Alice aplicou uma série de golpes em Iliam que não conseguia revidar e muito ferida caiu sem forças.
— Você perdeu Iliam, agora eu vou acabar com você de uma vez por todas!
No momento em que Alice pegou sua espada para destruir a sanguinária, todo o vale ficou escuro como se fosse o último minuto do pôr do sol. A areia da praia e a água desapareceram dando lugar a pedras com fogo em suas frestas.
Escuridão apareceu para confrontar a implacável.
— Muito bem minha jovem, parabéns. Nem mesmo Iliam, a sanguinária, conseguiu resistir a você.
— O que você quer seu trapaceiro, o combinado era lutarmos contra as tenebrosas? Iliam não podia interferir, nem aquela outra, a Renúncia.
— Não se esqueça de que uma guerreira chamada Prisma surgiu para ajudar vocês.
— Não precisávamos da ajuda dela, mas e agora, vai tentar me impedir de pegar as espadas douradas.
— Infelizmente eu não posso interferir nessa disputa, mas eu tenho poder para destruir mil iguais a você.
— Pra mim você é um covarde que coloca meninas para lutar em seu lugar, seu velho medroso.
O vilão se irritou com o comentário de Alice e suas mãos e olhos brilharam muito. Ele apontou para a valente e prometeu.
— Eu vou me lembrar destas palavras Alice, tenha certeza que você pagará caro por essa afronta.
O vilão desapareceu e as pedras afogueadas sumiram voltando a dar lugar a areia e ao mar. O vale também voltou ao normal com exceção de algumas rochas que continuavam a pegar fogo, principalmente nas partes mais altas.
O sol estava no ponto mais alto do céu, mas mesmo assim a luz continuou fraca como se fosse escurecer. Iliam se levantou e voltou a atacar Alice que contra-atacou. Enquanto elas trocavam golpes, Raquel, mesmo mancando se aproximou das espadas douradas.
— Vai perder Alice, que vergonha, disse que vem de uma família de vencedores, o que vai explicar para o seu pai e seu irmão.
Alice gritou de raiva e tentou correr para alcançar as espadas, mas foi impedida por Iliam que a segurou. Alice ficou distraída e a sanguinária deu um forte pontapé no rosto da valente que caiu. Iliam veio por cima de Alice com sua espada e gritou imitando o irmão da guerreira.
— Você perdeu!
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Esquadrão das Valentes Vol.4: No vale da perdição
SpiritualNeste quarto volume da série, as espadas douradas são roubadas da igreja de Peniel pelo vilão Escuridão, que resolve propor um desafio. Ele quer que as guerreiras lideradas por Alice Lester enfrenta as guerreiras das trevas lideradas por pela terrív...