Capítulo 15 - Implacável

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Milhares de búfalos correram a toda velocidade na direção das valentes que estavam cercadas por uma imensa parede de pedra. Elas seriam prensadas, mas Alice teve uma ideia.

— Fiquem perto da parede!

— O que você vai fazer? — perguntou Vanessa.

— Fiquem vendo.

A líder das valentes colocou sua espada nas costas e jogou seu escudo para Vanessa. Ela se concentrou e golpeou o chão com as duas mãos fazendo surgir um grande buraco no chão de ponta a ponta.

Os búfalos caíram no buraco provocado por Alice, mas um deles pulou e avançou na direção de Barbara, que ficou paralisada de medo e foi salva por Elizabeth, que enfiou sua espada na nuca do animal fazendo-o cair ao chão.

O búfalo desapareceu e deixou uma névoa negra em seu lugar. Enquanto Elizabeth comemorava Samantha reclamou.

— Você tem que usar sua espada Barbara, ela não serve de enfeite, mas que droga!

— Fica quieta Samantha, quando Alice mandou todo mundo vir aqui perto da parede você foi a primeira a chegar!

— É que eu não sou lerda e molenga igual a você Jaqueline! Você foi à última a chegar com esse passo de elefante!

Jaqueline não gostou do comentário de Samantha e as duas se encararam ferozmente, mas Alice entrou no meio, pegou as duas pelo colarinho da camisa, as ergueu do chão com facilidade e falou.

— Guardem suas energias para nossas inimigas, mas se continuaram a brigar eu jogo vocês lá no buraco onde os búfalos caíram.

Alice colocou as duas no chão e Vanessa ficou com uma expressão preocupada ao ver como a líder das valentes resolveu a situação. Elizabeth andou para perto do buraco e perguntou.

— Mas e agora? Como vamos passar para o outro lado? Esse buraco tem uns três metros de comprimento.

— É muito fácil.

Alice arrancou uma árvore morta que estava próxima e a colocou de uma ponta a outra do buraco. Vanessa pediu para que as meninas passassem pelo velho tronco, mas Barbara, que tinha medo de altura, recusou-se a passar.

Cíntia e Karol também ficaram com medo e disseram que não atravessariam andando em um estreito tronco. Elizabeth foi a primeira a atravessar e gritou para Alice.

— Ei Alice, quem não vier andando pode vir voando, manda que a gente segura aqui!

Alice pegou a Barbara pelo cinto e a lançou para o outro lado com muita força. Elizabeth segurou a Barbara e a colocou no chão, mas um pequeno objeto caiu do seu bolso da calça. Barbara rapidamente o pegou de volta e o guardou.

Amanda foi a única a perceber.

— O que caiu do seu bolso Barbara?

— Nada, não tenho nada! — respondeu a valente número oito, que não gostou de ser lançada por Alice.

Elizabeth e Samantha gostaram da ideia e pediram para que a guerreira número um jogasse Karol também. Tifany não gostou do que Alice fez e sinalizou para que ela não jogasse Karol que era muito franzina.

Vanessa alertou a Karol.

— Se você não passar andando pelo tronco, provavelmente sua líder vai lançar você como fez com Barbara, e então?

A pequena valente, mesmo com medo, passou correndo pelo tronco deixando apenas Cíntia, Alice e Vanessa do outro lado.

Alice olhou para Cíntia e deu uma sugestão.

— Posso levar você no meu ombro, que tal?

Cíntia não gostou da sugestão de sua irmã e passou andando pela árvore com a cara fechada. Vanessa passou pela árvore que rachou no meio após ela chegar ao outro lado.

Alice sem poder passar andando pelo tronco tomou impulsão e deu um grande salto passando para o outro lado.

O sol já estava caindo e pela sua posição deveria ser quatro horas da tarde. Vanessa disse a Alice que elas deveriam caminhar por mais duas horas e procurar um bom lugar para passar a noite.

As valentes andaram por meia hora e encontraram as guerreiras das trevas novamente. Os dois grupos ficaram parados até que Jéssica, a capitã das guerreiras das trevas gritou.

— Guerreiras! Ataquem!

Alice reagiu.

— Valentes, vamos mostrar quem são as melhores!

Os dois grupos entraram em choque e Karen, a líder das guerreiras das trevas atacou Amanda, sua prima.

Alice combateu a guerreira número dois das trevas que era maior do que ela e que para a sua surpresa tinha força compatível com a garota mais forte do mundo.

Jéssica gritava com suas guerreiras e Vanessa também orientava as valentes. Karol e Cíntia apenas se defendiam porque tinham dificuldades de combater as guerreiras das trevas que eram maiores do que elas.

Barbara se descuidou e sua inimiga a atingiu com a ponta da espada, o que causou um corte no braço direito da valente. Vanessa correu e pegou o escudo dela para evitar que ela fosse eliminada. Ao ver que uma das valentes estava ferida, Jéssica gritou.

— Debandar! Vamos embora, uma delas está ferida, elas vão ficar para trás! Vamos!

As guerreiras das trevas foram embora e Vanessa fez um curativo improvisado no braço de Barbara, que era a mais nova das valentes. Por causa do ferimento ela não poderia mais lutar.

Anoiteceria dentro de uma hora, por isso Alice mandou as valentes procurarem um lugar melhor para dormir.

As valentes andaram poucos metros e deram de cara com cinco homens gigantes. O maior deles, com três metros de altura, gritou.

— Parem! Vocês entraram nos domínios de Gate, terra dos gigantes! Voltem de onde vieram ou vão ter que nos enfrentar!

Os gigantes tinham grandes lanças e vestiam armaduras, mas Alice não se intimidou.

— Nós vamos passar, e se vocês não saírem da nossa frente passamos por cima de vocês!

As valentes ficaram surpresas com a reação de Alice e Amanda reclamou.

— Você ficou louca Alice, não temos como enfrentar esses gigantes.

— Nós somos maioria e vamos ser implacáveis com eles.

— Falou menina implacável.

Cíntia gostou do comentário de Amanda.

— Se os meninos tem o valente imbatível, nós temos a nossa valente implacável.

O líder dos gigantes riu da valentia de Alice e a ameaçou.

— Vou dar um minuto para você saírem daqui, senão vamos esmagá-las como insetos!

Cíntia correu para perto de Alice e lhe deu uma ideia.

Esquadrão das Valentes Vol.4: No vale da perdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora