Capítulo 31 - Pedrinha

6 3 1
                                    

Enquanto Samantha e Elizabeth lutavam com Ligia e Graziela, Karol foi levada pelo vento para um lugar onde o solo era bem rochoso, sinal que ela estava próxima da praia.

Ela não gostou de ficar sozinha e por vários minutos gritou para Alice, Samantha e Elizabeth sem ouvir nenhuma resposta. Com medo de ser atacada por Jéssica e as guerreiras das trevas ela se ajoelhou, olhou para o céu e orou.

— Meu Deus, eu sei que sou desastrada e que faço tudo errado, mas para o Senhor nada é impossível, me ajude a encontrar-me com as minhas amigas e me livre de todo o mal, amém.

Após orar, a valente abriu os olhos e viu Jéssica, a capitã das trevas, vindo em sua direção. Ela ergueu os olhos para o céu e reclamou.

— Senhor, eu pedi pra me livrar do mal, não pra mandar!

A capitã das trevas, com uma expressão de raiva, confessou.

— Que linda oração, algumas décadas atrás eu choraria ao ouvir isso, mas é tudo em vão, Deus não vai te ajudar agora.

Karol ameaçou correr, mas mudou seu semblante e encarou a capitã.

— Não tenho medo de você, eu temo apenas a Deus.

— Então eu vou te ensinar a me temer, vou acabar com sua raça sua crentinha chata filhinha de papai.

Jéssica não tinha nenhuma arma, mas atacou Karol com um chute e tirou a espada da sua mão com facilidade. Karol tentou se defender de outro golpe com o seu escudo, mas Jéssica tirou o escudo dela e o usou para derrubar a pequena guerreira.

— Lutar com você é igual a lutar com um gatinho recém-nascido. Você é ridícula, eu vou bater até você renegar o seu Deus.

— Jamais, isso eu nunca vou fazer.

Karol sabia lutar judô, mas Jéssica era muito forte e não dava a menor chance para a pequena valente que recebeu vários socos e chutes. Karol tentava se defender sem sucesso e após apanhar muito caiu com o rosto machucado.

Jéssica mandou Karol ficar no chão, mas a valente ergueu-se e tentou atacar a capitã das trevas, que novamente aplicou-lhe um potente chute fazendo-a cair e bater o rosto no chão. O supercílio de Karol abriu em cima do seu olho esquerdo e seu rosto, que já estava bem machucado ficou ensanguentado.

— Que pena, a mais bela das valentes toda machucada, e agora, vai desistir?

Karol se levantou e tentou atingir Jéssica dizendo que não iria desistir, mas por mais três vezes Jéssica a derrubou deixando a valente ainda mais ferida e com o rosto mais machucado. Devido ao solo rochoso, suas roupas também se rasgaram e Jéssica riu muito.

— Uma coisa eu confesso, você é valente mesmo. E então, vai renegar o seu deus?

— Não vou desistir.

Karol estava com a voz fraca e quase sem forças se levantou apoiando-se em uma rocha com as pernas tremendo. Ela tentou atacar Jéssica que a segurou pela roupa e lhe deu uma fortíssima joelhada no rosto derrubando-a mais uma vez. A pequena guerreira tentou levantar-se, mas não conseguiu.

A capitã das trevas pegou uma das suas adagas e falou.

— Você não devia ter ficado em meu caminho, eu jamais perdi uma luta.

Karol tentou levantar-se mais uma vez sem sucesso e caiu de costas para o chão. Uma das cinco pedrinhas que Vanessa tinha colocado em seu bolso caiu e brilhou. Com muito esforço e com as pernas tremendo ela pegou a pedrinha e se colocou em pé novamente.

— Agora você vai tacar pedra em mim, pensa que sou um cachorro para sair correndo sua idiota!

Karol fechou o punho com cara de raiva e a capitã a ameaçou.

— Se você tacar esta pedra em mim, eu vou fazer você a engolir antes de te enfiar essa adaga.

Karol sentiu uma força correr em volta de seu corpo e um brilho branco surgiu em seus olhos. Ela mudou sua expressão e jogou a pedra com muita força na direção de Jéssica que colocou a mão na frente para se defender. Jessica pensou ter pego a pedra, mas a pedra havia furado sua mão e atingido sua testa de raspão.

A capitã olhou sua mão furada e passou a outra mão em sua testa, o sangue começou a escorrer pelo seu rosto e ela se afastou de Karol.

A pequena valente gritou e correu para dar uma voadora em Jéssica. Karol atingiu a cabeça da capitã que caiu e desapareceu após o potente golpe. Em seguida, a valente ajoelhou-se, deu um grito comemorando sua vitória e sussurrou para si mesma.

— Que droga, ninguém vai acreditar no que aconteceu.

Karol se ajoelhou e agradeceu a Deus pela vitória, depois se arrumou e partiu para o final do vale na esperança de reencontrar suas amigas.

Enquanto Samantha e Elizabeth enfrentavam Ligia e Graziela, e Karol lutava contra Jéssica, Alice surgiu a poucos metros da praia onde o vale terminava. Ela viu o brilho dourado das espadas perto das ondas e caminhou para pegá-las, mas a guerreira número 2 das trevas surgiu em sem caminho.

— Aonde você vai Alice, ainda não terminamos nossa luta, vai ser muito bom acabar com você aqui.

— Sabia que você ia aparecer, vamos acabar logo com isso e ver quem é a mais forte.

A tenebrosa correu na direção de Alice e as duas trocaram golpes poderosos com as suas espadas.

— Quem te ensinou a lutar com uma espada? Parece até que você está segurando uma batata quente.

— Tentando me desconcentrar, típico de você Alice, mas hoje eu vou provar quem é a melhor.

— Você me conhece bem, é minha fã?

— Eu odeio essa sua fama de vencedora, hoje a sua sorte vai mudar, nem o seu deus vai te ajudar.

— Você é uma boa guerreira, mas para o seu tamanho seus golpes são bem fraquinhos não é Mara?

— Me desculpe, mas eu não sou a goleira do time de Betel.

— Não? Quem é você então?

— Alguém que você conhece muito bem.

Alice e suas amigas achavam que Mara era a gigantona, mas nossa heroína estava prestes a ter uma revelação estarrecedora.

Esquadrão das Valentes Vol.4: No vale da perdiçãoWhere stories live. Discover now