Enquanto Samantha e Elizabeth lutavam com Ligia e Graziela, Karol foi levada pelo vento para um lugar onde o solo era bem rochoso, sinal que ela estava próxima da praia.
Ela não gostou de ficar sozinha e por vários minutos gritou para Alice, Samantha e Elizabeth sem ouvir nenhuma resposta. Com medo de ser atacada por Jéssica e as guerreiras das trevas ela se ajoelhou, olhou para o céu e orou.
— Meu Deus, eu sei que sou desastrada e que faço tudo errado, mas para o Senhor nada é impossível, me ajude a encontrar-me com as minhas amigas e me livre de todo o mal, amém.
Após orar, a valente abriu os olhos e viu Jéssica, a capitã das trevas, vindo em sua direção. Ela ergueu os olhos para o céu e reclamou.
— Senhor, eu pedi pra me livrar do mal, não pra mandar!
A capitã das trevas, com uma expressão de raiva, confessou.
— Que linda oração, algumas décadas atrás eu choraria ao ouvir isso, mas é tudo em vão, Deus não vai te ajudar agora.
Karol ameaçou correr, mas mudou seu semblante e encarou a capitã.
— Não tenho medo de você, eu temo apenas a Deus.
— Então eu vou te ensinar a me temer, vou acabar com sua raça sua crentinha chata filhinha de papai.
Jéssica não tinha nenhuma arma, mas atacou Karol com um chute e tirou a espada da sua mão com facilidade. Karol tentou se defender de outro golpe com o seu escudo, mas Jéssica tirou o escudo dela e o usou para derrubar a pequena guerreira.
— Lutar com você é igual a lutar com um gatinho recém-nascido. Você é ridícula, eu vou bater até você renegar o seu Deus.
— Jamais, isso eu nunca vou fazer.
Karol sabia lutar judô, mas Jéssica era muito forte e não dava a menor chance para a pequena valente que recebeu vários socos e chutes. Karol tentava se defender sem sucesso e após apanhar muito caiu com o rosto machucado.
Jéssica mandou Karol ficar no chão, mas a valente ergueu-se e tentou atacar a capitã das trevas, que novamente aplicou-lhe um potente chute fazendo-a cair e bater o rosto no chão. O supercílio de Karol abriu em cima do seu olho esquerdo e seu rosto, que já estava bem machucado ficou ensanguentado.
— Que pena, a mais bela das valentes toda machucada, e agora, vai desistir?
Karol se levantou e tentou atingir Jéssica dizendo que não iria desistir, mas por mais três vezes Jéssica a derrubou deixando a valente ainda mais ferida e com o rosto mais machucado. Devido ao solo rochoso, suas roupas também se rasgaram e Jéssica riu muito.
— Uma coisa eu confesso, você é valente mesmo. E então, vai renegar o seu deus?
— Não vou desistir.
Karol estava com a voz fraca e quase sem forças se levantou apoiando-se em uma rocha com as pernas tremendo. Ela tentou atacar Jéssica que a segurou pela roupa e lhe deu uma fortíssima joelhada no rosto derrubando-a mais uma vez. A pequena guerreira tentou levantar-se, mas não conseguiu.
A capitã das trevas pegou uma das suas adagas e falou.
— Você não devia ter ficado em meu caminho, eu jamais perdi uma luta.
Karol tentou levantar-se mais uma vez sem sucesso e caiu de costas para o chão. Uma das cinco pedrinhas que Vanessa tinha colocado em seu bolso caiu e brilhou. Com muito esforço e com as pernas tremendo ela pegou a pedrinha e se colocou em pé novamente.
— Agora você vai tacar pedra em mim, pensa que sou um cachorro para sair correndo sua idiota!
Karol fechou o punho com cara de raiva e a capitã a ameaçou.
— Se você tacar esta pedra em mim, eu vou fazer você a engolir antes de te enfiar essa adaga.
Karol sentiu uma força correr em volta de seu corpo e um brilho branco surgiu em seus olhos. Ela mudou sua expressão e jogou a pedra com muita força na direção de Jéssica que colocou a mão na frente para se defender. Jessica pensou ter pego a pedra, mas a pedra havia furado sua mão e atingido sua testa de raspão.
A capitã olhou sua mão furada e passou a outra mão em sua testa, o sangue começou a escorrer pelo seu rosto e ela se afastou de Karol.
A pequena valente gritou e correu para dar uma voadora em Jéssica. Karol atingiu a cabeça da capitã que caiu e desapareceu após o potente golpe. Em seguida, a valente ajoelhou-se, deu um grito comemorando sua vitória e sussurrou para si mesma.
— Que droga, ninguém vai acreditar no que aconteceu.
Karol se ajoelhou e agradeceu a Deus pela vitória, depois se arrumou e partiu para o final do vale na esperança de reencontrar suas amigas.
Enquanto Samantha e Elizabeth enfrentavam Ligia e Graziela, e Karol lutava contra Jéssica, Alice surgiu a poucos metros da praia onde o vale terminava. Ela viu o brilho dourado das espadas perto das ondas e caminhou para pegá-las, mas a guerreira número 2 das trevas surgiu em sem caminho.
— Aonde você vai Alice, ainda não terminamos nossa luta, vai ser muito bom acabar com você aqui.
— Sabia que você ia aparecer, vamos acabar logo com isso e ver quem é a mais forte.
A tenebrosa correu na direção de Alice e as duas trocaram golpes poderosos com as suas espadas.
— Quem te ensinou a lutar com uma espada? Parece até que você está segurando uma batata quente.
— Tentando me desconcentrar, típico de você Alice, mas hoje eu vou provar quem é a melhor.
— Você me conhece bem, é minha fã?
— Eu odeio essa sua fama de vencedora, hoje a sua sorte vai mudar, nem o seu deus vai te ajudar.
— Você é uma boa guerreira, mas para o seu tamanho seus golpes são bem fraquinhos não é Mara?
— Me desculpe, mas eu não sou a goleira do time de Betel.
— Não? Quem é você então?
— Alguém que você conhece muito bem.
Alice e suas amigas achavam que Mara era a gigantona, mas nossa heroína estava prestes a ter uma revelação estarrecedora.
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Esquadrão das Valentes Vol.4: No vale da perdição
SpiritualNeste quarto volume da série, as espadas douradas são roubadas da igreja de Peniel pelo vilão Escuridão, que resolve propor um desafio. Ele quer que as guerreiras lideradas por Alice Lester enfrenta as guerreiras das trevas lideradas por pela terrív...