What you gonna do?

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What you gonna do?

(O que você irá fazer?)


Harry encontrou Madame Pomfrey no corredor que levava ao Salão Principal, parecendo apressada. Ele quase soltou uma expressão de alívio quando a enxergou, arriscando uma leve corrida para alcançá-la antes que ela chegasse à região mais movimentada no castelo naquele instante.

Não queria exatamente falar com outras pessoas naquele instante.

Papoula se virou quando escutou passos atrás dela e se assustou quando viu o menino correndo em sua direção, parecendo bem preocupado.

— Harry! — ela exclamou surpresa. — Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? — ela questionou preocupada.

— Mais ou menos, madame, a senhora está muito ocupada? — ele questionou.

— Os curandeiros do Saint Magnus já chegaram para nos ajudar, então não estou tanto assim. Do que precisa? — ela perguntou.

— Hum, a senhora poderia me acompanhar sem fazer muitas perguntas por enquanto? É um tanto delicado — ele pediu, balançando os seus cabelos, atitude que ele fazia quando estava muito nervoso.

Papoula arqueou as sobrancelhas, mas assentiu. Harry os guiou rapidamente até às masmorras, fazendo com que a curandeira estranhasse ainda mais aquilo tudo. Quando eles chegaram em frente à sala de Snape, o menino respirou fundo, encarando a curandeira.

— A senhora confia em mim? — Harry questionou.

— Claro, Harry, mas o que está acontecendo? — ela perguntou.

Harry apenas entrou na sala, sendo acompanhada pela mulher. Eles adentraram o escritório de Snape e o menino ficou aliviado por vê-lo no mesmo lugar que ele o deixou. Papoula encarou a figura sentada na mesa com certa confusão. Quando ela finalmente percebeu quem era, seus olhos se arregalaram.

— Severo! — ela exclamou. — Mas o que...?

— Oi, Papoula — ele disse simplesmente.

A mulher se virou para Harry, estranhando a sua calmaria perante ele. Era de conhecimento geral que a relação dos dois nunca foi boa. Todos sabiam que eles se odiaram desde o primeiro instante que se olharam. Bom, pelo menos era o que todos achavam.

Papoula encarou o Severo Snape mais jovem, de cabelos ainda longos e negros, mas com um olhar muito menos sério do que ele costumava possuir em sua época como comensal e diretor daquela escola. Foram tempos bem difíceis para ambos os funcionários de Hogwarts.

— Madame Pomfrey, sei que pode ser difícil para a senhora entender isso tudo agora, são muitas informações. Mas ele estava do nosso lado, confie em mim. Se puder ajudá-lo, ficarei extremamente agradecido — ele disse com simplicidade.

Severo quase pôde sentir seu coração aquecer naquele instante, mas o olhar raivoso que Papoula dirigia a ele de certa forma assustou os dois homens da sala. Harry se perguntou se teria como segurá-la se ela resolvesse atacar.

— Você é um irresponsável, Severo Snape! — ela exclamou alto, assustando ainda mais os dois. — Como foi capaz de assumir toda essa questão de espião sozinho, sem contar a ninguém, sem buscar ajuda?

Severo se assustou, a encarando.

— Você sabia que eu era realmente espião? Mesmo depois de Dumbledore? — ele questionou, com certa dúvida no olhar.

— É claro que sim, eu sempre soube que era verdade. Eu tratava você quando chegava daquelas reuniões sanguinárias com você-sabe-quem, eu te escutava implorar para nunca retornar, você acha que eu pensava que você continuaria se sacrificando daquela forma apenas por você mesmo quando podia estar bem longe a salvo de tudo?

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