CAP 57 (AHHH! VOCÊ É PERFEITO!😍)

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CAP 57................................................

         Mal fechei a porta e tomei outro susto. 

-- Arlo? -- O chamei intrigada 

        Parado no corredor, olhou no sentido da minha voz e devolveu tão confuso quanto eu:

-- Milena? -- E andando na minha direção, sussurrou -- Ué, o que está fazendo acordada a essa hora? E ainda por cima nesse andar.

    Cruzei meus braços.

-- Perdi meu sono, e como a Leila estava cansada, ofereci ajuda com o Kaleb. E o senhor? Está fazendo o quê acordado a essa hora?

    Abrindo um sorrisinho sapeca, avisou:

-- Não sei se já te contaram, mas dormir, não é muito o meu forte... Então, digamos que passei a noite em claro -- Piscou um olho para mim. -- E aliás, vim ver exatamente o Kaleb e oferecer ajuda a Leila... Mas, já que pegou meu serviço, me responda por favor? Como ele está? -- Questionou aflito

-- Agora, bem... Inclusive... Eu meio que usei a magia do colar nele... Algum problema para você? É porque eu fiquei com muita pena mesmo.

-- Não, não, tudo bem... Na realidade, eu estava cogitando mesmo te pedir isso... Mas, que bom que já usou... Evitou de eu ter outra discussão com a Leila... Ela cismou que o Matteo precisava vir ver o irmão. Imagina? Deixar o inimigo entrar na sua casa, é pedir para ser atacado... Seria como, sei lá, entregar de bandeja pessoas para ele hipnotizar e induzí-las a fazer acordo com ele... Ou até mesmo ter um espião camuflado, só que na forma física dele mesmo... Eu em, até parece que eu ia permitir uma coisa dessas, a pior coisa para nós nesse momento, seria ele conseguir ter acesso ao o que acontece dentro desse laboratório, estragaríamos tudo o que planejamos, tudo. 

     Forcei um sorrisinho. Cada vez ficava mais impossível compartilhar minha traição para ele... Ai meu Deus.

-- Mas, já que isso foi resolvido e o Kaleb está bem, quero te mostrar uma coisa -- Avisou me puxando para uma porta no final do corredor, que aliás, era onde ele estava antes de eu saudá-lo. Parando meio sem graça, disse -- Olha?... Esse é o meu quarto, tá? Eu não o arrumei... Então, me perdoe pela bagunça... Eu sou meio desorganizado com ele...

-- Tá -- Sorri achando graça do seu nervosismo. -- Não deve ser tão desorganizado assim... -- Tentei relaxá-lo

    Ele sorriu envergonhado e rebateu antes de abrir a porta:

-- É... Vamos acreditar nisso... -- E abrindo, saudou -- Seja bem vinda ao meu, não tão acolhedor... Quarto.

    Entrei. Bastou bater meus olhos no cômodo, para notar que o Arlo, levava mesmo a sério o termo: Não mereço descansar... Pois o ambiente parecia mais um escritório do que um quarto em si.
    Sua cama, era enorme e estava cheia de lençóis jogados de qualquer jeito. Do lado, tinha uma cômoda com vários livros, um abajur chique e dois porta retratos em cima. A parede oposta a porta, era quase toda de vidro e mostrava perfeitamente a visão de um mundo congelado e vazio. Uma porta de correr indicava que ali era um closet e outra porta passava a impressão de ser um banheiro. Tinha um ar-condicionado e um ventilador de teto. Várias e várias prateleiras cheias de enciclopédias e livros, uma escrivaninha gigante (Que pegava boa parte do local) cheia de mapas e papéis bagunçados jogados em cima dela, e um computador enorme com três telas. Um piano vertical meio esquecido, e muitos quadros de anotações que procuravam espaços inexistentes para papéis novos... Sem contar os copos e pratos sujos que esperavam ansiosamente ser levados para uma pia. 

Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]Where stories live. Discover now