Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]

CAP 37 (ISSO NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO! Não pode!😫)

CAP 37...........................................................

        Só sei que ao mesmo tempo que a blusa do Kaique começou a manchar de sangue, a Loriave retirou a faca e a pôs de volta em outra parte, gerando mais uma ferida sangrenta.
       De pouco em pouco, os olhos do meu irmão foram voltando ao castanho natural e seu corpo começou a cair, o que fez a Loriave, o segurar por trás e escorregar com ele no chão chorando soluçando e implorando:

-- Me perdoa, por favor? Me perdoa! Eu não queria ter que te matar! Não queria! 

    Minha sobrinha começou a gritar desesperada chamando o pai, o Pablo ficou paralisado e eu... Eu senti meu mundo desabar! NÃO! NÃO! NÃO!! MEU IRMÃO NÃO!!!!!! 
    Semimorto, o Kaique, que eu sabia que era ele por causa dos olhos e do jeito que olhava para a mulher, sussurrou:

-- Ei, tudo bem, tudo bem. Não foi a mim que matou, foi ao Matteo, você fez a coisa certa. Obrigado por estar ao meu lado agora, eu te amo.

-- Eu também te amo -- A Lori repetia desesperada -- Desculpa! Desculpa! Desculpa!

-- Não tem que pedir desculpas, era isso, ou o Matteo matava todo mundo. Está tudo bem, meu amor, calma, você sabe que eu vou voltar, eu sempre volto.

-- PAPAI! -- A Isabel saiu correndo -- NÃO! EU NÃO POSSO TE PERDER TAMBÉM!!! POR QUE VOCÊ FEZ ISSO, MÃE?!?! POR QUÊ?! 

-- Shiii, princesa, vem aqui, me abraça -- O Kaique pediu passando as mãos trêmulas pelo o rosto da filha -- Está tudo bem, a mamãe fez a coisa certa, eu que pedi para ela. Você não viu que o papai tinha virado um monstro?

-- Eu não ligo! Eu não quero te perder! -- Ela gritou -- O João e você no mesmo dia não! Não! 

-- Ei, pequenininha que eu amo tanto -- Meu irmão cochichou gemendo -- Ainda não acabou, eu e o João vamos voltar, sua tia vai salvar a gente, né Milena?

-- U-hum -- Confirmei segurando para não chorar mais e lhe abracei desesperada -- Eu prometo -- Garanti. -- Você vai ficar vivo, no passado e no presente.

-- Eu sei, o universo confia em você, nunca se esqueça disso, tudo bem? E olha? Nunca desista de mim, ok? Você prometeu.

-- Okay -- Confirmei fungando e tremendo

-- E como jurei no passado, vou relembrar agora, você pode estar em outro universo sem me ver, mas eu vou estar lá, tudo bem? Eu sempre vou estar. Não deixa o Matteo chegar perto de você, fique do lado do Arlo, ele é o bonzinho, o salve, o beije.

-- Eu juro -- Garanti. E com medo de ser a última vez que eu poderia lhe dizer isso, relembrei quase sem forças -- Eu te amo, amo muito. Obrigada por tudo, eu te amo, amo mesmo.

-- Não mais que eu -- Cochichou fraco -- Você foi o melhor presente que nossos pais poderiam me dar. Eu te amo muito mais, cuida da nossa família.

-- Eu vou cuidar -- Garanti me afastando e dando um beijinho na sua bochecha

    Dando um sorrisinho fraco, o Kaique virou o olhar para o corpo do filho, e sussurrou seu último pedido segurando para não chorar:

-- Me deixem abraçado com o João Miguel, por favor? Quero morrer ao lado dele, quero morrer sabendo que vamos estar juntos nessa e vamos voltar. Quero ficar pertinho do meu menino que eu amo tanto, mas que esqueceu que a dor dele, é nossa também, quero cuidar dele.

     Nem precisou pedir duas vezes, o Pablo o pôs perto do Miguel, e antes do Kaique começar a fechar os olhos dando sinais de que já estava indo embora, revelou para o meu amigo: