CAP 30 (Tudo bem, tudo bem, shiii!😚)

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CAP 30................................................

-- Chamem a Milena, por favor? Por favor! -- Ele pediu chorando e tentando levantar da cama, mas sendo impedido pela a Loriave e a Rânia. -- Que saco! -- Olhou feio para as duas vendo que elas não o deixariam mesmo sair dali. Contorcendo o rosto de raiva, pediu quase não tendo voz, mas suplicou mesmo assim -- Me deixem ir atrás dela! Eu quero ir atrás dela! 

-- Arlo! -- A Rânia se irritou -- Para de agir que nem uma criança teimosa! Você não pode nem se mexer sem gemer! Imagina andar?! 

-- Mas eu quero, eu quero -- Choramingou num sussurro. -- Ela me odeia agora, me odeia! De novo! Eu estou cansado disso! Toda vez que eu a consigo de volta -- Pausou para tossir muito. E se recuperando, completou -- Acontece alguma coisa... Não, não, não, de novo não, por favor! Me deixem ir atrás dela, por favor? 

-- Arlo -- A Loriave o chamou com pena, e nem parecia mais ter raiva do garoto -- Se acalma, por favor? A Mi vai aparecer, ela só precisa se recuperar do impacto, ela não vai te odiar, eu prometo.

          Com os olhos fechados e a voz pesada, ele debateu:

-- Como tem certeza disso? Você mesma me odeia. -- E abrindo os olhos, implorou com a voz embargada -- Me perdoa, por favor? Eu nunca quis te fazer sofrer, eu juro... Eu sei que eu fui mau te fazendo ver todas as noites pessoas morrerem... Mas eu só queria, só queria que...

-- Shi, tudo bem, tudo bem -- Surpreendentemente, a Lori o abraçou -- ...Que eu salvasse o Kaique, e sou grata por isso. Eu não te odeio, Arlo, você é um príncipe legal.

    Acho que ele esperou tanto para ouví-la dizer aquilo, que a abraçou com todas as suas forças e sussurrou:

-- Obrigado, é muito importante para mim te ouvir falando isso, obrigado.

-- Agora, descansa, por favor? Você está queimando em febre. -- E se virando para a garotinha -- Rânia, se as doenças são daqui, tem como eu dar remédios daqui também. Me ajuda a procurar? 

-- Claro! -- Já até ia saindo e me viu atrás da porta. Dando um sorrisinho amarelo, ela pediu realmente arrependida -- Desculpa ter contado antes dele... Eu não sabia que...

-- Tudo bem, relaxa. Vou resolver, prometo.

-- Tá -- Deu um sorrisinho sem graça. E lembrando de algo -- Por favor? Faz ele parar de chorar? Eu nunca o vi tão triste como nessa semana... E ainda tem as doenças... Só o deixe se sentir bem, pois eu não sei se... Ele... Vai... Aguentar por muito tempo, e gostaria que meu irmão de consideração, morresse se amando um pouquinho.

       Dei um sorrisinho amigo e sussurrei:

-- Eu juro. 

     E em seguida, a Loriave parou na minha frente e me puxou um pouquinho de lado, pedindo:

-- Pega leve com ele. -- E vendo se a Rânia não ouviria, sussurrou -- Mi, eu acho que de hoje, o garoto não passa... Então, aproveita antes que seja tarde demais e você se arrependa. E lembre que depois dele, se você não conseguir o salvar, vai vir o Lorran, e o Lorran, não vai ter a mesma personalidade do príncipe, com certeza vai ser diferente... E não vai ser fácil olhar para cara de um, lembrando da do outro... Por isso, diz o que precisa dizer essa noite, pois amanhã, talvez, possa ser tarde demais, o Lorran não vai nem ligar para o seus sentimentos, na verdade, vai ficar é confuso.

    Mesmo triste por ouvir isso e saber que a culpa era minha, concordei com a cabeça e mudei meus planos. Eu não queria mais saber do passado dele, eu queria saber do presente. Por isso, entrei no quarto saudando em um tom brincalhão:

-- Olha se não é o meu príncipe chorão?

      Dizer isso, o fez abrir os olhos e me olhar desesperado e avisando tossindo:

-- Eu tenho uma explicação, eu juro.

     Dei um sorrisinho.

-- Não ligo -- Sentei do seu lado

-- Não, Mi, me escuta, calma.

-- Shii! -- Pus o dedo em sua boca para que parasse de se esforçar a falar -- Tudo bem -- Deixei para lá -- Pode me explicar, mas em uma hora que sua garganta não estiver te machucando e nem seus olhos querendo fechar... Agora, eu quero só aproveitar esse momento do seu ladinho, tudo bem? 

    Ele me olhou meio esquisito, mas perguntou:

-- Por que está sendo tão fofa comigo? Descobriu que eu tenho noiva, esqueceu?

-- Idai? -- Dei de ombros -- Ela está lá do outro lado, onde eu nunca pisei os pés... Eu entendo que sua vida tinha um rumo... A minha também tinha, era para eu estar com o Pablo, não era? Mas eu estou aqui, sendo completamente imperfeita, desobedecendo as regras do mundo que diz que cada um tem que viver no seu paralelo e contando para um príncipe que cuidou de mim todas as noites, mesmo se eu tinha medo dele, que eu o amo, e não me arrependo disso.

    Dizer isso, o fez abrir um sorrisinho fraco, mas que logo desapareceu quando confessou:

-- Eu estou com medo.

-- Do quê? -- Debati 

-- De morrer... Eu sei que sempre foi o que eu quis... Mas não parece tão legal quando chega a hora.

-- Não é mesmo -- Concordei tentando não transparecer que eu sabia que na verdade, ele iria congelar e voltar como outra pessoa. -- Eu não lembro direito, mas sei que no incêndio, a sensação foi horrível... -- Compartilhei 

   Ele baixou a cabeça.

-- Verdade, tinha esquecido disso... -- Confessou. -- Inclusive, antes de eu entrar nesse estado de morte, um dos meus planos, era te levar para conhecer seus pais voltando no tempo... Mas, pelas as circunstâncias, eu acho que nem o Lorran vai ter como eu virar, então, vou pedir para alguém fazer isso por mim.

    Foi minha vez de baixar a cabeça... Ele queria que eu visse meus pais, os verdadeiros... E eu concordei matá-lo a troca de pais em outro paralelo, estúpida. Estava a ponto de revelar que fui eu que o deixei assim, quando sua voz voltou, dizendo:

-- Mi, mas agora falando sério, eu estou realmente morrendo, então, preciso te trazer para cá hoje, pois senão, a magia do diário não vai funcionar. Por isso chamei a Rânia, para ela te ajudar a organizar as sequências, antes que seja tarde demais. 

-- Mas falta a última sequência -- Debati meio com medo de ir para lá e conhecer o Matteo Fraizer verdadeiro. -- Eu não tive tempo de desenhar, e acredito que nem dormir mais -- Arrumei desculpas

-- Eu sei -- Sussurrou, e sua voz estava muito fraca -- Mas o que temos, é o suficiente para pelo menos começar a salvar seu irmão. Desse lado aqui, eu deixei com o Kaleb, o próximo Príncipe dos pesadelos e que já tem metade dos meus poderes, uma sequência reserva que tem o final dos sonhos, só precisa pedir para ele te ajudar -- Seus olhos começaram a fechar. -- E tem só mais uma coisa -- Ainda sussurrou -- A chave, tem poder de cura, okay? Quero que você use com o Pablo para garantir que ele realmente não tenha mais Estiosangue, é só dizer a frase que tem dentro da chave e dar a mão a ele...

     Me senti pior ainda... Ele estava me contando tudo o que eu já fiz a mando do Matteo... Ai, Milena, novamente, você é uma idiota! 

-- Mi -- Cochichou deixando a cabeça pender um pouco para o lado do travesseiro -- Eu realmente estou muito cansado, e se não se importa, queria dormir um pouco, minha cabeça está me matando.

-- Claro, pode... -- Parei de falar ao ver que ele já até estava dormindo profundamente. Dei um sorrisinho bobo e, sem me controlar, baixei a cabeça e lhe dei um beijinho na bochecha, sussurrando -- Você ainda vai ser o Arlo, eu prometo. Já chego desse lado.

      E logo em seguida, levantei e fui atrás da Rânia, pois mesmo não querendo fazer aquilo por medo do Matteo, eu tinha consciência que tinha sequências para organizar, um irmão para salvar, um príncipe para ressuscitar e um lunático para matar, antes que ele me matasse.
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Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]Where stories live. Discover now