Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]

CAP 47 (A magia voltou!!!!😄)

CAP 47...........................................................

       Só sei que me despedi do Kaleb, entrei no meu quarto, fechei a porta, me joguei na minha cama e deixei as lágrimas caírem novamente. Eu estava me sentindo horrível, um monstro sem coração... Que machuca qualquer um que entra na sua frente e que não se importa com nada.
       Continuei a chorar até o cansaço me consumir e eu simplesmente começar a dormir com medo de ter que encarar todo mundo amanhã.

                  (...)

  "Eu podia ver um palácio gigante com vários príncipes e princesas correndo de um lado para o outro. Franzi as sobrancelhas me sentindo confusa... Eu estava sonhando? Era tudo tão real...

-- ARLO! -- Ouvi alguém gritar 

    Tomei um susto... Arlo? Meio confusa, virei na direção do grito e vi um garotinho muito fofinho que deveria ter no máximo 3 anos correndo na direção de um homem de preto que eu não conseguia ver o rosto direito. Revoltado, o homem se ajoelhou na frente do garotinho e disse:

-- O que eu te falei sobre conversar com os outros príncipes?

     O menininho baixou a cabeça.

-- Que eu não podia... -- Respondeu com medo

-- Muito bem, por que está conversando então?

-- Porque eles me chamaram, Senhor...

-- Problema é deles -- O Homem urrou. -- Não quero você tendo contato com esses babacas reais, está me ouvindo?

-- Sim -- Ele sussurrou cabisbaixo

-- Olha para mim -- O Homem pôs o rosto dele para cima com um dedo. Ajeitando o cabelo do menininho, avisou -- Eu só estou fazendo isso para o seu bem, Arlo, você sabe que é diferente deles, sabe que é especial... As pessoas nunca te entenderiam, elas iriam querer te matar, e eu não posso deixar isso acontecer.

      ESPERA! ARLO?! MATAR ELE?! HÃM?!

-- Eu sei -- Ele continuava triste... Ai meu Deus! Era o Arlo! MAS ELE ERA TÃO FOFINHO!!!! -- Mas eu queria ter amigos, Senhor -- Desabafou. -- É muito ruim ficar sozinho na floresta dos pesadelos... Eu queria brincar que nem eles, só isso. Deixa eu ficar aqui só hoje, por favor?

     O homem contorceu o rosto e vociferou:

-- Sabe o que amigos fazem quando você cresce? 

-- Não -- Negou com medo do Guardião

-- Te abandonam e viram seus inimigos. E no seu caso, vão virar mesmo, se esqueceu? -- Relembrou puxando a blusa do seu protegido para baixo deixando o ombro esquerdo do Arlo a mostra e apontando para uma marca de nascença dele. Olhando para os dois lados como se estivesse conferindo que ninguém além dos dois estivesse vendo aquilo, sussurrou para o garoto -- Você sabe que sua marca de nascença é perigosa e que matam qualquer um que nasce com ela, não podemos correr o risco de que você seja descoberto, precisamos te deixar escondido. Então, repita comigo: Quanto mais sozinho eu ficar, mais tempo de vida me aguardará. Escondido eu vou viver, para ninguém vou ceder, até mesmo quando eu crescer.

      Completamente abalado, o Arlo pequeno repetiu quase chorando:

-- Quanto mais sozinho eu ficar... Mais tempo de vida me aguardará. Escondido eu vou viver... Para ninguém eu vou ceder, até mesmo quando eu... Crescer.

-- Isso -- O guardião aprovou sorrindo. E escondendo a marca de nascença dele, chamou -- Vamos embora, aqui não é o seu lugar. E não chora, vai ser pior se fizer isso.