Capítulo 26

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Eliot Rollins
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A semana se passou num piscar de olhos e amanhã seria a avaliação da Mary. Dizer que eu estava ansioso era um eufemismo, eu estava surtando e achava que isso estava causando a agitação da minha sobrinha nos últimos dias.

Mary nos últimos três dias acordava agitada, ficava irritada e andava de um lado para o outro o tempo todo.

Aprendi da pior maneira a manter distância em um dos seus surtos. Achei que se aproximar fosse seguro, mas ela não achou e acabou me dando um forte tapa que me deixou em choque, mas logo passou.

- Quando ela estiver assim não a cerque, ela não gosta disso e se sente ameaçada. - Rose falou enquanto a observava da cozinha - Há não ser que ela se coloque em perigo.

Anotei aquilo, mas me senti impotente.

Eu estava nervoso com essa avaliação e sentia que ela também poderia estar e isso me frustrava.

Entrei no meu apartamento e estranhei o quão silencioso ele estava. Não houve nem um latido ou barulho da televisão, louça sendo guardada, absolutamente nada.

Peguei o celular e vi uma mensagem de Rose dizendo que elas estavam no apartamento da Celine. Larguei as minhas coisas no sofá e sai logo em seguida imaginando o porque delas estarem na Celine.

No elevador encontrei o porteiro que sorriu para mim.

- Problemas senhor Abel?

- Não, apenas me pediram para entregar isso a senhora Morello. - disse ao me mostrar o envelope de uma clínica - Ela está esperando isso a manhã toda.

- Deve ser importante.

- Deve sim. - a porta abriu e eu sai dando um até logo ao porteiro que acenou.

Então caminhei até a porta de Celine e dali pude ouvir o velho McDonald tocado em notas de piano.

Mandei uma mensagem para Rose querendo não atrapalhar a canção com o toque da campainha. Ela logo abriu e sorriu.

- Ela está bem? - não me contento em perguntar.

- Sim, só estava muito agitada. Então a Celine sugeriu que viéssemos até aqui já que a Mary gostou de tocar piano. - respondeu fechando a porta assim que eu entrei. Olhei para as duas e vi como ela parecia concentrada e calma - Ela gosta disso, a acalma. - Rose comentou e eu assenti, já havia notado aquilo - Acho que você vai ter que comprar um piano.

- Desde que não seja num leilão.

Ela claramente não entendeu, se fosse a Celine estaria rindo.

- Eu vou no seu apartamento pegar uma coisa, já volto.

- Estaremos aqui. - ela saiu e eu caminhei até o sofá. Celine já havia me notado, mas continuou a tocar. Depois de algum tempo ela finalizou e deixou a Mary tocar as notas que já havia memorizado. Então se juntou a mim no sofá.

- Hey como foi o seu dia? - ela me perguntou colocando as pernas para cima.

- Foi meio estressante. Fiquei pensando na Mary e ansioso para amanhã. Posso fazer uma pergunta?

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