Capítulo 24

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Eliot Rollins
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Fiquei o dia inteiro ansioso para o jantar na casa de Tom, não porque eu iria vê-lo depois de um semana, mas sim porque era a primeira social em que eu levava Mary comigo e eu tinha medo de como ela iria reagir.

Rose me explicou que às vezes a Mary poderia não querer ir. Que ela choraria ou se agitaria e que o melhor que eu tinha que fazer era dar algumas voltas com ela de carro e que se isso não funcionasse eu deveria trazê-la de volta para casa. Então fiquei ansioso o restante do dia, mas olhando pelo lado bom aparentemente ela estava tendo um bom dia.

Miguel apareceu quando ia dar sete horas, pela cara de cansado veio direto do trabalho.

- Vou tomar banho. - ele mal entrou e correu para o banheiro. Rose já tinha ajudado Mary a se vestir e saiu minutos antes então só faltava Miguel. Me sentei no sofá e a observei dedilhar a mesinha, era como se estivesse tocando um piano.

Meu celular vibrou e vi a mensagem de Tom perguntando a que horas estaríamos indo, depois de calcular mentalmente avisei que chegaríamos lá pelas oito, se é claro Miguel terminasse de tomar banho e se arrumar correndo, coisa que ele não fazia já que era tão vaidoso quanto eu.

Meia hora depois ele apareceu, já pronto e arrumado.

- Só levou esse tempo? - indaguei arqueando a sobrancelha meio abismado.

- Não quis demorar, quanto mais tarde a gente chegar mais tarde eu como.

- Você não muda não é. Sua vida é movida por comida.

- Sim ela é. Se uma gatinha quer me conquistar que seja pelo estômago.

- Pelo cérebro não pode, às vezes acho que você não tem um. - ele me lançou um olhar debochado e revirou os olhos. Pensei que ele iria revidar, mas sua atenção recaiu sobre Mary.

- O que ela está fazendo?

- Fingindo tocar piano. Está assim desde ontem quando Celine ensinou a ela duas notas.

- Celine? - a curiosidade não passou despercebida, até porque ele não me ouvia falar de outras mulheres que não fossem as da família e Celine foi um território o qual eu não quis entrar e achei que Nora tivesse comentado algo com ele.

- Minha vizinha, eu pensei que havia comentado algo sobre ela.

- Não comentou. - respondeu me dando uma boa encarada.

- Tem certeza? Ela tem me ajudado bastante com a Mary. É a dona do Bear. - respondo encolhendo os ombros.

- Espera o Bear é real? Pensei que fosse algo criado pela cabeça da Mary. - disse meio desacreditado dando uma rápida olhada na minha sobrinha que estava entretida com a mesinha.

- Por que pensou isso?

- Porque não tem chances de você deixar um cachorro chegar perto de você. É maior medroso.

- Nem todos os cães são feras sanguinárias. O Bear é a prova disso. - respondo ao me levantar - Podemos falar sobre ele depois? Estamos atrasados.

- Sim, vamos falar do Bear e da Celine depois. Mas só uma pergunta, ela é gata?

- Não é pro seu bico.

Um Presente Chamado Mary ✔ Where stories live. Discover now