Setembro

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N.D:

- Hermione, a lareira tá doida! Expeliu uma caixa enorme!

Augusto leva outro susto.

- E... a... agora... - gagueja. - Tem um pote, uma caixinha em cima dele e uma carta. - Fala em tom de descrença com o que seu olhos lhe mostraram.

- Tem o quê? - perguntei, com a mão no corrimão da escada, ao sair do quarto.

- Desce, menina! Ou eu ponho essa lareira amaldiçoada abaixo! - disse olhando para cima, para mim. 

N.H:

Ri alto.

- São os livros, pai. - O tranquilizei, descendo. - Mas isso aí de pote eu não pedi. - Eu estava a caminho da lareira, prestes a pegar os objetos, ficando de joelhos no tapete.

- Que caixa enorme!

- Verdade.  - falo, a abrindo. 

Meus olhos castanhos ficam muito brilhantes. 

- Meu namorado é demais!

- Vai mesmo ler esses... - começou a contar - vinte livros?!

- Vou, pai. - Olhando-o às minhas costas. - Vocês me deram uma ocupação, tá lembrado? - Voltei meus olhos para a caixa já aberta.

Peguei-a e também o pote. Tinha uma carta dentro. Então a li. Comecei a rir no mesmo instante.

- Mas é ridículo, mano. Pai, eu dou trabalho?

Ele dá de ombros, como quem não quer responder. 

Abro a boca para dizer: 

- Que é isso nã...

Papai corre pro quarto, sem me deixar terminar.

- Okay. Veremos  o mais. Terei os livros por seis meses, obrigada. E... Winky?! Trabalhando! Na biblioteca?! Merlin do céu! Que mara, parou de  beber!

A carta continua: 

Sei que falamos de não nos presentearmos esse ano. Mas passei em uma loja que vende objetos antigos e não resisti.  Em nosso "primeiro mês juntos" você demorou pra voltar e, quando pensei em comemorar, virei enfermeiro. Hahahahah!

- Bobo... Pera aê... ganhei presente ARTESANAL...! - Disse incrédula. Corri para o pote. - O quê...?  Sorri, completamente boba.

Oi. Este pote conterá 20 motivos pra amar ser a Hermione... 

- Ah, alguém  já é uma criatura morta... - conjurei, depois de ler o meio do pote.

N.H:

Meu coração acelerou.

- Tá. - falei, lendo a carta em cima do tapete. - Vou sacudir, pôr de cabeça para baixo e abrir. - eu disse, concluindo minha ação. Tirei a frase: 19. 

Sei que você é determinada e é isso que me fez ter admiração por você.  

-  Own!... - Expressei, feliz e vermelha. - A melhor pessoa é esse ruivo... Meu amor... ele vai ver só! - me movimentei, dando pulinhos de alegria em cima do tapete, tendo uma ideia. - Só um?! - Me desanimei enquanto lia o restante da carta. - Não... - gemi, fazendo um biquinho. 

- E... - indaguei - que parte da carta que eu pulei que não vi menção dessa caixa azul? ah... achei!; - Voltei então a reler:

Enfim, FIZ UM PRESENTE ARTESANAL PRA VOCÊ e comprei um colar de prata que tinha aqui. Que de forma proposital, o pingente, carregará o nome do segundo amor da minha vida.

Fiquei desacreditada ao abrir e ver. 

Minhas mãos e rosto ficaram quentes.

Eu tava pasma!

Era lindo demais! 

- O segundo amor sua vida, é? - Me perguntei sozinha. E ri.

- Ai, ai... Feliz dia primeiro de Setembro, o dia que te vi e ao poucos comecei a querer te dar algo que significasse que o amor da sua vida vai completar a minha. - Disse colocando o colar no pescoço. Respirei fundo. Acariciei o pingente, olhando-o. - O meu melhor amigo, virou o meu primeiro amor, na data de hoje. Que loucura, haha. - Levei as mãos ao rosto, maravilhada.

(Continua)

 Era Pra SerWhere stories live. Discover now