Um trauma em sua adolescência com apenas 15 anos de idade, levou a jovem preta Natalie Willians a mudar de cidade e começar uma nova vida, morando com sua tia e prima distantes. Ela tinha planejado toda a sua vida profissional até seu último suspiro...
Você consegue sentir a desonestidade Está em sua respiração Enquanto você passa por tudo com indiferença Mas até isso é um teste Constantemente consciente de tudo Meu ouvido solitário Prensado contra as paredes do seu mundo
— Beyoncé (Pray You Catch Me)
—x—
Se passa algumas horas e finalmente Luke havia acordado. Estava sentado na cozinha em silêncio, comendo o macarrão instantâneo, enquanto mexia em seu notebook, em altas risadas que eu não podia imaginar o que seria. Eu estava de frente para ele, usando o meu notebook para trabalhar, mas eu estava ficando desconcentrada e irritada com suas altas risadas. Não pude me conter e mandei uma mensagem para Alyson.
— Seu melhor amigo desde que chegou não se comunicou decentemente com sua própria esposa, não larga o notebook e nem o celular desde que chegara e agora está soltando inúmeras risadas com algo ou alguém. Sejo direta ou banco a sonsa? — Eu digito furiosamente para ver se Luke notava alguma coisa, mas eu continuava sendo ignorada completamente aguardando a resposta de Alyson.
— Isso não é do feitio dele... Que estranho. Você está incomodada a ponto de perguntar, ou consegue seguir o baile? Talvez ignorando esse comportamento ele veja que está sendo um idiota. — Ela me responde em seguida eu olho para ele. Não parecia que ele ia notar seu comportamento tão cedo. Mas também, não queria encher o saco da minha melhor amiga.
— Vou me virar aqui amiga. Vai escrever seu livro enquanto eu me controlo para não jogar algo em meu marido. — Eu digo mandando vários emojis de risada. Mas eu não estava rindo. Não tinha graça nenhuma.
— Qualquer coisa me chama. Vou voltar a escrever com minha linda garrafa de vinho ao meu lado em meu quarto. Você sabe que eu não gosto de estar totalmente sóbria quando estou escrevendo. — Ela me responde me mandando inúmeros emojis de copo de vinho e a minha vez de rir igual uma louca, chamando a atenção de Luke por uns míseros segundos.
A respondo sem acreditar até hoje em seus métodos. Decido encarar Luke até ele entender o recado, mas seus olhos não saíam do notebook. O que tomava totalmente a sua atenção a ponto de nem dizer como havia sido o seu dia? Eu estava me sentindo totalmente uma idiota... Uma criança quando quer atenção de sua mãe.
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Andar por aquele refeitório imenso me dava calafrios. Eu havia conseguido avisar Verônica com antecedência de que ela não precisava me fazer companhia e sua felicidade ao saber que não teria que sentir pena de mim havia sido imensa. No momento, eu estava a procura do menino da minha sala. De Luke Andrews.
