Um trauma em sua adolescência com apenas 15 anos de idade, levou a jovem preta Natalie Willians a mudar de cidade e começar uma nova vida, morando com sua tia e prima distantes. Ela tinha planejado toda a sua vida profissional até seu último suspiro...
Porque não importa o quão alto eu esteja, eu choro à noite Ninguém se aproxima e olha atentamente nos meus olhos Perdoando mentiras, sentindo morrer Mesmo que essa merda me faça tocar o céu, mmm-mmm-mmm
— Maria Bezerra, Tini Stoessel, Lola Índigo (High Remix)
—x—
Havia feito mais algumas anotações sobre o meu novo projeto, o qual eu deveria ter feito sem ter contado para a mídia. Como eu podia ser tão bocuda? Mesmo com os obstáculos que eu mesma causei com essa atitude, eu estava indo bem. Eu não queria fazer mais esse projeto para tapar a minha dor. Eu queria fazer, pois criei um afeto por ele. Ele significa toda a minha trajetória. Não estava sendo mais forçado ou cansativo do que eu estava planejando. Estava sendo prazeroso.
Eu estava com a minha avó assistindo o Homecoming, o documentário da Beyoncé no Coachella, não era apenas eu que idolatrava a dona do universo; Beyoncé, minha avó também.
Estávamos abraçadas e eu estava adorando estar tendo esse momento com ela. Mesmo faltando uma das garotas Willians.
Só que minha cabeça estava no meu erro, de querer fazer o mesmo que a Lady Gaga no Artpop; equilibrar o sucesso e a arte na mesma medida. E mesmo eu sabendo que não daria certo, eu fui lá e fiz. E minha cabeça a todo momento voltava no momento da minha burrada.
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— Um momento! — Alyson diz, indo em direção a porta. — Natalie? O que está fazendo aqui? — Ela fez uma cara de susto, enquanto eu entrava na casa dela.
— Vim usar o marketing a meu favor. Só que antes quis passar para te ver. Estava morrendo de saudades da minha vadia! — Mesmo sem ela entender a minha vinda a Los Angeles, repentinamente, nos abraçamos fortemente.
— Você vai me explicar tudo direitinho. Só que antes, eu quero saber de tudo que você está passando no Harlem. — Ela me puxa para sentarmos no seu sofá.
Sua casa não era muito grande, só que de um tamanho simples para uma pessoa só. A sala era simples, as cores de toda a casa eram marrom e bege, e a sala tinha um sofá bege, com uma grande janela atrás, e de frente para nós, uma televisão de teto.
— Conte-me tudo. — Ela diz animada, enquanto segurava a minha mão.
— Bom, eu demorei um pouquinho para me adaptar e tals, chorei um pouco, briguei com a minha avó, porém já estamos bem. — Ela arregala os olhos ao ouvir essas coisas. — Só que agora estou bem melhor e tô tentando encontrar minha melhor versão, com um projeto novo, que é o terror da mídia musical. Não posso contar muito sobre. — Eu digo rapidamente e Alyson fica em silêncio para absorver tudo.
— Ok. Só que a vadia animada deveria estar no Harlem, continuando esse projeto. O que tudo tem a ver com a sua volta inesperada? —
— Bom, eu irei fazer uma publicação no meu Instagram, anunciando que eu estou voltando. Entende? Eu vou causar furor nas redes sociais e vou ter um grande comeback e permanecer com as vendas dos livros dos meus autores em alta. O que acha?
