25- Mount Everest

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HEEEY

Todo mundo se cuidando direitinho? Eu sei que parece que a pandemia já é algo comum, mas não deixem de se cuidar, viu?

Continuem usando o SOS 7053 no twitter, quem ainda não me tem no twitter queria dizer que você está perdendo conteúdo de altíssima qualidade...

Beijinhos da Imbigo, boa leitura

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Lauren puxou a respiração com dificuldade, por algum motivo, muitas vezes enquanto se perdia na leitura do diário embalado pela voz de sua Camila, acabava dando as feições dela para a Camila do diário. Havia algo de muito parecido entre as duas, e as imagens se construíam em sua mente de forma tão real e palpável que quase pareciam lembranças e não apenas frutos de sua imaginação.

Pensar em Camila parcialmente nua se insinuando daquela forma lhe fazia ferver por dentro.

-Vou continuar lendo antes que seu pintinho acorde.-A engenheira disse em seu ouvido com um sorriso malicioso evidente na voz, mesmo que não se sentisse segura para se virar e olhá-la, tinha certeza sobre ele.

Camila Cabello 8 de Agosto de 1820- Hampshire (mais especificamente, ligeiramente entediada)

Depois do episódio em meu quarto, minha segurança se desvaneceu um pouco, voltei a estratégia de ignorar Lorde Morgado e fugir de sua companhia o quanto antes pudesse. Provocá-lo até que perdesse a sanidade ainda era meu objetivo, mas precisava fazer isso quando não me sentisse tão terrivelmente afetada por ele.

Mais dia ou menos dia aquilo passaria, era impossível que aquele sentimento continuasse existindo.

Porém...

A cada vez que eu o olhava nos olhos, sentia meu coração se derreter e cada pequena parte de meu corpo formigar por ele. Quanto mais eu o evitava e me forçava a odiá-lo, mais eu o queria. Disfarçava bem meus sentimentos, lhe jogando olhares enfadonhos e palavras ácidas, meus atos eram livres e seguiam o que eu queria e planejava, mas os benditos sentimentos, como que por uma ironia desgraçada, apenas seguiam o caminho contrário.

Meus sentimentos queriam ele, queriam amá-lo apesar de tudo e isso me enraivecia e confundia.

Muitas vezes eu me forçava a ignorar essa coisa dentro de mim, essa coisa que gritava e se debatia em meu peito. Usava de minha teimosia para me concentrar em outros assuntos, havia mergulhado totalmente no estudo das propriedades do marquês e na procura dos melhores métodos para administrá-las.

O administrador vinha diariamente a nossa casa e passávamos horas perdidos em conversas a respeito de tudo. Aos poucos sua atitude passou do escárnio de início para certa empolgação comigo, sempre que eu lhe dava alguma boa ideia ou fazia alguma conta muito rapidamente, ele parecia animado por finalmente ter realmente algum apoio naquele trabalho.

Mas em outros momentos, nem isso era capaz de adormecer o turbilhão que se passava em meu interior. Sempre havia sido uma pessoa muito ativa e inquieta, mas nada como aquilo, nada como aquela agonia crescente que me tomava naqueles momentos.

O único que me acalmava um pouco naqueles episódios específicos, era me perder na imensa biblioteca da mansão. Assim que nos mudamos, soube que Lorde Morgado havia se dedicado de forma especial aquele lugar, mandado trazer os melhores livros que possuía e comprado vários outros apenas para compor a biblioteca de forma encantadora. Preciso admitir que havia dado certo, ela era magnífica.

Seu espaço amplo era iluminado por extensos vitrais que davam para os jardins bem cuidados e as estantes se estendiam do chão ao terceiro andar, repletas de livros bonitos e bem organizados. A lareira sempre era mantida acesa de forma que o espaço se matinha aquecido e aconchegante.

SOS 7053Onde as histórias ganham vida. Descobre agora