Finalmente ela me olha e em seguida arregala os olhos.

— Obrigado. Com licença.

— Não gostei dela. – Bruna fala.

— Eu também não.

Todos os outros sócios chegaram e demos início a reunião, confesso que eu estava bastante ansioso por isso. Posso me tornar sócio majoritário da rede de restaurantes devido a queda de ações. Esses idiotas não souberam fazer os negócios crescerem e por pouco não foi tudo por água abaixo.

[...]

— Então senhores, o que me dizem? – Rogério se pronuncia.

Ele levanta do seu lugar e vai até o mini bar que tem no canto da sala, põe uma dose de uísque e vira o copo. Provavelmente o desespero está tomando conta dele.

— Sendo bem direto Rogério. Esse seu plano é totalmente uma loucura. Investir milhões nessa rede de restaurantes, sendo que há meses não estamos vendo as margens lucrativas subirem. Os números só caem. Estamos investindo sem retorno.

— Não é verdade Dominic. As coisas vão melhorar, é questão de tempo.

Ele só pode estar blefando!

— Só que tempo é ouro meu caro, e eu odeio perder o meu valioso tempo e dinheiro suado.

— Estou de acordo com você Dominic. Está na hora de colocar as cartas na mesa Rogério, investir qualquer quantia agora vai ser uma furada e das grandes. Eu tô fora!

— Eu também. Não estou tendo nem metade do lucro do que investi, não quero perder mais dinheiro. – disse outro sócio.

— O quê? Não podem fazer isso comigo, eu sou majoritário aqui dentro e a minha palavra é veredicto.

— Acho bom você baixar o tom. E quanto a isso Rogério Tavares eu posso resolver.

— Do que está falando, Dominic Falcão?

— Bruna, por favor. – peço a pasta preta.

— Aqui.

— Obrigado.

Me levanto com a pasta em mãos e me dirijo até o centro da mesa de reuniões tomando a posição que antes era do Rogério.

Ele continua me encarando e pela sua expressão não está gostando nem um pouco da minha atitude.

— Senhores, tenho em mãos uma nova proposta para melhorará situação atual da rede. Acredito que assim como eu, vocês também já estão cansados de enrolação. Todos estão recebendo uma cópia neste exato momento por email. Peço que leiam com atenção.

— Mas que palhaçada é essa Dominic?

Rogério fala com raiva.

— Não estou vendo nenhum circo aqui. – digo.

— Você quer roubar o meu lugar. É isso, não é?

— Não. Você quem está o perdendo Rogério, e por culpa unicamente sua.

— Nem fodendo que vou permitir uma porra dessas. Você não será sócio majoritário.

— Isso não depende só de você Rogério. A empresa não é somente sua. Estou propondo melhorias aqui dentro, coisas que você só prometeu e não cumpriu. Encare os fatos!

— Podemos avaliar melhor o contrato? – um outro sócio pergunta.

— Sim, claro. Podemos marcar outra reunião para discutimos as pautas, esclarecer todas as dúvidas. É só dizer. – respondo.

— Então é isso, você vai tomar a minha empresa? Eu não vou admitir um afronte desses Dominic.

Em outra situação eu já teria arrebentado a cara desse idiota, mas aqui dentro tenho que manter a calma, mesmo que fingida.

— A empresa é nossa, você é apenas a pessoa que têm mais ações. Por enquanto. Eu não vou deixar que afunde o nosso império.

— Isso não vai ficar assim.

— Aguardo o contato de todos vocês. Tenham um excelente dia. Com licença, senhores. – me despeço de um por um com apertos de mãos e saio em seguida.

— Você vai se arrepender do que está fazendo Dominic, eu juro que vai.

Continuo andando em direção ao elevador sem olhar para trás.

— Acho que aquilo foi uma ameaça, senhor. – Bruna fala.

— Sinceramente, eu não me importo Bruna. Ele fez errado quando desviou o meu dinheiro e dos outros sócios. Se Rogério quer vingança ele que entre na fila e aguarde a sua vez.

Mais um pra lista, mas que porra!

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Boa leitura.
Beijos, Jaqueline Carvalho.


UM AMOR PARA ETERNIDADEWhere stories live. Discover now