MARIANA ASSUNÇÃO
Me enrolei na toalha e saí do banheiro, só quero jantar e xair na cama, mas hoje Melissa tinha convidado uma amiguinha pra dormir aqui em casa. Não consegui recusar, nem resistir a duas coisinhas fofas quase implorando. Definivamente eu sou uma manteiga perto de crianças.
Visto uma calça moletom e uma blusa confortável com um coração estampado bem na frente, amarro meu cabelo em um coque tradicional e passo um pouco de desodorante nas axilas.
Me olho no espelho e gosto do que vejo. Nos últimos cinco anos eu deixei de me produzir para dormir. Afinal, durmo sozinha mesmo.
Karol sempre diz que preciso me arrumar mais um pouco, sair e festejar. Mas nem tenho vontade. Ouço o meu celular tocar e vejo a foto dela na tela.
Essa não morre tão cedo!
— Boa noite moça fogosa. – digo.
— Você esta falando com a pessoa errada amiga.
— Duvido muito dona Karol, conheço você.
Ouço sua risada do outro lado da linha.
— Como esta aí com a Mel e a amiguinha dela?
— Tá tudo tranquilo, elas estão arrumando a cabana que inventaram. Vamos assistir um filme e depois brincar de acampamento.
Depois de crescida eu vou ter uma nova infância.
— Nem me chamaram, magoou viu? – ela faz voz de tristeza mas eu sei que é fingimento.
— Fica para a próxima amiga. – respondo.
— Tudo bem. Mari, ontem foi tão agitado que nem te contei o babado do dia. – ela fala toda empolgada, acho que perdi coisa boa.
— Sou toda ouvidos. – me sento na cama e fico esperando as fofocas.
— Ontem quando você saiu feito uma louca pra almoçar com a Melissa chegou um pedaço de mal caminho aqui no restaurante... e não era qualquer pedaço de mal caminho, era um dos investidores financeiro do Pallace.
— Deixa de ser tarada Karol.
— Eu não sou nenhuma tarada Mariana. – mentira.
— Hum, sei.
— Tá bom, só um pouco. Mas o cara era tipo um deus grego. Alto, musculoso, cabelos longos e sedosos... ah, sem falar do perfume e da barba selvagem. Sabe, aqueles homens extremamente gatos? Tipo isso amiga. Paisagem rara. Sem mencionar também aquela bunda, nossa senhora. Você tinha que ter visto. – ela realmente tá empolgada.
— Você definitivamente não vai para o céu.
Fato!
— Claro que vou, já a Débora... eu tenho certeza que aquela lá já tem passagem de ida para o inferno. Aquela praga!
— O que foi que ela fez dessa fez? – pergunto revirando os olhos.
— O investidor mal entrou e ela já foi se jogando pra cima dele, e pior... ela quase me demitiu só porque esbarrei nele e olha que nem sujei o paletó daquela perdição. Que ódio daquela ave de rapina falsa
Fico apenas garganlhando enquanto ouço a minha amiga xingar a nossa gerente de tudo o que não presta.
— Você ainda vai sair no tapa com essa mulher.
— Respiro e conto até dez pra não surtar quando ela passa por mim. Ai! Me dá uma vontade tão grande de arremessar uma garrafa naquela cobra.
— Que desperdício amiga, tadinha da garrafa.
ESTÁ A LER
UM AMOR PARA ETERNIDADE
RomanceUm passado. Um medo. Uma vida. Mariana Assunção viveu essas palavras com tanta intensidade, que só ela sabe a dor que carrega no peito. O medo do próximo erro é inevitável quando se tem um coração ferido pela pessoa amada. Entregue-se. Liberte-se. A...