Capítulo 7

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_Diário de Bordo_
[Dia 4 de Maio de 1921]
[?? meses e ?? dias de guerra]

J U N G K O O K

O dia estava amanhecendo, dessa vez não era Jimin quem me fazia de travesseiro e sim o contrário. Eu estava deitado e abraçado com seu tronco exposto, dormíamos sem blusa por conta de nossas roupas que mal davam em nós.

Esse era um grande problema, usávamos apenas as bermudas de elástico e os casacos que sempre foram mais folgados em dias de inverno.

Aconteceram muitas coisas nesses últimos anos, eu cheguei aos dezoito anos e Jimin está com dezesseis, a Trix arrumou um parceiro que, por sorte, não tentou nos devorar e agora ela está grávida com a barriga bem grandona, e por fim ainda não sabíamos se a guerra havia acabado ou não.

Já fazem pouco mais de três anos que não ouvi algum bombardeio sequer ou algum som que se pareça com tal, já perguntei para Jimin se ele queria ir para alguma cidade para confirmar minha hipótese, mas não sabíamos nem para que direção seguir. Com isso, ainda havia uma grande chance de nos perdermos e não acharmos um lugar que nem este novamente.

Eu sempre fui o primeiro a acordar, não sei o que faço para isso acontecer, mas eu não consigo continuar a dormir quando o sol está nascendo, me sinto até um galo que acorda antes da alvorada.

Mas eu gosto desses momentos, porque eu consigo aproveitar e beijar cada parte exposta do corpinho de Jimin, suas curvas esbeltas e bem formadas de um garoto já crescido me deixavam doido.

Crescido entre aspas, né? Ele ainda continua baixinho, só cresceu por dentro mesmo.

Ele fica estressado quando eu o chamo de baixinho, eu sei que nossa diferença de altura se tornou muito pouca com o passar do tempo, apenas uns centímetros de diferença, mas perder a chance de lhe provocar por causa disso não está no meu vocabulário.

O sol já nasceu completamente e Jimin se espreguiça em baixo de mim, já sentindo seu corpo arrepiar com a cosquinha que meus beijos faziam em seu pescoço.

— A melhor parte do dia é acordar. — falou rouco. — Ainda mais quando é assim.

— Posso ficar aqui o dia todo, não vejo problema algum. — sussurrei em seu ouvido, beijando a linha de seu maxilar em seguida.

— Você fala isso todos os dias, mas não fica quando eu começo a te provocar.

— Mas hoje é diferente, se me provocar eu não vou parar, e quem sabe as provocações não vão mais além, hm?

Jimin apenas sorriu, deslizou seu corpo para baixo para encontrar seu rosto com o meu e me puxou para um beijo calmo que foi ganhando intensidade aos poucos.

Nós dois já nos tocamos com mais intensidade algumas vezes, quando estávamos muito excitados na puberdade que se estende até os tempos atuais, porém nunca chegamos ao ponto de tirar a virgindade do outro. Mas hoje eu acordei inspirado para isso, Jimin também seguiu o jogo, parecendo desejar o mesmo que eu.

Quando estávamos prestes a tirar a pouca roupa do corpo, a Trix que dormia com seu parceiro na caverna levantou do nada e começou a rosnar, chamando a nossa atenção.

Paramos de nos beijar e ela continuou a rosnar, acordando seu parceiro que foi até a porta da caverna, então eu entendi o motivo dela ter rosnado.

Alguma coisa estava se movendo na floresta, eu conseguia ouvir o som das folhas serem esmagados no chão, olho para Jimin e ele parecia confuso e assustado por ouvir vozes também.

Diário de Bordo - jjk & pjmWhere stories live. Discover now