Capítulo 5

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_Diário de Bordo_
[Dia 13 de Maio de 1917]
[33 meses e 13 dias de guerra]

J U N G K O O K

E lá estávamos, eu e Jimin andando por aquele terreno deserto novamente.

Por onde passávamos víamos lugares e mais lugares destruídos pelas bombas, tendo como a única beleza daquele lugar as vegetações de primavera, e claro, o Jimin que andava na minha frente sempre parando quando via algo novo ou colorido.

Caminhamos tanto que o sol estava quase chegando ao seu ponto mais alto, mas não demorou muito para que eu avistasse, de longe, uma floresta temperada.

— Jimin! — o chamei, apontando para frente. — Uma floresta! Vamos para lá, estaremos seguros das bombas.

— Mas uma floresta não é muito perigosa?

Dei de ombros. — Eu prefiro bem mais correr o risco de ficar entre animais selvagens do que ficar entre os homens maus... você não?

Então, com uma breve reflexão e uma concessão sua, nós voltamos a andar. Estávamos cansados pelo calor, pela falta de sombra e da água fresca que deu falta em nossos cantis, até Jimin que estava tão admirado com as flores começou a andar mais devagar ao meu lado pela exaustão. Mas, quando já estávamos quase chegando, o loirinho parou ofegante atrás de mim, apoiando as mãos nos joelhos para tomar fôlego.

— O que houve? — perguntei correndo até ele, pensando que estava passando mal. — Você está bem?

— Minhas pernas não são tão longas como as suas, eu estou muito cansado.

— Estamos quase chegando, não desista. — estendi as minhas mãos para segurar as suas. — Eu até te carregaria se não estivesse quase desmaiando com o cansaço e o calor, mas você consegue! Falta pouco!

Mesmo com dificuldade, Jimin respirou fundo e continuamos a andar. Uma brisa fria vinda do norte nos refrescou e nos deu um empurrãozinho a mais para continuar, juntamente com uma nuvem bem grande que tapou o sol para que este não raiasse tão forte sobre as nossas cabeças.

Quando finalmente chegamos, suspiramos em alívio ao nos abrigar sob as sombras oferecidas pelas árvores altas e bem verdes, sentindo nossos corpos esfriarem aos poucos pela ventania que balançava as árvores e pela umidade presente.

A floresta era realmente muito bela, já em seu início eu conseguia ver a diversidade de pássaros que tinham nos galhos mais altos e nos pequenos animais que habitavam o solo, mamíferos maiores deviam estar mais adentro da mata.

— E... agora? — perguntou Jimin depois de se recuperar um pouco do calor. — O que faremos?

— Iremos andar pelas matas até acharmos algum rio ou lago para nos instalarmos perto, assim teremos uma boa fonte de água limpa.

— Certo, boa ideia.

Nossa caminhada demorou mais do que o esperado, andamos muito para o meio da floresta ao que temíamos a presença algum predador ali, sendo que nem tínhamos um graveto sequer para nos defendermos caso fossemos atacados.

A única coisa que não nos deixou entrar em desespero por estarmos perdidos foi o barulho de água vindo de longe, parecia ser um rio ou até mesmo uma cachoeira desabando num lago, mas uma troca de olhares esperançosa foi o suficiente para que iniciássemos uma corrida até o barulho d'água. Estávamos quase chegando quando Jimin parou de repente, consequentemente, me fazendo parar também para lhe olhar em confusão.

— Kkyu, espera! — exclamou Jimin. — Você está ouvindo isso?

— Isso o que?

— Parece um grito de algum animal, escuta.

Diário de Bordo - jjk & pjmTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon