Capítulo 08

148 15 4
                                    

          Acordo, lentamente, ainda lembrando da noite anterior, onde, como se não bastasse estar olhando para as estrelas junto ao Kauan, nos beijamos novamente.
         Saio da cama, troco de roupa e desço as escadas, ando lentamente pela casa, escutando o barulho de água vindo da parte de trás da mesma, assim que olhei, vi Kauan saindo da piscina.
        Tentei, em vão, disfarçar ao olhar para o seu físico.
_pare de me olhar e se junte a mim! - Kauan fala, colocando a mão na minha cintura e depositando um beijo suave em meus lábios.
_ o que é isso? - Pergunto, com um sorriso idiota no rosto.
_ bom dia? - Kauan pergunta, cínico, em seguida, pulando na piscina novamente.

      Neguei com a cabeça, entrando em casa e indo tomar café da manhã.
      Kauan desperta algo intenso e bom em mim, mesmo que estejamos fugindo de pessoas horríveis, ele continua só trazendo coisas boas para mim.
       Aproveito para começar a fazer o almoço.

                          *****

     Aqui estou eu, que sempre achei que jamais gostaria de alguém com tanta facilidade, assistindo filme com Kauan, que nesse momento, está atento ao filme enquanto eu olho para ele.
      Sempre achei que fosse loucura, conhecer uma pessoa e ter sentimentos por ela logo de cara, sem ao menos ter medo do que a pessoa faria com tais sentimentos.
      Agora, enquanto observo ele assistir o filme, sinto meu coração disparar, sei que a cada dia que passo com Kauan, tais sentimentos irão crescer cada vez mais e pela primeira vez na vida, não sinto medo, contrariando minha mente.
       É da minha natureza, sempre que algo está indo bem demais, esperar que algo ruim aconteça, esperar algo que vai me machucar e agora, eu não ligo se eu me machucar, desde que ele esteja aqui.
_ o filme Clara! - Kauan fala e eu sorrio.
_ desculpa! - Falo e ele ri.

       Me concentro no filme, mas acabo pegando no sono logo depois.
      Sinto alguém colocando uma coberta por cima de mim, que agora estou deitada no sofá cama da sala.
_ por favor, continue dormindo! - Kauan fala e vejo que ele está de moletom, pronto para sair.
_ onde você vai? - Pergunto.
_ Zaquia fugiu, preciso encontrar ela, está chovendo muito e vai esfriar! - Kauan fala e eu me levanto imediatamente.
_eu vou ir junto! - Falo, já de pé.
_ fique aqui, vou achar ela! - Kauan fala e eu o encaro.
_ Você mesmo disse que está frio e que precisa achar ela, duas pessoas procuram mais rápido que uma, portanto, eu vou! - Falo e ele respira fundo.
_pegue uma jaqueta! - Kauan fala se dando por vencido.

      Subo as escadas rapidamente e pego uma jaqueta de couro, que Roni havia escolhido para mim.
     Visto a mesma, coloco tênis e desço as escadas. Vejo Kauan, já vestindo uma capa de chuva me esperando, enquanto segura uma outra capa de chuva em suas mãos.
_ veste! - Kauan fala, nada feliz.
_ não fique bravo, só quero encontrar ela! - Falo e ele concorda com a cabeça.

          Vesti a capa de chuva e comecei a procurar Zaquia, Kauan e eu pegamos caminhos diferentes, eu, segui em direção a cachoeira enquanto ele foi na direção contrária.
_ Zaquia! - Chamo por ela, enquanto ando.
     Poucos metros depois da Cachoeira,  a vejo, entre as árvores, escondida, com seus pelos bracos manchados pela lama.
_ Zaquia! - Chamo ela, que recua um pouco.

     Ando, lentamente até ela, que me olha atentamente.
_tudo bem garota, sou eu! Não vou te fazer mal! - Falo e ela se aproxima de mim, lentamente.
      Zaquia finalmente, me deixa tocar nela, que agora está mais calma, me viro novamente, em direção a trilha, para irmos para casa e vejo um homem parado, ele sorri, tirando uma faca do bolso e vindo na minha direção.
_achei você, vadia! - O homem fala e vem em minha direção.
       Ele me ataca, Zaquia recua, com medo, tento segurar seu braço mas a faca ainda corta o ombro da minha jaqueta, chuto o joelho dele, que se afasta um pouco.
_Zaquia, corre! Vai garota! - Grito para Zaquia e ela apenas começa a correr em direção a casa.
     O Homem me ataca novamente, dessa vez, acertando meu braço e abrindo um corte abaixo do meu cotovelo, tento bater em seu rosto, mas ele segura a minha mão e sorri, me dando um soco no rosto, me fazendo cair para trás, ele vem para cima de mim, furioso, chuto sua genital, sentindo o gosto de sangue na minha boca.
      Assim que o homem volta e vir na minha direção, escuto o barulho estridente do tiro, fazendo o mesmo cair no chão, sem vida.
     Olho para Kauan, que ainda está segurando a arma.
_preciso te tirar daqui! - Kauan fala me ajudando a levantar.
_ Zaquia está bem? - Pergunto, ao ver que Kauan está nervoso.
_ Roberto está com ela! - Kauan fala.

        Quando entramos em casa novamente, Kauan ainda estava nervoso, andando de um lado para o outro, procurando desesperadamente pela caixa de primeiros socorros que ele jura estar na cozinha.
_Porra! - Kauan fala socando o armário da cozinha.
_Kauan para! Eu estou bem! - Falo segurando seu braço.

      Ele me olha e algo nele parece emfraquecer, vejo seus olhos paralisarem em mim, enquanto ele se acalma, lentamente.
_Deus! - Kauan fala, ainda me olhando.
_ o que foi? - Pergunto.
_ só tem uma pessoa no mundo que consegue me acalmar assim. E ela é minha irmã! Como você consegue? - Kauan pergunta, atônito.
_ não sei! Mas agradeço por conseguir! - Falo
_ ainda preciso te tirar daqui! - Kauan fala, preocupado.
_ vou subir, trocar de roupa e arrumar minha mala, desço em vinte minutos! Vamos ficar bem! - Falo e beijo sua bochecha.
      Kauan tira o telefone do bolso e começa a ligar para alguém, me questiono mentalmente se ele ligaria para Luan.
     Subi as escadas e entrei no meu quarto, tirei minhas roupas molhadas, sentindo o ardor do corte feito pelo homem que agora, está morto.
     Agora, noto que o corte realmente foi fundo, antes de por outra roupa, limpei o corte, lavando o mesmo com água corrente.
     Coloquei uma calça quente de moletom e uma camiseta, ja que uma blusa de manga comprida, iria me fazer sentir mais dor ainda.
    Começo a arrumar minha mala, colocando todas as roupas nela, rapidamente, quando termino, resolvo procurar Kauan.
     Ando pela casa, carregando minha mala comigo, o encontro andando pela sala.
_ chego em duas horas! - Kauan fala direcionando seu olhar para mim.
        Ele desliga rapidamente a chamada e vem na minha direção.
_ está pronta? - Kauan pergunta.
_ sim! - Falo e ele respira fundo.
_ me espere no carro, eu já vou! - Kauan fala me entregando a chave do carro.
      Pego a mesma, sem questionar, vou para a garagem, destravo o carro, entrando no mesmo, depois de deixar minha mala no porta malas.
     Minutos depois, Kauan entra no carro, carregando uma pequena maleta, ele a coloca embaixo do seu banco, em seguida, direciona seu olhar compreensivo na minha direção.
_ seu braço está melhor? - Kauan pergunta.
_ vou precisar de curativo, mas vou sobreviver! - Falo sorrindo, sem ânimo.
_ vou passar em uma farmácia! - Kauan fala e eu respiro fundo, assim que saimos da garagem da casa.

       Não me dei ao trabalho de perguntar para onde estávamos indo, apenas observei a chuva cair, vendo suas gotas baterem contra a janela do carro.
     Estar segura, nunca foi tão difícil!









Eu sei, eu demorei! Culpem minhas crises de ansiedade e não a mim! Enfim, adicionei uma nova foto ao catálogo dos personagens, dêem uma olhada no capitulo novamente!
E aí? O que acham que vai acontecer?
Comentem!
#Clauan

Minha Fraqueza - Saga Destinos. Livro 2 -Onde histórias criam vida. Descubra agora