Papai, tô com saudade!

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Minha cabeça parecia que ia explodir. Cada partícula do meu ser estava completamente dolorida, meus olhos ardiam, tudo estava simplesmente estranho, além de um cansaço descomunal que tomava conta de mim por inteiro. Respirei fundo, sentando sobre minha cama.

Havia um leve cheiro doce no ar, mas não conseguia reconhece-lo, sentia apenas o meu cheiro dominando o lugar todo, como se eu tivesse marcado o meu território. Estranho... isso acontece se eu passo o cio com alguém.

Meu estômago implorava por comida, minha cabeça por um remédio e meu corpo por descanso, mas agora o que eu precisava mesmo era de um banho e, em seguida, buscar minha filha. É. Isso.

Peguei meu celular apenas para averiguar que era cedo da manhã de terça-feira. Três dias certinhos de cio. Mas não me atentei a isso, e sim ao fato de que Jin parecia um pouco desesperado na mensagem que me enviou:

Jin: Me diz que essa droga de cio acabou, eu não consigo mais, Jungkookie.

Aquilo prontamente me deixou em estado de alerta, e me fez ignorar o banho para digitar uma resposta, querendo saber o que tinha acontecido. Não demorou para que Jin me respondesse outra vez:

Jin: Jiwoo não estava se resfriando, mas sim com febre emocional. E ela chorou esses três dias dizendo que estava sentindo a sua falta, Jungkook. Eu preciso ir para o trabalho resolver algumas pendências.

Eu: Tudo bem, hyung, pode trazer ela? Vou tomar um banho enquanto isso, aí quando você chegar eu te levo para o trabalho e levo a Ji para comer fora. E já vou avisar o Yoon e o Jimin também.

Ele apenas respondeu em concordância, e eu não perdi tempo antes de avisar Yoongi e também Jimin de que os levaria para o trabalho. E em seguida fui para dentro do banheiro na finalidade de tomar um banho.

Estava faminto, mas aguentaria até levar minha pequena a um café ou coisa parecida. Não gostava que ela faltasse aula, mas se ela esteve tão mal nos últimos três dias, lógico que não quer ir para a escola agora. É capaz de me bater se eu ousar pensar em uma coisa dessas.

Não demorou para que eu estivesse já pronto, e quando a campainha tocou praticamente saí correndo na direção dela. E nem deu tempo de dizer qualquer coisa que fosse, já que Jiwoo pulou no meu colo como se não me visse há um mês — no mínimo.

— Papai, eu tô com saudade. — Ela choramingou em meus braços, me apertando.

— Vou chamar o Jimin. — Meu amigo informou enquanto eu levantava com Jiwoo no colo.

— Nós vamos passar o dia todinho juntos, minha princesa. — Afirmei a ela. — Vamos levar seus titios para o trabalho, tomar café da manhã na rua, passear, almoçar, passear mais um pouco, buscar seus titios, chegar em casa e assistir vários filmes. O que você acha?

Foi o bastante para ela se tranquilizar e sorrir na minha direção. Ok, pensei que seria bem mais difícil. Ao menos consegui acalmar seu coraçãozinho rapidamente. Enchei seu rosto de beijos e acariciei seus cabelos enquanto dizia incontáveis vezes o quanto lhe amava. E era um amor tão forte que quase não me cabia.

Ela era mesmo a minha princesa, e eu a amava simplesmente demais.

Jimin estava um tanto quieto quando o cumprimentei, ele sequer dirigiu o olhar a mim, embora tenha sorrido para Jiwoo e feito um carinho nela. Eu fiz algo errado e não sei? Era a única explicação. Mas tentei não pensar nisso, imaginei apenas que Jimin não estava bem e que não queria preocupar minha filha.

Só que dentro do carro o clima ficou ainda pior, pois ele preferiu ir atrás junto com Jin e Jiwoo do que ao meu lado, e quando o perguntei o motivo ele somente disse de forma rápida que é porque ele descia primeiro. E dessa vez eu não engoli essa desculpa, mas, novamente, fingi que não era nada, porque caso contrário ficaria criando mil e uma teorias na minha cabeça e, de repente, não era nenhuma delas.

Diário de um Alfa em Apuros | jjk + pjmWhere stories live. Discover now