Dezoito

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Era como se houvesse apenas eu e ele lá, sentados em um dos bancos na vista chinesa olhando para o Rio de Janeiro. Eu amava o quão bonita a cidade era e se tornava ainda mais com as luzes que a iluminavam à noite. Eu não trocaria esse lugar por nenhum outro na minha vida. E, principalmente, eu não trocaria a pessoa ao meu lado por mais ninguém.

Acho que estava na hora de deixar ir todos os meus medos e incertezas e começar a viver por mim mesma, independentemente das opiniões dos outros.

Olhei Jason distraído com o horizonte e o observei melhor. Seu tom de pele, sua tatuagem no pescoço, seus cabelos negros e a maneira como ele engoliu seco fingindo não estar nervoso o fez parecer melhor a cada minuto que eu olhava para ele.

— Você estava com saudades de mim? — eu deixei a pergunta sair da minha boca sem autorização de tal ato, era somente um pensamento.

Ele me olhou.

— No começo eu pensei muito em você. Com toda a minha fama chegando, fiquei um pouco ocupado e até meus pensamentos se afastaram disso. Eu conheci muitas outras pessoas, mas às vezes lembrava de você e como era especial e acreditou em mim. 

Deve ser difícil lidar com essas coisas de ser um cantor famoso e ainda desejado por várias mulheres. Não era como se eu o tivesse apagado completamente da memória, então às vezes eu o procurava na internet e, com o fato de ter ido à festa e o encontrar novamente, procurei em suas redes sociais, a maioria dos comentários eram de mulheres falando sobre como elas pensavam que ele era bonito. O mais estranho é que tenho certeza de que muitas gostariam de estar no meu lugar no momento e eu mesmo não sabia como agir.

— Senti sua falta. — mais uma vez meus pensamentos resolveram fazer minha boca se abrir e falar algo que não deveria ter dito. 

Suas mãos chegaram à nuca do meu pescoço e ele se aproximou de mim, colando seus lábios nos meus. A textura de seu beijo era incrível, viciante. Meus dedos se entrelaçaram nos fios de seu cabelo e eu deixei o beijo se intensificar. Sentimentos mistos surgiram por todo o meu corpo, causando calafrios e fazendo borboletas surgirem no meu estômago.

Afastei meus lábios dos dele e ele os levou até meu pescoço, logo abaixo da orelha, onde era o meu ponto fraco. 

— Ei! Vocês dois! — uma lanterna foi colocada em nossos rostos e nos separamos. — Este lugar não é um motel. Procure outro lugar para ficarem. — o homem realmente estava zangado, a julgar pelo o seu tom de voz.

— Vamos para minha casa, tenho algo para lhe mostrar lá. — Jason estendeu a mão e eu a peguei indo em direção ao seu carro em seguida.

[...]

Chegando na casa dele, fomos direto para a varanda onde eu estava no dia da festa, no canto havia alguns travesseiros e duas taças de vinho no chão. Lembrei-me imediatamente de seu apartamento, onde ele tinha o lugar aconchegante e bom para se deitar. 

Jason pegou um vinho no bar e colocou uma música para tocar, tornando toda a atmosfera mais agradável. Era impossível para mim me sentir mal quando estava com ele, isso nunca mudaria. Tiramos os sapatos e nos sentamos entre as almofadas, ele serviu o vinho e brindou as taças.

— Muito melhor sem que ninguém atrapalhe, não é? — ele perguntou e eu assenti tomando um gole. 

— Você mora nesta casa sozinho?

— Não, mas subornei as pessoas que moram aqui hoje para passear. — riu. — Eu tentei recriar o cenário da antiga sacada, mas não é como ela, né? 

— Aqui é incrível, sério mesmo. A vista também é muito bonita.

— Para mim não tem visão melhor do que ficar olhando para você.

Merda. Com certeza eu fiquei corada. 

— Fique perto de mim, eu não mordo, Maria Beatriz.

E foi quando eu percebi que estava bem longe dele e tudo que eu queria era me aproximar mesmo.


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Boa noite!!! Esse capítulo tá bem pequeno porque eu fiquei um tempo sem escrever e preciso pegar o ritmo novamente.

Venho avisar também que a fanfic já está chegando ao final, mas sempre que eu conseguir irei fazer capítulos especiais. 

All Star | XamãWhere stories live. Discover now