Treze

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Ponto de Vista de Maria Beatriz

Nos deitamos na minha cama e um imã não deixava nós nos soltarmos. Amava o jeito como ele me tocava lentamente, descendo sua mão entre minhas coxas e invadindo minha calcinha fazendo-me arfar, beijando minhas clavículas indo em direção aos meus seios deixando-me totalmente submissa aos seus movimentos. Jason se afastou alguns segundos e retirou sua camisa exibindo-me sua barriga nua e com uma tatuagem escrita em suas costelas, mas logo voltou a me beijar. Minha perna direita rodeou sua cintura e o trouxe o máximo para perto de mim. 

Suas carícias me tonteavam e em minutos seu rosto invadiu o meio de minhas pernas, levando-me a loucura. Agarrei seu cabelo e revirei meus olhos ao sentir sua língua invadir minha intimidade. Droga, eu descobri necessitar dos seus toques todos os dias. Como mantemos nossa sanidade por tanto tempo? 

Ele interrompeu suas ações e terminamos de tirar nossas roupas, ficando totalmente nus. Barriga com barriga, pernas com pernas, lábios com lábios. O calor de seu corpo era transmitido para o meu e eu subia minha mão em suas costas deixando rastros das minhas unhas em sua pele de cor tão bonita, deveria ser considerado um pecado ser tão lindo como ele.

Não demorou muito tempo para sairmos depois que nos beijamos onde estávamos, era como se precisássemos de mais. Jason apenas agradeceu ao garçom e pagou a conta, me puxando pela mão para ir imediatamente. No caminho para casa, seus dedos entrelaçaram os meus e seu sorriso me fascinou de uma maneira diferente.

Quando seu corpo envolveu o meu, suas mãos agarraram as minhas durante movimentos intensos. Nossas respirações se tornaram uma. Eu estava delirando sob seu corpo. Talvez eu realmente o amasse de uma maneira diferente, como se ele fosse um grande amigo e também um grande amor. Eu nunca senti essa mistura de sentimentos com outras pessoas, era como se eu pudesse contar com ele para qualquer coisa.

Felizmente estávamos em casa sozinhos, já que eu não podia mais conter meus gemidos. E caramba, ele parecia adorar quando eu gemia. Gotas de suor apareceram em sua testa e seus cabelos caíram sobre a mesma, fazendo-o parecer ainda mais envolvente.

Era exatamente o que eu precisava. Ele e eu, juntos em paz.

Durante a manhã, virei na cama bagunçada e abri os olhos quando notei a ausência de Jason ao meu lado. Eu tinha certeza que ele não estava mais lá. Isso realmente me deixou triste, apesar de não entender o porquê.

Eu ouvi tocar "Quando bate aquela saudade" em algum lugar lá fora e olhei pela janela. Era meu vizinho com bom gosto musical ouvindo a música no último volume. Peguei meu celular na cabeceira da cama e não havia mensagem. Desisti de tentar entender por que ele foi embora sem dar notícias.

Com a barriga rosnando de fome, fui para a cozinha e, quando cheguei, fiquei surpresa ao ver a mesa com um café pronto, ao lado dela havia uma rosa e um bilhete.

"Eu fiz este café antes de sair para que você não precise se esforçar hoje. Eu tive que ir trabalhar cedo e você estava dormindo tão bem que eu não tive coragem de chamar você. Vou na sua casa mais tarde." 

Eu sabia que ele não me decepcionaria. Jason não deveria ser aqueles homens ridículos de caráter.

Tomei café e um banho com um sorriso enorme no rosto e me preparei para fazer uma limpeza na casa da senhora Bárbara, eu não a conhecia, mas ela me ligou dizendo que me recomendaram. Desci o morro feliz pela primeira vez em tanto tempo, sem ver Roberto ou qualquer outra pessoa indesejada. Passei na casa da minha mãe e dei-lhe um bom dia com um abraço. No começo da comunidade, pedi um táxi e fui para o endereço que a mulher havia me dado na ligação.

Não era uma casa muito grande, as paredes de tijolos cinza davam um charme diferente e o jardim da frente era muito bem cuidado. Uma mulher apareceu na porta logo depois que eu toquei a campainha e sorriu, depois se aproximou e abriu o portão para mim.

All Star | XamãOnde as histórias ganham vida. Descobre agora