Diálogo sincero

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Eu deveria ter respeitado seu espaço, mas não queria perder a oportunidade de a deixar tão desconfortável quanto ela me fazia sentir.
Enquanto desfazia o laço da minha cintura, disse:
- Então você tem pontos fracos também... -Tinha malícia na minha voz e talvez, até poderia ter brotado um sorriso malicioso bem discreto.
- Não é um ponto fraco seu idiota. - Ela disse irritada.- Você me conhece a muito tempo pra saber que tipo de treinamento eu tenho - Ela se afastou, foi para o canto oposto da terma. - Desde a primeira menstruação recebemos esse tipo de treinamento. Mostrei meu corpo nu pra um monte de homens que eu nunca havia visto, tive aprender a beijá-los e… Bom você já imagina o resto.
Uma onda de arrependimento correu meu corpo. Havia exagerado. Ela definitivamente, não era uma garota comum. Percebi o pesar na sua voz e aquilo me incomodou.
- Entendi.
- Não que tenha sido ruim. - Ela dizia isso normalmente, como se estivesse falando de um acontecimento rotineiro e não sobre suas experiências sexuais. - Na maioria das vezes, aprendíamos tudo na prática. Quer dizer, meu primeiro beijo e virgindade são para o meu guardião, então eu não sou tocada sem a minha vontade.
A última frase me fez sentir nojo da situação. "Guardião"? Estaria ela se referindo a Orochimaru?
- Guardião. - Repeti pensativo.
- Guardião é o homem que sustenta uma Kunoichi na Academia. Bem, no meu caso…
- Orochimaru. -Conclui.
Ela assentiu em silêncio.
A ideia de perder a virgindade com aquele imundo me pareceu loucura, na verdade, doença.
Fiquei com raiva de toda essa situação. Joguei a corda no chão, um pouco nervoso, depois, fui tirando a parte de baixo.
- E está tudo bem para você? - Questionei.
- Nunca esteve tudo bem. Orochimaru nunca foi um guardião, até porque, quem me inscreveu na Academia foi minha mãe e nessa época legalmente meu guardião não era ele. Eu nunca entregaria minha virgindade ao Orochimaru.
- E seu primeiro beijo? - Não havia mais uma conotação sexual, só uma estranha atmosfera de raiva, por minha parte.
Imaginar Hikari e Orochimaru me causava náuseas.
- Foi roubado. Me arrancaram à força. - Confessou. -A questão é que eu decidi dar minha virgindade para meu verdadeiro guardião. Ou melhor, para quem eu considero meu guardião. E eu o fiz aceitar, mesmo que ele tenha se arrependido depois. - Ela estava despreocupada em falar sobre isso, de uma forma estranha.
- Quem foi? - Perguntei arrancando a camisa e me jogando na água.
Então ela virou, estar nu na mesma água que ela parecia uma situação inimaginável, pior ainda: mantendo um diálogo!
Mas a conversa era tão séria que afastava qualquer pensamento impuro.
- Não interessa. -Estranhamente, ela não havia sido grosseira.
- E como fica, em relação à academia?
-Ainda vou ter que transar com Orochimaru. Mas, vou fingir uma virgindade que não tenho mais.
- Isso é impossível. - Arqueei uma das sobrancelhas.
Ela riu maliciosamente
- Sasuke… Eu sou uma Uchiha-Uzumaki, quer coisa mais impossível que essa?  Agora, já deu desse assunto. - Ela visivelmente não queria continuar aquele tema. Decidi a respeitar.
Mergulhei na água, para molhar os cabelos e jogar a água quente no rosto, não pensei em abrir os olhos, até porque, a água quente me machucaria.
Mas me surpreendi quando submergi e vi Hikari me encarando, próximo demais e com um olhar de poucos amigos.
- Se você me espiar eu te mato! - Disse franzindo o cenho.
A diferença de tamanho entre nós dois era enorme e agora eu percebia isso. Quanto ela tinha de altura? 1,55, no máximo? Olhando para baixo eu balancei de ombros, cheio de desdém.
- Você acha que eu iria te espiar? Pra quê? Eu já não te vi pelada?
Ela riu. Percebi então, que a raiva era só uma brincadeira maliciosa.
- Pois saiba, que o senhor não viu todos os detalhes, tem muito mais para ser descoberto. - Sua voz soou sedutora e me fez arrepiar.
Dei dois passos para trás, por precaução, mas ela seguiu meu movimento, mantendo a distância.
- E você Sasuke-kun. - Quando ela usava o prefixo -kun, eu já sabia que vinha deboxe. - Quando foi seu primeiro beijo?
A imagem da cena na Academia ninja revirou meu estômago. Tinha tanta raiva e nojo juntos que eu mal conseguia me expressar.
Virei o rosto, sentindo as bochechas queimarem.
- Ah! Você ficou vermelho! Sasuke nunca beijou! - Ela riu e pulo na minha direção, tentando apertar minhas bochechas, mas eu segurei seus punhos e a impedi.
Ela tentou, com força, mas eu era fisicamente mais forte. Nas última tentativa, abriu os braços para tentar se livrar das minhas mãos, mas escorregou e seus seios vieram de encontro com meu peito nu.
A água tornou toda a movimentação mais lenta e ainda mais excitante.
Arrepiei ao sentir os bicos duros de seus seios roçarem sobre meu peito. Eram tão macios e delicados. Nunca havia provado daquela sensação.
Senti meu corpo esquentar e minha pelve também. Era como se estivesse com uma febre interna, com todo meu corpo -principalmente meu pênis - quente.
Eu acabei ficando duro. Foi provavelmente a vez mais rápida que eu havia tido esse tipo de reação.
E ela havia sentido, devido a próximidade. Dei vários passos para trás, assustado. Não sabia o que dizer, ou o que fazer, apenas estava em choque. Sair da água não era uma opção.
O que eu havia pensado quando pulei naquela agua?
Comecei a duvidar da minha sanidade.

A fraqueza da virgindade [SASUKE HENTAI]Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu