A tal festa (pt. 1)

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Catherine.

Violetta ama dar festas, e a sua parte favorita é a organização, mas ela fica muito esquisita, e começa a fazer coisas esquisitas, tipo agora, ela está andando em círculos por TODA a casa, enquanto grita com alguém ao telefone.

-NÃO, O DJ NÃO PODE CHEGAR MAIS TARDE. OU ELE CHEGA AQUI ÀS 7 P.M, OU VOCÊS VÃO TOMAR NAQUELE LUGAR. -ela respira fundo, e termina falando com a voz mais cínica do mundo. -Entendido? -e desliga o telefone.

Eu tenho pena das pessoas que falam com ela nesses dias.

Ai, meu Deus, ela está vindo em minha direção, agora é minha vez de aguentar o surto.

Eu me esquivo no sofá, com medo do que vem por aí.

-Catherine, me diga que você já falou com o velhinho simpático sobre a sua folga. -a cara que ela está fazendo me assusta.

-Sim, eu falei. -respondo com uma voz trêmula.

-Pelo menos, uma coisa boa. -ela fala suspirando, e se joga no sofá.

Eu, realmente, tinha falado, mas, sem querer, eu acabei prometendo que iria ajudar a abrir.

-Mas... -eu digo, o que faz Violetta virar seu olhar para mim. -... eu, sem querer, juro, não consegui controlar minha boca, você sabe como é, né? Não gosto de deixá-lo sozinho... -começo a gaguejar.

-CATHERINE, -ela grita. -fala de uma vez.

-Eu prometi que ia ajudá-lo a abrir o bar. -falo como forma de desabafo.

E o olhar dela fica ainda mais assustador.

-Você o que? Eu preciso de você aqui para receber as pessoas, Catherine. -o olhar dela não é mais de raiva, e sim de decepção. -Eu sou ótima na organização, e você sabe disso, mas lidar com pessoas não é o meu ponto forte. -ela dá um suspiro.

Quando eu disse que a Violetta leva festas muito a sério, eu quis dizer que ela leva as festas MUITO a sério.

Um fato sobre ela: ela é perfeccionista. Isso é bom para algumas coisas, porque ela se esforça para fazer o seu melhor. Mas, ela não consegue reconhecer o próprio limite, e acaba deixando as coisas sugarem suas energias.

-Ei, Vi, fica tranquila, tá bom? -eu falo com uma voz mansa. -Eu prometo não demorar, e, também, o Ethan vai estar aqui. Vai ficar tudo lindo, eu tenho certeza. Você é a melhor pessoa do mundo quando o assunto é organizar festas. Eu confio no seu potencial, e sei que vai ser incrível. Não se cobre tanto, meu amor. -eu termino dando um abraço nela.

Violetta respira em forma de alívio.

-Obrigada, amiga. Minha cabeça está uma pilha. -ela diz saindo do abraço.

A campainha toca.

-As bebias chegaaaram. -ela cantarola e vai abrir a porta.

Quando ela abre, tem dois caras com, no mínimo, dez caixas e vários pedaços soltos de madeira.

-Oi, boa tarde. Violetta, é você? -um deles pergunta. -A gente veio montar o bar.

-Bar? -eu pergunto assustada. -Não ia ser uma festa pequena, "só para os íntimos"?

-É um MINI bar, Cat. -ela responde. -E, sim, sou eu. Podem entrar. A festa vai ser lá em cima. -ela diz, enquanto direciona eles até a escada para o terraço.

Agora o que está me assustando não é mais a Violetta em si, e sim a proporção dessa festa.

-Bom, eu vou me arrumar para o trabalho, porque eu já estou atrasada. -eu falo bufando.

Scorpion's LoveOnde as histórias ganham vida. Descobre agora