E que os jogos comecem

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Timothée.

Eu não consegui tirar os olhos de Catherine nem por um minuto. Ela toca tão bem. E a voz dispensa comentários. Ela consegue transformar as batidas das músicas em notas para o violão. Todo mundo estava vidrado nela. A cada final de música, todos aplaudiam.

Após umas quinze músicas, ela canta a última. Exchange, do Bryson Tiller. Nós a ouvimos ontem no caminho até minha casa, ficou ainda melhor na voz dela.

Quando ela sai do palco, todo se levantam para aplaudi-la. Eu faço o mesmo.

Ela desce do palco, e eu me preparo para ir até ela, mas uma garota me para.

-Ei, onde você vai com tanta pressa? -ela pressiona a mão contra o meu peito.

-Será que você pode me dar licença, por favor? -eu peço, educadamente, mas parece não adiantar.

-Não precisa ficar tímido, Timothée. Eu vi você olhando pra mim. -ela fala se preparando pra me beijar.

O QUE? Minha querida, a única razão de eu estar aqui está bem... Eu procuro a Catherine. Não a encontro. Legal, a perdi de vista.

Olho pra baixo, a garota está fazendo um biquinho pra mim. Coloco minhas mãos em seus ombros, e a afasto.

-Olha, me desculpa, acho que você entendeu alguma coisa errada. -eu digo, e ela parece ficar triste. -Você é linda, mas essa não é uma boa hora. -tento conforta-la.

-Então, vai ter uma outra hora? -ela fala animada.

QUE? NÃO. Ou ela entende tudo errado, ou eu não sei me expressar muito bem.

-Não, não vai ter outra hora. -sigo tentando ser educado.

-Você está atrás dela, né? Tudo bem, quase todos aqui estão. -ela sai magoada.

Me sinto péssimo por isso, mas não posso fazer o que ela quer. Não enquanto minha cabeça está em outra pessoa.

Por falar nela, ONDE ELA FOI PARAR? Eu vejo o senhor que estava conversando com ela ontem à noite e resolvo perguntar se ele sabe sobre seu paradeiro.

-Boa noite. -falo chamando sua atenção. -Você sabe para onde Catherine foi?

Ele parecia estar com a cabeça longe, quando disse:

-Terraço. -arregalou os olhos e colocou a mão na boca. -Olha, garoto, eu não deveria ter falado isso. E espero que você não conte a ninguém. -ele fala em tom de sussurro.

-Pode deixar, vou ficar de boca fechada. -imito um zíper. -Mas, onde é o terraço? -pergunto, tentando não parecer abusado.

-Primeira escada à direita atrás do palco. -ele fala ainda sussurrando.

-Muito obrigado.

-De nada. E não diga que fui eu quem disse isso. -ele fala indo para trás do balcão.

Eu subo a tal escada que tem atrás do palco. Quando chego no final dela, encontro uma porta, que não está totalmente fechada. Eu arrumo meu cabelo e vejo se está tudo ok com meu hálito. Tudo certo.

Eu empurro a porta, e quando a solto, ela fecha com força. Eu levo um susto, e Catherine também.

Ela me olha e ri.

-Parabéns, estamos trancados aqui. -ela diz.

-Que? -eu pergunto confuso.

-Essa porta só abre por fora, Timothée.

Bom pra mim, então, né? Sem chance de ela fugir.

-Relaxa, eu posso ligar pra alguém tirar a gente daqui. -ela fala de uma forma tranquila.

Scorpion's LoveΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα